Taxonomia e variação geográfica das populações de Helicops leopardinus (Schlegel, 1837) (Serpentes, Xenodontinae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Antonio Moraes da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMT
Texto Completo: http://ri.ufmt.br/handle/1/2676
Resumo: Helicops leopardinus (Schlegel, 1837) is a waterskake species widepread in Cis-Andean South America from the Guianas to northern Argentina. Among its congeners, it is unique in having longitudinal rows of dark dorsal spots, as well as a chess-like ventral pattern composed of alternated bands. Most of the preliminary approaches in the literature suggest that the variations of quantitative and qualitative parameters of the H. leopardinus populations deserve more detailed investigations. In addition, the lack of a comprehensive morphological study throughout the range of this taxon prevents conclusive interpretations regarding local diferentiations that remain poorly understood. Herein, I present a taxonomic revision of the populations attributed to H. leopardinus based on external morphology (color pattern, body proportions and pholidosis) and hemipenial structure. I have examined 661 specimens from localities within the whole range of the target taxon throughout the several hidrographic basins of Cis-Andean South America, in all the morphoclimatic domains. As a result, I determined five Operational Taxonomic Units (hereafter OTUs) four of which objectively attributable to full species. The nominal form H. leopardinus (Schlegel, 1837), remains associated with the populations ocurring in the Amazon basin, the complex of basins of the Prata and southern Tocantins-Araguaia, as well as the region of contact among the Amazon, Tocantins-Araguaia and Atlântico Nordeste Ocidental basins (OTU 1); the name H. leprieuri Duméril et al., 1854 must be attributed to the populations from northeastern Brazil, in the São Francisco, Atlântico Leste and Atlântico Nordeste Oriental basins (OTU 2); finally, since there are no available names attributable to the OTUs 3 and 4, these entities must be described as new species. Our OTU 5, represented by only three female specimens from the region of Santa Fé Province, in Argentina, exhibits distinctly low subcaudal counts and sensibly high ventral counts, although the remaining observable features fit in all details with OTU 1. Therefore, I decided to provisionally lump both OTUs under the name H. leopardinus (Schlegel, 1837) until larger samples and further evidence (e.g., hemipenial morphology) allow more conclusive interpretations. As other aquatic taxa, the differentiation patterns associated not only with H. leopardinus, but also with other Hydropsini taxa, may respond to the history of the South American complexes of hidrographic basins representing important source of evolutionary and biogeographic information. Integrtative approaches including phylogenetic and phylogeographic analyses must be encouraged in order to test the patterns revealed by morphological data, as well as the classifcation proposed herein.
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Herein, I present a taxonomic revision of the populations attributed to H. leopardinus based on external morphology (color pattern, body proportions and pholidosis) and hemipenial structure. I have examined 661 specimens from localities within the whole range of the target taxon throughout the several hidrographic basins of Cis-Andean South America, in all the morphoclimatic domains. As a result, I determined five Operational Taxonomic Units (hereafter OTUs) four of which objectively attributable to full species. The nominal form H. leopardinus (Schlegel, 1837), remains associated with the populations ocurring in the Amazon basin, the complex of basins of the Prata and southern Tocantins-Araguaia, as well as the region of contact among the Amazon, Tocantins-Araguaia and Atlântico Nordeste Ocidental basins (OTU 1); the name H. leprieuri Duméril et al., 1854 must be attributed to the populations from northeastern Brazil, in the São Francisco, Atlântico Leste and Atlântico Nordeste Oriental basins (OTU 2); finally, since there are no available names attributable to the OTUs 3 and 4, these entities must be described as new species. Our OTU 5, represented by only three female specimens from the region of Santa Fé Province, in Argentina, exhibits distinctly low subcaudal counts and sensibly high ventral counts, although the remaining observable features fit in all details with OTU 1. Therefore, I decided to provisionally lump both OTUs under the name H. leopardinus (Schlegel, 1837) until larger samples and further evidence (e.g., hemipenial morphology) allow more conclusive interpretations. As other aquatic taxa, the differentiation patterns associated not only with H. leopardinus, but also with other Hydropsini taxa, may respond to the history of the South American complexes of hidrographic basins representing important source of evolutionary and biogeographic information. Integrtative approaches including phylogenetic and phylogeographic analyses must be encouraged in order to test the patterns revealed by morphological data, as well as the classifcation proposed herein.CAPESA serpente aquática Helicops leopardinus (Schlegel, 1837) tem ampla distribuição na América do Sul CisAndina, ocorrendo das Guianas ao norte da Argentina. A espécie se caracteriza por apresentar manchas dorsais em série, podendo ou não estar em contato entre si, além das manchas ventrais em bandas formando um padrão xadrezado. Na literatura há indícios de que as variações relativas à coloração, morfometria e folidose em H. leopardinus merecem investigação mais detalhada para averiguar se o nome reflete um complexo de espécies. O presente estudo consiste na revisão taxonômica das populações hoje alocadas em H. leopardinus com base em morfologia externa (coloração, folidose e proporções corporais) e interna (hemipênis). Foram analisados 661 exemplares procedentes de localidades de toda abrangência do complexo, cobrindo diferentes bacias hidrográficas e domínios fitogeográficos. A amostra permitiu o reconhecimento de cinco unidades taxonômicas operacionais (UTOs), das quais quatro são defensáveis como espécies plenas. Ante o histórico nomenclatural do grupo, o nome H. leopardinus (Schlegel, 1837) fica atrelado às populações presentes na bacia Amazônica, sul da bacia Tocantins-Araguaia, complexo de bacias do Prata e nas áreas da região de confluência entre as duas primeiras e mais a bacia Atlântico Nordeste Ocidental (UTO 1); já o nome H. leprieuri Duméril et al., 1854 fica atrelado às populações associadas às bacias do São Francisco, Atlântico Leste e Atlântico Nordeste Oriental, no nordeste do Brasil (UTO 2); finalmente, não há nomes disponíveis para a UTOs 3 e 4, que devem ser descritas como espécies novas e ocupam, respectivamente, as bacias do Atlântico Nordeste Oriental e Ocidental e do TocantinsAraguaia. A UTO 5, representada por apenas três fêmeas procedentes da província de Santa Fé, Argentina, apresenta contagens de ventrais e subcaudais, respectivamente, muito mais altas e muito mais baixas do que as populações da UTO 1, embora seja indistinguível desta última quanto a caracteres qualitativos. Entretanto, em decorrência da amostra ser extremamente reduzida e restrita a um único sexo, optou-se aqui por alocar tentativamente esta UTO em H. leopardinus (Schlegel, 1837) até que mais exemplares venham a permitir maior detalhamento analítico. Assim como outros táxons de hábitos aquáticos, os padrões de diversificação não só de H. leopardinus, mas também outros grupos de Hydropsini, podem estar intimamente associados à história dos complexos de bacias hidrográficas da América de Sul, sendo fonte frutífera de informações evolutivas e biogeográficas. Estudos integrativos contando com abordagens filogenéticas e filogeográficas (incluindo dados moleculares) devem ser encorajados no sentido de testar os padrões encontrados aqui.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilInstituto de Biociências (IB)UFMT CUC - CuiabáPrograma de Pós-Graduação em ZoologiaCurcio, Felipe Francohttp://lattes.cnpq.br/0966740421983786Curcio, Felipe Franco260.593.388-10http://lattes.cnpq.br/0966740421983786Strüssmann, Christine335.259.430-91http://lattes.cnpq.br/6985916875607463260.593.388-10Piacentini, Vítor de Queiroz006.072.879-50http://lattes.cnpq.br/4564913688262978Nunes, Pedro Murilo Sales263.459.408-95http://lattes.cnpq.br/0714443100383141Silva, Antonio Moraes da2021-07-30T14:34:45Z2018-04-022021-07-30T14:34:45Z2018-03-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSILVA, Antonio Moraes da. Taxonomia e variação geográfica das populações de Helicops leopardinus (Schlegel, 1837) (Serpentes, Xenodontinae). 2018. 143 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Biociências, Cuiabá, 2018.http://ri.ufmt.br/handle/1/2676porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMTinstname:Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)instacron:UFMT2021-08-02T07:01:40Zoai:localhost:1/2676Repositório InstitucionalPUBhttp://ri.ufmt.br/oai/requestjordanbiblio@gmail.comopendoar:2021-08-02T07:01:40Repositório Institucional da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)false
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description Helicops leopardinus (Schlegel, 1837) is a waterskake species widepread in Cis-Andean South America from the Guianas to northern Argentina. Among its congeners, it is unique in having longitudinal rows of dark dorsal spots, as well as a chess-like ventral pattern composed of alternated bands. Most of the preliminary approaches in the literature suggest that the variations of quantitative and qualitative parameters of the H. leopardinus populations deserve more detailed investigations. In addition, the lack of a comprehensive morphological study throughout the range of this taxon prevents conclusive interpretations regarding local diferentiations that remain poorly understood. Herein, I present a taxonomic revision of the populations attributed to H. leopardinus based on external morphology (color pattern, body proportions and pholidosis) and hemipenial structure. I have examined 661 specimens from localities within the whole range of the target taxon throughout the several hidrographic basins of Cis-Andean South America, in all the morphoclimatic domains. As a result, I determined five Operational Taxonomic Units (hereafter OTUs) four of which objectively attributable to full species. The nominal form H. leopardinus (Schlegel, 1837), remains associated with the populations ocurring in the Amazon basin, the complex of basins of the Prata and southern Tocantins-Araguaia, as well as the region of contact among the Amazon, Tocantins-Araguaia and Atlântico Nordeste Ocidental basins (OTU 1); the name H. leprieuri Duméril et al., 1854 must be attributed to the populations from northeastern Brazil, in the São Francisco, Atlântico Leste and Atlântico Nordeste Oriental basins (OTU 2); finally, since there are no available names attributable to the OTUs 3 and 4, these entities must be described as new species. Our OTU 5, represented by only three female specimens from the region of Santa Fé Province, in Argentina, exhibits distinctly low subcaudal counts and sensibly high ventral counts, although the remaining observable features fit in all details with OTU 1. Therefore, I decided to provisionally lump both OTUs under the name H. leopardinus (Schlegel, 1837) until larger samples and further evidence (e.g., hemipenial morphology) allow more conclusive interpretations. As other aquatic taxa, the differentiation patterns associated not only with H. leopardinus, but also with other Hydropsini taxa, may respond to the history of the South American complexes of hidrographic basins representing important source of evolutionary and biogeographic information. Integrtative approaches including phylogenetic and phylogeographic analyses must be encouraged in order to test the patterns revealed by morphological data, as well as the classifcation proposed herein.
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