Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
Texto Completo: | http://bdm.ufmt.br/handle/1/1509 |
Resumo: | A violência contra a mulher atinge, no Brasil, todas as classes e segmentos sociais, porém, há diferença quanto aos fatores sociodemográficos. Objetivo: Analisar a violência sofrida por mulheres no Brasil e sua associação com fatores sociodemográficos. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), estudo de base domiciliar de representatividade nacional, realizada em 2013. Foi avaliado o relato dos entrevistados quanto à violência sofrida por pessoa desconhecida e conhecida nos últimos 12 meses, a frequência, tipo de violência (física, sexual, psicológica ou outras), quem cometeu a agressão e onde ocorreu a violência. As variáveis sociodemográficas avaliadas neste estudo foram: sexo (masculino/ feminino); idade categorizada em faixa etária (18-24, 25-39, 40-59, 50-59, 60 ou mais anos); nível de escolaridade (sem instrução/fundamental incompleto; fundamental completo/ médio incompleto; médio completo/superior incompleto; superior completo); raça/cor da pele (branca, preta, parda, amarela e indígena); e estado civil (casado (a); solteiro (a); separado(a)/divorciado(a);viúvo(a). Resultados: Foram avaliados 60.202 brasileiros com 18 anos ou mais de idade, sendo 52,9% do sexo feminino (n= 34.282). Quando avaliado a prevalência de violência cometida por pessoa desconhecida verificou-se maior prevalência entre os homens(3,7,%; IC 95%: 3,3-4,1) já quando avaliado a violência por pessoa conhecida, o quadro se inverte, sendo maior a prevalência entre as mulheres(3,1%; IC 95%: 2,9-3,5).Quanto à prevalência de violência por pessoa conhecida entre as mulheres segundo características sociodemográficas,observou-se maior prevalência entre aquelas de cor da pele preta (3,1%; IC 95%: 2,4-4,1), seguido da cor parda (2,9%; IC 95%: 2,7-3,3), quando comparadas às de cor branca (2,1%; IC 95%: 1,8-2,4), e entre as solteiras (3,4%; IC 95%:3,1- 3,8). As maiores prevalências foram observadas para mulheres da Região Norte (3,2%; IC 95%: 2,7-3,8), Nordeste (3,0%; IC 95%: 2,7-3,4) e Sul (3,0%; IC 95%: 2,4-3,6), quando comparadas às da Região Sudeste (2,0%; IC 95%: 1,7-2,3). Não foram observadas diferenças significativas quanto a escolaridade. Conclusão: A elevada prevalência de violência sofrida por mulheres brasileiras, cometida por pessoa conhecida, ressalta a existência de violência de gênero que parece estar disseminada em todos os níveis de escolaridade e mais relevante entre mulheres de cor da pele preta ou parda e das regiões Norte, Nordeste e Sul. |
id |
UFMT-1_cb9711e36a1043fcf278aeb2d7aa5e90 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:localhost:1/1509 |
network_acronym_str |
UFMT-1 |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
repository_id_str |
|
spelling |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficosCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAViolênciaViolência contra a mulherViolência domésticaInquéritos epidemiológicosEpidemiologia descritivaA violência contra a mulher atinge, no Brasil, todas as classes e segmentos sociais, porém, há diferença quanto aos fatores sociodemográficos. Objetivo: Analisar a violência sofrida por mulheres no Brasil e sua associação com fatores sociodemográficos. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), estudo de base domiciliar de representatividade nacional, realizada em 2013. Foi avaliado o relato dos entrevistados quanto à violência sofrida por pessoa desconhecida e conhecida nos últimos 12 meses, a frequência, tipo de violência (física, sexual, psicológica ou outras), quem cometeu a agressão e onde ocorreu a violência. As variáveis sociodemográficas avaliadas neste estudo foram: sexo (masculino/ feminino); idade categorizada em faixa etária (18-24, 25-39, 40-59, 50-59, 60 ou mais anos); nível de escolaridade (sem instrução/fundamental incompleto; fundamental completo/ médio incompleto; médio completo/superior incompleto; superior completo); raça/cor da pele (branca, preta, parda, amarela e indígena); e estado civil (casado (a); solteiro (a); separado(a)/divorciado(a);viúvo(a). Resultados: Foram avaliados 60.202 brasileiros com 18 anos ou mais de idade, sendo 52,9% do sexo feminino (n= 34.282). Quando avaliado a prevalência de violência cometida por pessoa desconhecida verificou-se maior prevalência entre os homens(3,7,%; IC 95%: 3,3-4,1) já quando avaliado a violência por pessoa conhecida, o quadro se inverte, sendo maior a prevalência entre as mulheres(3,1%; IC 95%: 2,9-3,5).Quanto à prevalência de violência por pessoa conhecida entre as mulheres segundo características sociodemográficas,observou-se maior prevalência entre aquelas de cor da pele preta (3,1%; IC 95%: 2,4-4,1), seguido da cor parda (2,9%; IC 95%: 2,7-3,3), quando comparadas às de cor branca (2,1%; IC 95%: 1,8-2,4), e entre as solteiras (3,4%; IC 95%:3,1- 3,8). As maiores prevalências foram observadas para mulheres da Região Norte (3,2%; IC 95%: 2,7-3,8), Nordeste (3,0%; IC 95%: 2,7-3,4) e Sul (3,0%; IC 95%: 2,4-3,6), quando comparadas às da Região Sudeste (2,0%; IC 95%: 1,7-2,3). Não foram observadas diferenças significativas quanto a escolaridade. Conclusão: A elevada prevalência de violência sofrida por mulheres brasileiras, cometida por pessoa conhecida, ressalta a existência de violência de gênero que parece estar disseminada em todos os níveis de escolaridade e mais relevante entre mulheres de cor da pele preta ou parda e das regiões Norte, Nordeste e Sul.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilInstituto de Saúde Coletiva (ISC)UFMT CUC - CuiabáSaúde Coletiva - CUCMuraro, Ana Paulahttp://lattes.cnpq.br/1256112467400959Muraro, Ana Paulahttp://lattes.cnpq.br/1256112467400959Oliveira, Rayanne Duarte de2019-11-30T12:48:36Z2018-10-222019-11-30T12:48:36Z2018-09-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/datasetOLIVEIRA, Rayanne Duarte de. Violência contra mulheres no Brasil: caracterização e fatores sociodemográficos. 2018. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, 2018.http://bdm.ufmt.br/handle/1/1509porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Monografias da UFMTinstname:Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)instacron:UFMT2019-12-03T06:01:10Zoai:localhost:1/1509Biblioteca Digital de Monografiahttps://bdm.ufmt.br/PUBhttp://200.129.241.122/oai/requestopendoar:2019-12-03T06:01:10falseBiblioteca Digital de Monografiahttps://bdm.ufmt.br/PUBhttp://200.129.241.122/oai/requestbibliotecacentral@ufmt.br||opendoar:2019-12-03T06:01:10Biblioteca Digital de Monografias da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
title |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
spellingShingle |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos Oliveira, Rayanne Duarte de CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA Violência Violência contra a mulher Violência doméstica Inquéritos epidemiológicos Epidemiologia descritiva |
title_short |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
title_full |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
title_fullStr |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
title_full_unstemmed |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
title_sort |
Violência contra mulheres no Brasil : caracterização e fatores sociodemográficos |
author |
Oliveira, Rayanne Duarte de |
author_facet |
Oliveira, Rayanne Duarte de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Muraro, Ana Paula http://lattes.cnpq.br/1256112467400959 Muraro, Ana Paula http://lattes.cnpq.br/1256112467400959 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Rayanne Duarte de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA Violência Violência contra a mulher Violência doméstica Inquéritos epidemiológicos Epidemiologia descritiva |
topic |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA Violência Violência contra a mulher Violência doméstica Inquéritos epidemiológicos Epidemiologia descritiva |
description |
A violência contra a mulher atinge, no Brasil, todas as classes e segmentos sociais, porém, há diferença quanto aos fatores sociodemográficos. Objetivo: Analisar a violência sofrida por mulheres no Brasil e sua associação com fatores sociodemográficos. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), estudo de base domiciliar de representatividade nacional, realizada em 2013. Foi avaliado o relato dos entrevistados quanto à violência sofrida por pessoa desconhecida e conhecida nos últimos 12 meses, a frequência, tipo de violência (física, sexual, psicológica ou outras), quem cometeu a agressão e onde ocorreu a violência. As variáveis sociodemográficas avaliadas neste estudo foram: sexo (masculino/ feminino); idade categorizada em faixa etária (18-24, 25-39, 40-59, 50-59, 60 ou mais anos); nível de escolaridade (sem instrução/fundamental incompleto; fundamental completo/ médio incompleto; médio completo/superior incompleto; superior completo); raça/cor da pele (branca, preta, parda, amarela e indígena); e estado civil (casado (a); solteiro (a); separado(a)/divorciado(a);viúvo(a). Resultados: Foram avaliados 60.202 brasileiros com 18 anos ou mais de idade, sendo 52,9% do sexo feminino (n= 34.282). Quando avaliado a prevalência de violência cometida por pessoa desconhecida verificou-se maior prevalência entre os homens(3,7,%; IC 95%: 3,3-4,1) já quando avaliado a violência por pessoa conhecida, o quadro se inverte, sendo maior a prevalência entre as mulheres(3,1%; IC 95%: 2,9-3,5).Quanto à prevalência de violência por pessoa conhecida entre as mulheres segundo características sociodemográficas,observou-se maior prevalência entre aquelas de cor da pele preta (3,1%; IC 95%: 2,4-4,1), seguido da cor parda (2,9%; IC 95%: 2,7-3,3), quando comparadas às de cor branca (2,1%; IC 95%: 1,8-2,4), e entre as solteiras (3,4%; IC 95%:3,1- 3,8). As maiores prevalências foram observadas para mulheres da Região Norte (3,2%; IC 95%: 2,7-3,8), Nordeste (3,0%; IC 95%: 2,7-3,4) e Sul (3,0%; IC 95%: 2,4-3,6), quando comparadas às da Região Sudeste (2,0%; IC 95%: 1,7-2,3). Não foram observadas diferenças significativas quanto a escolaridade. Conclusão: A elevada prevalência de violência sofrida por mulheres brasileiras, cometida por pessoa conhecida, ressalta a existência de violência de gênero que parece estar disseminada em todos os níveis de escolaridade e mais relevante entre mulheres de cor da pele preta ou parda e das regiões Norte, Nordeste e Sul. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-10-22 2018-09-28 2019-11-30T12:48:36Z 2019-11-30T12:48:36Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/bachelorThesis info:eu-repo/semantics/dataset |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
OLIVEIRA, Rayanne Duarte de. Violência contra mulheres no Brasil: caracterização e fatores sociodemográficos. 2018. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, 2018. http://bdm.ufmt.br/handle/1/1509 |
identifier_str_mv |
OLIVEIRA, Rayanne Duarte de. Violência contra mulheres no Brasil: caracterização e fatores sociodemográficos. 2018. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, 2018. |
url |
http://bdm.ufmt.br/handle/1/1509 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Mato Grosso Brasil Instituto de Saúde Coletiva (ISC) UFMT CUC - Cuiabá Saúde Coletiva - CUC |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Mato Grosso Brasil Instituto de Saúde Coletiva (ISC) UFMT CUC - Cuiabá Saúde Coletiva - CUC |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Monografias da UFMT instname:Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) instacron:UFMT |
instname_str |
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) |
instacron_str |
UFMT |
institution |
UFMT |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
collection |
Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Monografias da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) |
repository.mail.fl_str_mv |
bibliotecacentral@ufmt.br|| |
_version_ |
1804658245770412032 |