Hemoglobinopatias e anemias em gestantes no Hospital Universitário de Campo Grande - MS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sakamoto, Tatiana Mary
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/417
Resumo: As hemoglobinopatias são um grupo de afecções hereditárias que têm alta variabilidade nas manifestações clínicas, desde formas incompatíveis com a vida até portadores heterozigotos assintomáticos que, sob estresse tal como a gestação, podem manifestar a doença. A detecção dos portadores heterozigotos é de grande importância para a saúde pública, por constituírem fonte de novos heterozigotos e possíveis homozigotos. Atualmente, o controle das hemoglobinopatias tem sido possível por meio do aconselhamento genético e diagnóstico precoce. Objetivo: detectar a freqüência de hemoglobinopatias e de anemias, traçar o perfil sociodemográfico, em gestantes atendidas no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, durante o período de janeiro a agosto de 2007. Material e métodos: estudo descritivo observacional e transversal. Foram excluídas as gestantes indígenas, doentes mentais e presidiárias. As variáveis dependentes foram as gestantes; independentes quantitativas: idade, renda, grau de escolaridade, tempo de gestação; independentes qualitativas: portadoras ou não de hemoglobinopatias, etnia, presença ou ausência de anemias. O projeto foi aprovado pelo protocolo nº. 873 de 11 de dezembro de 2006, conforme Portaria 196/96 CNS. Na análise estatística, utilizaram-se os programas Excel, Epi Info versão 3.4.1 e Bio Estat 4.0 e realizou-se também a estatística descritiva. Para possíveis associações entre as variáveis utilizou-se o Teste Qui-quadrado, corrigido por Yates. Foram colhidas amostras de sangue total, armazenadas em frascos com EDTA para a realização de testes seletivos (eritrograma; análise da morfologia eritrocitária; resistência osmótica em NaCl 0,36%; eletroforese qualitativa de Hb em acetato de celulose, pH alcalino; pesquisa citológica de HbH intra-eritrocitária) e testes específicos para hemoglobinas anormais (eletroforese quantitativa de Hb em acetato de celulose, pH alcalino; eletroforese de Hb em gel de ágar, pH ácido; prova de falcização de hemácias). Um formulário foi aplicado às gestantes, e os casos positivos receberam orientações quanto à hemoglobina anormal detectada. Resultados: do total de 233 gestantes analisadas, 12% apresentaram hemoglobinopatias com as seguintes freqüências: HbAS 3%; HbAC 0,8% e 0,4% de talassemia β intermediária. Houve 7,8% de casos em que não foi possível chegar ao diagnóstico conclusivo, por necessitar de exames complementares, mas que sugerem HbH que está relacionada à talassemia α. A idade média do total de gestantes participantes foi de 26 anos, sendo que 19,3% tinham entre 14 e 19 anos; 48,5% eram caucasóides e 51,5% nãocaucas óides; 64,4% possuíam acima do ensino fundamental completo ou incompleto; a renda familiar era de até cinco salários mínimos para 84,5%. Quanto à ascendência, 22,3% de gestantes eram sul-americanas, 22,3% européias, 7,7% africanas; 43,8% nasceram no município de Campo Grande e 27,4% em outros estados brasileiros. Na avaliação das anemias, 18% das gestantes apresentaram algum tipo de anemia. Conclusão: as freqüências de hemoglobinopatias e de anemias, encontradas na população de gestantes estudadas, e o perfil sóciodemográfico traçado, evidencia a importância do diagnóstico precoce e correto que aponta indicadores que podem embasar ações preventivas e assistenciais, visando à redução da morbimortalidade materna e neonatal em saúde pública.
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Material e métodos: estudo descritivo observacional e transversal. Foram excluídas as gestantes indígenas, doentes mentais e presidiárias. As variáveis dependentes foram as gestantes; independentes quantitativas: idade, renda, grau de escolaridade, tempo de gestação; independentes qualitativas: portadoras ou não de hemoglobinopatias, etnia, presença ou ausência de anemias. O projeto foi aprovado pelo protocolo nº. 873 de 11 de dezembro de 2006, conforme Portaria 196/96 CNS. Na análise estatística, utilizaram-se os programas Excel, Epi Info versão 3.4.1 e Bio Estat 4.0 e realizou-se também a estatística descritiva. Para possíveis associações entre as variáveis utilizou-se o Teste Qui-quadrado, corrigido por Yates. Foram colhidas amostras de sangue total, armazenadas em frascos com EDTA para a realização de testes seletivos (eritrograma; análise da morfologia eritrocitária; resistência osmótica em NaCl 0,36%; eletroforese qualitativa de Hb em acetato de celulose, pH alcalino; pesquisa citológica de HbH intra-eritrocitária) e testes específicos para hemoglobinas anormais (eletroforese quantitativa de Hb em acetato de celulose, pH alcalino; eletroforese de Hb em gel de ágar, pH ácido; prova de falcização de hemácias). Um formulário foi aplicado às gestantes, e os casos positivos receberam orientações quanto à hemoglobina anormal detectada. Resultados: do total de 233 gestantes analisadas, 12% apresentaram hemoglobinopatias com as seguintes freqüências: HbAS 3%; HbAC 0,8% e 0,4% de talassemia β intermediária. Houve 7,8% de casos em que não foi possível chegar ao diagnóstico conclusivo, por necessitar de exames complementares, mas que sugerem HbH que está relacionada à talassemia α. A idade média do total de gestantes participantes foi de 26 anos, sendo que 19,3% tinham entre 14 e 19 anos; 48,5% eram caucasóides e 51,5% nãocaucas óides; 64,4% possuíam acima do ensino fundamental completo ou incompleto; a renda familiar era de até cinco salários mínimos para 84,5%. Quanto à ascendência, 22,3% de gestantes eram sul-americanas, 22,3% européias, 7,7% africanas; 43,8% nasceram no município de Campo Grande e 27,4% em outros estados brasileiros. Na avaliação das anemias, 18% das gestantes apresentaram algum tipo de anemia. Conclusão: as freqüências de hemoglobinopatias e de anemias, encontradas na população de gestantes estudadas, e o perfil sóciodemográfico traçado, evidencia a importância do diagnóstico precoce e correto que aponta indicadores que podem embasar ações preventivas e assistenciais, visando à redução da morbimortalidade materna e neonatal em saúde pública.The hemoglobinopathies are a group of inherited diseases that are highly variable in clinic diagnosis, from forms that are incompatible with life to asymptomatic heterozygotes carriers, who under stress like pregnancy, may have the disease. The detection of heterozygote carriers is of great importance for public health as they constitute potential sources of new heterozygotes and possible homozygotes. Nowadays the control of the hemoglobinopathies has been possible through genetic counseling and early diagnosis. Objective: to detect the frequency of hemoglobinopathies and anemia, make the socialdemographic profile in pregnant women at the Gynecology and Obstetrics clinic of the University Hospital Maria Aparecida Pedrossian, from the Federal University of Mato Grosso do Sul, from January to August, 2007. Materials and methods: transversal observing descriptive study. Indian pregnant women were excluded, so were mentally sick women and convicted ones. The dependant variables were the pregnant women; quantitative independent: age, income, schooling, length of pregnancy; qualitative independent: hemoglobinopathies carriers or not, ethnic group, having anemia or not. The project was approved in protocol no. 873 from December 11, 2006 according to Portaria 196/96 CNS. In statistical analysis, the programs Excel, Epi Info version 3.4.1 and Bio Estat 4.0 were used and the descriptive statistics was also carried out. For possible interactions among the variables the Q-square Test was used, corrected by Yates. Blood samples were taken and stored in vials with EDTA for selective tests (eritrogram; erythrocyte morphological analysis; osmotic resistance to NaCl 0.36%; qualitative electrophoresis of Hb in cellulose acetate, alkaline pH; cytological research of HbH intra-erythrocyte) and specific tests for defective hemoglobin (quantitative electrophoresis of Hb in cellulose acetate, alkaline pH; electrophoresis of Hb in agar gel, acid pH; falciform erythrocyte test ). A questionnaire was given to the pregnant women and positive cases received orientation concerning the detected abnormal hemoglobin. Results: from the 233 pregnant women who were analyzed, 12% presented hemoglobinopathies with the following frequencies: HbAS 3%; HbAC 0.8% and 0.4% of intermediate β-thalassemia. In 7.8% of the cases a conclusive diagnosis was not possible to be achieved as complementary exams were needed, but they suggest that the HbH is related to α-thalassemia. In anemia evaluation, 18% of the pregnant women presented some sort of anemia. The average age of the participants was 26 years, 19.3% were between 14 and 19; 48.5% were white and 51.5% were not white; 64.4% had finished or almost finished the eighth grade; the family income was more than five minimum salaries for 84.5%. As for the ancestry, 22.3% of the pregnant women were South American, 22.3% were European, 7.7% were African; 43.8% were born in Campo Grande and 27.4% were born in other brazilian states. Conclusion: the frequency of hemoglobinopathies and anemia found in the studied pregnant women, and the social-demographic profile delineated, shows the importance of correct and early diagnosis that point out indicators that can lead to preventive and helpful actions, in order to reduce mothers’ and children’s death in public health.porGestantesHemoglobinopatiasTriagemAnemiaHemoglobinopatias e anemias em gestantes no Hospital Universitário de Campo Grande - MSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisIvo, Maria LúciaSakamoto, Tatiana Maryinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILTatiana Mary Sakamoto.pdf.jpgTatiana Mary Sakamoto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1283https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/417/4/Tatiana%20Mary%20Sakamoto.pdf.jpg31751a754c2c9ee3e339a756d5b5a3f5MD54TEXTTatiana Mary Sakamoto.pdf.txtTatiana Mary Sakamoto.pdf.txtExtracted texttext/plain130202https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/417/3/Tatiana%20Mary%20Sakamoto.pdf.txte67f9b35d5343f3a77d8a1013e9d1358MD53ORIGINALTatiana Mary Sakamoto.pdfTatiana Mary Sakamoto.pdfapplication/pdf2822517https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/417/1/Tatiana%20Mary%20Sakamoto.pdfa34a065300687f796b03dda058e94ca6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/417/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/4172024-05-10 14:59:32.568oai:repositorio.ufms.br:123456789/417Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-05-10T18:59:32Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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