Trote universitário : um rito de passagem para os calouros da UFMT/Cuiabá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Bárbara Estevam Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/250
Resumo: Introdução - O trote nas universidades é tratado como recepção para os ingressantes. Existe, por um lado, a expectativa dos jovens aprovados nos vestibulares com relação à entrada na universidade e ao trote do qual serão submetidos pelos veteranos. Algumas universidades, sobretudo as que se tornaram palco de trotes violentos, identificam e promovem debates sobre o tema, pois o trote violento tem sido uma preocupação recorrente. Dessa forma, refletir sobre o sentido e a importância simbólico-prática do ritual do trote universitário em nossa instituição, constitui-se como o propósito desta investigação. Objetivos - Relatar criticamente a experiência da vivência do trote universitário na Universidade Federal de Mato Grosso; identificar as principais ações e atividades realizadas por veteranos no momento de entrada dos estudantes calouros no novo curso de graduação; conhecer os rituais de iniciação do início da vida acadêmica. Metodologia - Trata-se de um estudo de caso tendo como foco o trote universitário. O estudo de caso é a estratégia escolhida ao se examinarem acontecimentos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. O estudo teve como cenário a Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Campus Universitário Gabriel Novis Neves, localizado na Capital Cuiabá. No presente estudo, os cursos de Medicina, Química e de Saúde Coletiva do campus de Cuiabá foram escolhidos para que a autora pudesse vivenciar a recepção aos estudantes de graduação do primeiro ano. Para relatar o que foi observado, foi utilizado o método da “descrição densa”. Resultados – Pode-se observar a semelhança das atividades nos três trotes descritos, o que afirma a questão do trote como um rito, seguindo o conceito de que o rito é um ato bastante flexível para comportar uma “margem de improvisação”, mas permanecendo fiel a algumas regras que constituem precisamente o que há nele de ritual. O que caracteriza o trote como um rito de passagem é justamente o momento em que o jovem calouro se encontra entre a passagem da adolescência para a vida adulta, e os elementos do rito de iniciação encontrados no trote, referem-se ao elemento de iniciação na própria vida universitária. Considerações finais - A prática do trote solidário constitui-se como uma questão interessante e relevante, porém a existência de tal prática não significa que os trotes violentos não ocorrem. Apesar de existir medidas promovidas para evitar atividades violentas, pode-se observar a dificuldade de sensibilizar os discentes a fim de não reproduzirem rituais pautados na violência, pois os mesmos não enquadram as “brincadeiras” como prejudiciais.
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