Avaliação da atividade citotóxica in vitro de Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Caroline de Jesus
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/1395
Resumo: O uso de plantas com finalidades terapêuticas tem ampla aceitação popular e apoio da Organização Mundial de Saúde, motivando pesquisas científicas. Recentemente, Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers, conhecida popularmente por cipó-de-São-João, tem sido utilizada na medicina popular pelas suas propriedades medicinais e terapêuticas. Neste contexto, o estudo proposto visou avaliar o efeito citotóxico in vitro do extrato etanólico das folhas de Pyrostegia venusta. Foram utilizadas culturas de células esplênicas (camundongo e rato) e de Ovário de Hamster Chinês (CHO), e as linhagens de células tumorais murinas de Walker e Yac.1. O ensaio de citotoxicidade foi realizado pelo método colorimétrico baseado na formação de cristais de MTT (3-[4,5-dimethylthiazol-2-yl]-2,5-diphenyl tetrazoliumbromide). As culturas celulares, esplênicas e tumorais, foram adicionadas em triplicata (50 µl/poço) em placas de 96 poços de fundo chato, sendo realizada a diluição seriada do extrato de P. venusta na concentração de 62,5 µg/mL a 7,81 µg/mL (50 µl/poço em RPMI 20% SBF). O grupo basal foi composto apenas da suspensão de células em RPMI 20% SBF. Após incubação em estufa a 37º C e 5% CO₂ por 24 horas, foi realizado o ensaio do MTT e os valores de abs obtidos foram analisados quanto à porcentagem de inibição celular (%=[(abs basal – abs amostra)/(abs basal)]*100). Para o teste de viabilidade celular das células CHO foi utilizado o ensaio de exclusão com azul de tripan para as concentrações de 5000, 2500, 1000, 200, 100 e 50 µg/mL do extrato de P. venusta. Na concentração de 62,50 µg/mL o extrato não demonstrou toxicidade em nenhuma das linhagens celulares testadas (Walker: -77,14%; Baço rato: -13,19%; Baço Camundongo: -33,68%; Yac.1: -3,07%). Entretanto, na concentração mais baixa (7,81 µg/mL) o extrato apresentou toxicidade para as linhagens celulares de tumor (Walker: 15,3%; Yac.1: 30,7%) e para a linhagem de células esplênicas de camundongo (12,6%). O teste de viabilidade celular pelo azul de tripan mostrou células viáveis somente nas concentrações de 100 µg/mL (97%) e 50 µg/mL (98%). Dessa forma, observamos que o efeito citotóxico in vitro do extrato etanólico de folhas de Pyrostegia venusta depende da concentração e da linhagem celular utilizada. De maneira geral, o extrato de P. venusta apresentou citotoxidade para as células tumorais, células esplênicas de camundongo e células CHO.
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