Avaliação pós-operatória da analgesia promovida pelo uso da dexmedetomidina isolada e associada à morfina em cadelas submetidas à ovariohisterectomia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
Texto Completo: | http://bdm.ufmt.br/handle/1/3461 |
Resumo: | A ovariohisterectomia (OSH) é a cirurgia mais realizada na medicina veterinária e possui grau de dor leve a moderado, necessitando de analgesia. A associação de diferentes fármacos, como α-2-agonistas e opioides, tem sido recomendados para uma abordagem multimodal da terapia antiálgica nessa cirurgia. Este estudo tem como objetivo avaliar o efeito analgésico pós-operatório proporcionado pelo uso da dexmedetomidina isolada ou associada a morfina, administrada na medicação pré-anestésica, de cadelas submetidas à ovariohisterectomia eletiva. Materials, Methods & Results: Vinte cadelas, clinicamente saudáveis de acordo com exames laboratoriais e clínicos foram utilizadas neste estudo, todas submetidas à ovariohisterectomia. Durante o experimento, as cadelas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos, que receberam medicação pré-anestésica (MPA) com 10 μg / kg de dexmedetomidina isolada (GD) ou associada a 0,3 mg / kg de morfina (GDM) por via intramuscular (IM). Em ambos os grupos, empregaram-se indução anestésica com propofol dose-efeito, manutenção com isoflurano diluído em oxigênio a 100% por meio de vaporizador calibrado e sistema anestésico adequado baseado no peso do animal e mantido em ventilação espontânea. Após estabilização do plano anestésico do paciente foi iniciada a cirurgia, que durou 45 minutos. As cadelas foram avaliadas pela Escala de Glasgow Modificada (GSM), Escala de Melbourne (MS) e Escala de Sedação de Dobbins (DS), nos seguintes tempos: Previamente a MPA (T0) e as demais realizadas em 1h (T1), 2h (T2), 4h (T3), 8h (T4), 12h (T5) e 24h (T6) após a extubação. Se o escore GSM fosse maior que o valor de 3,3, um resgate analgésico de 0,5 mg / kg de morfina, por via intramuscular, seria administrado. Discussion: Como medicação pré anestésica em cães, a dexmedetomidina é indicada nas doses de 1 a 10µg/kg, por via intramuscular, e a morfina, entre 0,1 e 0,5mg/kg pela mesma via. No estudo optou-se pela utilização de uma dose intermediária de 0,3 mg/kg IM de morfina para minimizar possíveis efeitos colaterais, assim como em um outro estudo com a mesma metodologia. Não foram observado diferenças estatísticas significativas entre os grupos por meio das escalas utilizadas, bem como não foi necessária a realização do resgate analgésico em nenhum animal, sendo estes achados divergentes quando comparados a outros estudos com a mesma espécie animal. Outros autores utilizaram dose mais elevada de morfina e obtiveram resultados semelhantes podendo-se dizer que houve um sinergismo entre os fármacos neste estudo. Com relação à sedação observou-se sedação moderada após administração da medicação pré anestésica, similar ao observado em outros estudos que empregaram doses maiores de morfina e menores de dexmedetomidina. Quando a mesma dose de dexmedetomidina utilizada neste estudo foi associada à metadona (0,5 mg/kg) pode-se observar sedação intensa. Em todos os estudos citados foi utilizado a escala de Dobbins para avaliar sedação. Os resultados obtidos demonstram que não houve influência do escore de sedação na avaliação de dor no estudo, provavelmente devido ao tempo transcorrido entre a aplicação da MPA e o início da avaliação de dor pós-operatória. A EGM é uma escala útil para mensuração da dor pós-operatória e baseia-se na interpretação dos sinais comportamentais para avaliação. A pontuação varia de zero a 24 pontos. Essa escala, foi utilizada como referência para a verificação da necessidade dos resgates analgésicos neste estudo. Outra escala utilizada foi a EM, baseada em respostas comportamentais e fisiológicas eficiente para a avaliação da dor pós-operatória em cadelas submetidas à ovariohisterectomia eletiva. Essa escala avalia um número menor de comportamentos de dor quando comparada a EGM e como cada animal demonstra a dor de uma forma individual, há mais dificuldade de avaliação de grau de dor nessa escala. Quanto mais avaliadores treinados for utilizado para a avaliação de dor no pós-operatório mais fidedigno será o resultado. Os momentos das avaliações foram estabelecidos com base em alguns estudos, que também utilizaram a EGM para mensuração da dor. Em estudo com humanos, onde foi usado dexmedetomidina, observou-se redução significativa da necessidade de resgate analgésico por até 24 horas do período pós-operatório. Os resultados apresentados neste trabalho também indicaram boa analgesia pós operatória durante 24 horas, ao contrário de outros onde a analgesia não foi satisfatória com metade da dose de dexmedetomidina utilizada isolada ou associada à morfina. |
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Materials, Methods & Results: Vinte cadelas, clinicamente saudáveis de acordo com exames laboratoriais e clínicos foram utilizadas neste estudo, todas submetidas à ovariohisterectomia. Durante o experimento, as cadelas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos, que receberam medicação pré-anestésica (MPA) com 10 μg / kg de dexmedetomidina isolada (GD) ou associada a 0,3 mg / kg de morfina (GDM) por via intramuscular (IM). Em ambos os grupos, empregaram-se indução anestésica com propofol dose-efeito, manutenção com isoflurano diluído em oxigênio a 100% por meio de vaporizador calibrado e sistema anestésico adequado baseado no peso do animal e mantido em ventilação espontânea. Após estabilização do plano anestésico do paciente foi iniciada a cirurgia, que durou 45 minutos. As cadelas foram avaliadas pela Escala de Glasgow Modificada (GSM), Escala de Melbourne (MS) e Escala de Sedação de Dobbins (DS), nos seguintes tempos: Previamente a MPA (T0) e as demais realizadas em 1h (T1), 2h (T2), 4h (T3), 8h (T4), 12h (T5) e 24h (T6) após a extubação. Se o escore GSM fosse maior que o valor de 3,3, um resgate analgésico de 0,5 mg / kg de morfina, por via intramuscular, seria administrado. Discussion: Como medicação pré anestésica em cães, a dexmedetomidina é indicada nas doses de 1 a 10µg/kg, por via intramuscular, e a morfina, entre 0,1 e 0,5mg/kg pela mesma via. No estudo optou-se pela utilização de uma dose intermediária de 0,3 mg/kg IM de morfina para minimizar possíveis efeitos colaterais, assim como em um outro estudo com a mesma metodologia. Não foram observado diferenças estatísticas significativas entre os grupos por meio das escalas utilizadas, bem como não foi necessária a realização do resgate analgésico em nenhum animal, sendo estes achados divergentes quando comparados a outros estudos com a mesma espécie animal. Outros autores utilizaram dose mais elevada de morfina e obtiveram resultados semelhantes podendo-se dizer que houve um sinergismo entre os fármacos neste estudo. Com relação à sedação observou-se sedação moderada após administração da medicação pré anestésica, similar ao observado em outros estudos que empregaram doses maiores de morfina e menores de dexmedetomidina. Quando a mesma dose de dexmedetomidina utilizada neste estudo foi associada à metadona (0,5 mg/kg) pode-se observar sedação intensa. Em todos os estudos citados foi utilizado a escala de Dobbins para avaliar sedação. 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Quanto mais avaliadores treinados for utilizado para a avaliação de dor no pós-operatório mais fidedigno será o resultado. Os momentos das avaliações foram estabelecidos com base em alguns estudos, que também utilizaram a EGM para mensuração da dor. Em estudo com humanos, onde foi usado dexmedetomidina, observou-se redução significativa da necessidade de resgate analgésico por até 24 horas do período pós-operatório. Os resultados apresentados neste trabalho também indicaram boa analgesia pós operatória durante 24 horas, ao contrário de outros onde a analgesia não foi satisfatória com metade da dose de dexmedetomidina utilizada isolada ou associada à morfina.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilFaculdade de Medicina Veterinária (FAVET)UFMT CUC - CuiabáEspecialização em Residência Uniprofissional em Medicina Veterinária - CUCGuimarães, Luciana Dambrósio657.964.110-04http://lattes.cnpq.br/9316629105349176Guimarães, Luciana Dambrósio657.964.110-04http://lattes.cnpq.br/9316629105349176Stocco, Matias Bassinello319.220.998-48http://lattes.cnpq.br/3961299671107122Amorim, Tássia Moara029.164.531-30http://lattes.cnpq.br/4221753209612749Pereira, Fernanda Silva2023-09-25T15:17:31Z2019-03-272023-09-25T15:17:31Z2019-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/datasetPEREIRA, Fernanda Silva. 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