Construção de simulacros na revista Veja: o caso Suzane Von Richthofen

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Suany Oliveira de
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1465
Resumo: Esta pesquisa interessa-se pelo estudo do caso Von Richthofen publicado na revista Veja. O relato do caso Richthofen diz respeito ao assassinato do casal Manfred (engenheiro renomado) e Marísia Von Richthofen (médica psiquiatra), ocorrido em São Paulo, SP, em outubro de 2002. Os envolvidos no crime foram: Suzane Von Richthofen, uma jovem de então 19 anos, filha do casal; Daniel Cravinhos, 21 anos, namorado da moça e seu irmão Cristian, 26 anos, todos indiciados e julgados como culpados pela Justiça em 2006. O crime, triplamente qualificado, ocorrido na esfera da classe média-alta, monopolizou a atenção do país e dos meios de comunicação. O trabalho toma como objeto de análise sete textos, publicados no período de outubro de 2002 até agosto de 2006. A análise desses textos permite-nos seguir um percurso de construção de sentidos e os “efeitos de sentido” acerca do caso – aqueles pelos quais Veja tem interesse para a conquista e manutenção de leitores e a constituição de si mesma como meio de comunicação celebrado pelos índices de venda e de público. A dissertação tem por objetivo verificar quais simulacros de Suzane e da própria revista são construídos discursivamente no relato de retomada do caso e que recursos da mídia jornalística Veja usa para fazer seu discurso convincente – em suma, como faz para manter as estratégias persuasivas nas matérias publicadas. Para isso, partese da hipótese de que Veja constrói os efeitos de sentido da “humanização” e da “monstrualização” do sujeito performador do crime, jogando com esses simulacros na captação e manutenção da atenção dos leitores. A análise possibilita verificar o ponto de vista adotado pela enunciadora para levar o enunciatário (o leitor) a crer-ser “real” o simulacro do sujeito performador da ação criminosa. Para isso, o ponto de vista teórico adotado é o da semiótica francesa, teoria de texto, que se presta a analisar a construção dos efeitos de sentido (dentre eles, os passionais). Os resultados do estudo apontam para duas conclusões. A primeira é o fato de que Veja parece “preparar o terreno” para o julgamento oficial de Suzane em 2006, privilegiando uma reportagem de capa com o máximo destaque editorial e promovendo, assim, a sanção do sujeito antes mesmo da sanção oficial, ou seja, Veja se constrói como uma instância acima da própria justiça. A segunda aponta para o fato de que Veja calibra seu discurso na direção de maior rendimento para gerenciar a relação com seus leitores, ou seja, Suzane é um sujeito farsante e manipulador, por mais que seus atos demonstrem certas fragilidades humanas. A revista faz uso dessas ações “humanas” para comprovar o simulacro de um sujeito merecedor de condenação, portanto, de um sujeito de ações “monstruosas”.
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A análise possibilita verificar o ponto de vista adotado pela enunciadora para levar o enunciatário (o leitor) a crer-ser “real” o simulacro do sujeito performador da ação criminosa. Para isso, o ponto de vista teórico adotado é o da semiótica francesa, teoria de texto, que se presta a analisar a construção dos efeitos de sentido (dentre eles, os passionais). Os resultados do estudo apontam para duas conclusões. A primeira é o fato de que Veja parece “preparar o terreno” para o julgamento oficial de Suzane em 2006, privilegiando uma reportagem de capa com o máximo destaque editorial e promovendo, assim, a sanção do sujeito antes mesmo da sanção oficial, ou seja, Veja se constrói como uma instância acima da própria justiça. A segunda aponta para o fato de que Veja calibra seu discurso na direção de maior rendimento para gerenciar a relação com seus leitores, ou seja, Suzane é um sujeito farsante e manipulador, por mais que seus atos demonstrem certas fragilidades humanas. A revista faz uso dessas ações “humanas” para comprovar o simulacro de um sujeito merecedor de condenação, portanto, de um sujeito de ações “monstruosas”.The present research concerns the study of Von Richthofen case which was issued in Veja magazine. The Richthofen case describes the murder of the couple Manfred (renowned engineer) and Marísia Von Richthofen (medical psychiatrist), which occurred in São Paulo, Brazil, in October 2002, which involved: Suzane Von Richthofen, a girl who was 19 at the time, the couple’s daughter; Daniel Cravinhos, 21, the young girl’s boyfriend and his brother Cristian, 26, they were all indicted and trialed as guilty by the courts in 2006. The crime, three times qualified, occurred in the sphere of high-middle class, monopolized the attention of the country and the media. This work takes seven texts as its object of analysis, issued from October 2002 to August 2006. The analysis of such texts allows us to follow a course of construction of meaning and the “effects of meaning” around the case – those for which Veja is interested in for gaining and keeping readers to establish itself as a mean of communication celebrated by sales rates and public. The dissertation aims to verify which simulacrum of Suzane and the magazine itself are discursively constructed in the report of the case resumption, which media resources the magazine uses to be convincing – in short, how it does to keep the persuasive strategies in the articles issued in it. To do this, it is possible to suppose that Veja builds the sense effects of “humanization” and “monsterization” of the subject who performed the crime, playing with these simulacra in the captation and maintenance of the readers’ attention. The analysis enables the checking of the point of view which was adopted by the lead enunciatee (the reader) to believe-be “real” the simulacrum of the subject who performed the criminal acts. For this reason, the theoretical point of view adopted is that of semiotics, French theory of text, which examines the construction of the sense effects (among them, the passionate ones). The results of the study point to two conclusions. The first one is the fact that Veja seems to “prepare” the ground for the official trial of Suzane in 2006, preferring to cover a story with the most prominent publishing and promoting thus the sanction of the subject even before the official sanction, that is, Veja builds itself as a body which is above the law. The second points to the fact that it calibrates its speech toward a greater gaining as to manage the relationship with its readers, in other words, Suzane is a fake and manipulator subject, even her actions revealed certain human frailties. The magazine uses such "human" actions to prove the simulacrum of a subject worthy of conviction, therefore, of a subject of "monstrous” actions.porAnálise do DiscursoJornalismoSemióticaConstrução de simulacros na revista Veja: o caso Suzane Von Richthofeninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFernandes, José GenésioMoraes, Suany Oliveira deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILSuany Oliveira de Moraes.pdf.jpgSuany Oliveira de Moraes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1449https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1465/4/Suany%20Oliveira%20de%20Moraes.pdf.jpg2e794f9947b274204d1a454d0e0172dcMD54TEXTSuany Oliveira de Moraes.pdf.txtSuany Oliveira de Moraes.pdf.txtExtracted texttext/plain346697https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1465/3/Suany%20Oliveira%20de%20Moraes.pdf.txt5e705dad65ae449edd3630d3fe3eb990MD53ORIGINALSuany Oliveira de Moraes.pdfSuany Oliveira de Moraes.pdfapplication/pdf4617975https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1465/1/Suany%20Oliveira%20de%20Moraes.pdfd039bd70812ad5cb16f00387b0b2c095MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1465/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/14652021-09-30 15:55:55.148oai:repositorio.ufms.br:123456789/1465Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:55:55Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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