Revista de Educação Pública, v. 22, n. 49/1, maio/ago. 2013

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Editorial, Equipe
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Educação Pública
Texto Completo: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/882
Resumo: Ao falar da coisidade das coisas, Manuel de Barros (1994, p. 4) anuncia: “As coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis: Elas desejam ser olhadas de azul. Que nem criança que você olha de ave. Um olhar de ave, um olhar de azul é um simples olhar com mais atenção.” Em seu exercício criativo, o poeta nos possibilita recriar sua poesia e devolvê-la assim: Crianças coisificadas não querem ser vistas de forma razoável, elas desejam um olhar de ave. Esta foi a inspiração do Seminário Educação 2012, evento que ocorre anualmente na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá, promovido pelo Programa de Pós Graduação em Educação desta mesma Instituição – tematizando nesse ano Das crianças nas instituições e das crianças (in) visíveis: entre a sujeição e as possibilidades criativas. O Seminário Educação 2012 se dedicou a viabilizar lugares acadêmicos e culturais que acenem para a visibilidade das crianças nas sociedades adultas, mais especificamente nos contextos educacionais e de pesquisa. As imagens das crianças anunciadas se associam às suas múltiplas lógicas e linguagens e passam a ser compreendidas como força instituinte, reinaugurando a cena educacional a partir do valor da diferença. As crianças, elas mesmas compreendem os sentimentos das coisas. Já dizia Benjamin (1994) que, ao brincarem com detritos, as crianças colocam restos e resíduos em uma relação nova e original.
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