Papel da obesidade e da disfunção hepática sobre a atividade vascular de ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Milena do
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/1400
Resumo: INTRODUÇÃO: Estudos têm demonstrado que a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) cresce em paralelo ao aumento da obesidade, tornando-se um problema de saúde pública. A DHGNA também é considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, podendo causar prejuízo na função dos vasos, entretanto ainda é incerto o papel da DHGNA sobre as propriedades funcionais do sistema vascular. OBJETIVO: avaliar se ratos com obesidade e inflamação hepática, um modelo de DHGNA, apresentam disfunção vascular. MÉTODOS: Ratos machos Wistar foram divididos em quatro grupos: controle (C), dieta ocidental (D), controle e tioacetamida (C+TAA), dieta ocidental e tioacetamida (D+TAA). A dieta rica em gordura é constituída por ração rica em gordura e água com açúcar (300g/L). A administração de tioacetamida (100mg.kg), um agente hepatotóxico indutor de inflamação e fibrose no fígado, foi feita via intraperitoneal, duas vezes por semana. Após oito semanas foi avaliado a função vascular através da reatividade vascular, usando anéis isolados de aorta com e sem endotélio. Foram realizadas curvas concentração resposta (CCR) para fenilefrina, acetilcolina (Ach) e nitroprussiato de sódio (NPS). Fizemos ainda o bloqueio com L-NAME (inibidor da óxido nítrico sintase). RESULTADOS: Nas CCR para fenilefrina em anéis de aorta com endotélio, tanto o grupo C+TAA quanto o D+TAA apresentaram maior EC50 em relação aos grupos C e D respectivamente (C=6,32±0,4 vs C+TAA=6,8±0,19 e D+TAA=6,52 ± 0,20 vs D=6,080,32). O bloqueio com L-NAME aumentou a resposta contrátil apenas nos grupos C e D e não alterou nos animais tratados com tioacetamida. Na ausência de endotélio, a resposta máxima foi elevada apenas no grupo D+TAA em comparação ao D (D+TAA=1,88 ± 1,03 vs D=1,00 ± 0,37). Em relação ao relaxamento com Ach não houve diferença entre os grupos. No entanto, nas CCR para o NPS, os grupos D+TAA e C+TAA apresentaram menor EC50 quando comparados aos seus respectivos controles, sugerindo que a TAA causa um prejuízo no relaxamento independente do endotélio (C=8.1±0,1 vs C+TAA=7,3±0,4 e D+TAA=7,50,2 vs D=8,3 ± 0,4). CONCLUSÃO: a obesidade induzida pela dieta isoladamente não comprometeu a função vascular; em contraste, o tratamento com o agente hepatotóxico, foi um fator relevante para causar uma disfunção vascular, através da menor liberação de óxido nítrico.
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