Morbimortalidade por causas externas em indígenas de Mato Grosso, 2006-2015
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
Texto Completo: | http://bdm.ufmt.br/handle/1/1493 |
Resumo: | As causas externas representaram cerca de 10% da carga total de doença estimada 2008 e se configuram como a segunda causa de morte no mundo, é definida como evento não intencional e evitável com lesões físicas e emocionais, no âmbito doméstico ou social. Em todo o mundo, é um dos principais contribuintes para mortes, doenças e incapacidades, e ocasiona sérias consequências sociais e de saúde. O perfil da mortalidade e morbidade por causas externas difere de local e população e, no Brasil, existem 305 povos indígenas, dos quais 41 encontram-se no Estado de Mato Grosso, com 43,226 habitantes que correspondem a 5,26% da população indígena Brasil. Considerando essa população, questiona-se: qual a distribuição e perfil de morbimortalidade por causas externas em indígenas residente em Mato Grosso. Objetivo– Analisar a morbimortalidade por causas externas em indígenas de Mato Grosso, Brasil, de 2006 a 2015. Metodologia–Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, exploratório e retrospectivo. Pautado em dados secundários do SIM, SIH, CID 10, IBGE do banco de dados do DATASUS, as variáveis de estudo foi pautado em dados referentes à internação e óbitos da população indígena residente, categorias CID 10 por causas externas, faixa etária e sexo, Dados coletados de junho e julho de 2017. Resultados – No período de 2006 a 2015 a população indígena teve um crescimento de 42,4%, a distribuição por sexo, percebe-se um ligeiro aumento da população de feminina, ficando claro a partir de 2013, sendo população jovem e adulta. O maior número de internações esta relacionado a acidentes por causas externas com taxa que varia de 16,5 (2012) a 29,1 (2015) internações/10.000 indígenas com maior taxa na população de 5 a 9 anos, e 60 a 69 anos. Semelhante a outros estudos, as maiores taxas de internação estão relacionados ao sexo masculino. Quanto a óbitos os dados apresentam como as maiores taxas acidentes de transporte 3,47/10.000 indígena em 2010, na faixa etária de 20-39 anos sendo do sexo masculino com taxa de 7,8/10.000 indígena. Os municípios com maior ocorrência de óbitos registrados no período são os que possuem estabelecimento Casas de Saúde Indígena e, assistência serviços de media e alta complexidade em Cuiabá, capital do Estado. Considerações finais – O presente estudo pretende contribuir com o conhecimento da morbidade e mortalidade por causas externas nas populações indígenas do estado de Mato Grosso. Com base nos resultados encontrados, destaca-se a tendência crescente de mortalidade por causas externas na população mais jovem. As características das morbidades e mortalidades presentes neste estudo merecem ser observada com muito mais aprofundamento por configurar tendência ascendente entre indígenas semelhante aos não indígenas, necessitando para tal, ser contemplado nas políticas e nas ações de saúde enquanto uma necessidade a ser assegurada como forma de proteção à vida. |
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