Resíduo da semente do urucum (Bixa orellana L.): qualidade nutricional e aproveitamento para uso na alimentação humana.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1704 |
Resumo: | O urucuzeiro (Bixa orellana L.), cujo fruto é o urucum, é um arbusto tropical, cuja cultura vem conquistando cada vez mais importância. É do pericarpo, tegumento que envolve a semente de urucum, se extrai um dos mais importantes corantes naturais, a bixina. Este corante tem sido largamente utilizado, em especial, na indústria alimentícia. Da extração agroindustrial da bixina, resulta o resíduo da semente de urucum, subproduto que representa mais de 95% da matéria prima processada. Tratando-se de sementes e, por serem estas, em geral, ricas em proteína, objetivou-se, nesse trabalho, avaliar a qualidade biológica desse nutriente no farelo obtido do resíduo da semente de urucum. Analisou-se a composição centesimal; minerais; composição de aminoácidos e escores químicos; fatores antinutricionais e a qualidade das proteínas, através do ensaio biológico. Obtiveram-se os seguintes valores na composição centesimal: 11,50% de proteína; 6,74% de umidade; 5,22% de cinzas; 2,22% de lipídeos; 42,19% de carboidratos totais e; 28,45% de fibras. O resíduo do farelo da semente de urucum revelou-se como um alimento rico em fibra e fonte de proteína. Os teores dos minerais estudados não alcançaram as recomendações da IDR para adultos. O ácido fítico, taninos e inibidores de proteases não foram detectados na amostra analisada. A proteína foi mais solúvel em pH 12, sendo o ponto isoelétrico encontrado no pH 3,8. Os aminoácidos mais abundantes foram lisina, fenilalanina + tirosina, leucina e isoleucina, todos em níveis superiores aqueles recomendados pela FAO/WHO para adultos. Valina foi o aminoácido mais limitante com escore químico de 0,22. A qualidade da proteína do resíduo do farelo da semente de urucum e do isolado proteico não mostraram diferenças significativas. O valor biológico foi inferior ao da proteína padrão, porém, maior do que valores encontrados em outros vegetais. Entre as análises bioquímicas realizadas, apenas a creatinina dos grupos teste 1 e 2 (resíduo e isolado proteico) diminuiu em relação ao grupo controle (caseína). Os testes enzimáticos não indicaram toxicidade hepática. Através das observações conduzidas, conclui-se quanto aos aspectos favoráveis ao aproveitamento do resíduo do farelo da semente de urucum na alimentação humana, reconhecendo-se, no entanto, a necessidade da continuidade da pesquisa. |
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Obtiveram-se os seguintes valores na composição centesimal: 11,50% de proteína; 6,74% de umidade; 5,22% de cinzas; 2,22% de lipídeos; 42,19% de carboidratos totais e; 28,45% de fibras. O resíduo do farelo da semente de urucum revelou-se como um alimento rico em fibra e fonte de proteína. Os teores dos minerais estudados não alcançaram as recomendações da IDR para adultos. O ácido fítico, taninos e inibidores de proteases não foram detectados na amostra analisada. A proteína foi mais solúvel em pH 12, sendo o ponto isoelétrico encontrado no pH 3,8. Os aminoácidos mais abundantes foram lisina, fenilalanina + tirosina, leucina e isoleucina, todos em níveis superiores aqueles recomendados pela FAO/WHO para adultos. Valina foi o aminoácido mais limitante com escore químico de 0,22. A qualidade da proteína do resíduo do farelo da semente de urucum e do isolado proteico não mostraram diferenças significativas. O valor biológico foi inferior ao da proteína padrão, porém, maior do que valores encontrados em outros vegetais. Entre as análises bioquímicas realizadas, apenas a creatinina dos grupos teste 1 e 2 (resíduo e isolado proteico) diminuiu em relação ao grupo controle (caseína). Os testes enzimáticos não indicaram toxicidade hepática. Através das observações conduzidas, conclui-se quanto aos aspectos favoráveis ao aproveitamento do resíduo do farelo da semente de urucum na alimentação humana, reconhecendo-se, no entanto, a necessidade da continuidade da pesquisa.The annatto tree (Bixa orellana L.), which fruit is also known as annatto, is a tropical shrub, which crop has gained more importance in Brazil. It is from the pericarp, a fibrous membrane that surrounds the annatto seed that is extracted one of the most important natural dyes, the bixin. This dye has been widely used mostly in the food industry, the industrial process of bixin extraction results the annatto seed residue, a by-product which represents over 96% of the processed raw material. Considering they are seeds, and that seeds in general are rich in protein, the present work aimed to evaluate the biological quality of this nutrient in the meal residue originated from the annatto seed processing. Aspects such as chemical composition, mineral levels, amino acid composition and chemical scores, antinutricional factors, as well as protein quality through biological essay, were analyzed. The following values were obtained in the annatto seed residue composition: 11.50% protein, 6.74% moisture, 5.22% ash, 2.22% lipids, 42.19% total carbohydrates and, 28.45% fibers. The residue of the annatto seed meal proved to be a food rich in fiber and also a protein source. The contents of the studied minerals did not achieve the recommendations of the RDA for adults. Phytic acid, tannins and protease inhibitors were not detected in the samples. The protein was more soluble at pH 12, being the isoelectric point found at pH 3.8. The most abundant amino acids were lysine, phenylalanine +tyrosine, leucine and isoleucine, all at higher levels than those recommended by FAO/WHO for adults. Valine was the most limiting amino acid with a chemical score of 0.22. The protein quality of the residue of the annatto see meal and protein isolate showed no significant differences. The biological value was lower than that of the standard protein, however, higher than that found in other plants. Among the biochemical analyzes performed, only the creatinine test groups 1 and 2 (residue and protein isolate) decreased compared to control (casein). The enzyme tests did not indicate liver toxicity. Based on the performed observations, it is concluded favorably as to the use of the annatto seed meal residue in human diet, recognizing, however, the need of further research. Key-words: annattos-sporBioensaioBixa orellanaBixaceaeResíduo da semente do urucum (Bixa orellana L.): qualidade nutricional e aproveitamento para uso na alimentação humana.Annatto seed’s residue (Bixa orellana L.): Nutritional evaluation and use in human’s dietinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisRamos, Maria Isabel LimaValério, Melissa Alessandrainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILMelissa Alessandra Valerio.pdf.jpgMelissa Alessandra Valerio.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1178https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1704/4/Melissa%20Alessandra%20Valerio.pdf.jpg760950f17093c434d5d00088c373e840MD54TEXTMelissa Alessandra Valerio.pdf.txtMelissa Alessandra Valerio.pdf.txtExtracted texttext/plain192620https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1704/3/Melissa%20Alessandra%20Valerio.pdf.txtb5c23d41ef3fddeb4efebea5e8708e4fMD53ORIGINALMelissa Alessandra Valerio.pdfMelissa Alessandra Valerio.pdfapplication/pdf2051854https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1704/1/Melissa%20Alessandra%20Valerio.pdf22780415a633ffec0fdb6a268ec35ee4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1704/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/17042024-07-23 08:24:59.926oai:repositorio.ufms.br:123456789/1704Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-07-23T12:24:59Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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