Consequências do tamanho e do sexo sobre os hábitos alimentares da sucuri-amarela (Eunectes notaeus)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMT |
Texto Completo: | http://ri.ufmt.br/handle/1/1731 |
Resumo: | The study of food habits may help to predict the consequences of ontogeny and sexual dimorphism in resource use, which can be a major factor modelling niche hypervolume. Whereas sex-related food habits changes are expected in highly dimorphic species, ontogeny can be a major factor in determining the degree of resource use variation within a species. 2. In this study we use a highly dimorphic predator with indeterminate growth, the Yellow Anaconda (Eunectes notaeus), to study the implications of sex and size on food habits. This was done under an official management plan of these snakes in Argentina, which allows collecting large sample size. 3. We tested the consequences of sex-related size-dimorphism over two foraging metrics: prey size and feeding frequency. Similarly, to test the consequences of ontogeny on trophic niche metrics, we related changes in feeding frequency and maximum prey size to increase in anacondas’ body size. 4. While females (the larger sex) did eat larger prey compared to males, this effect disappeared when we added the effect of body size. Females ate more frequently than males, even when body size effect was added. Body size positively affected maximum prey size, and as expected from foraging theory, did not increase minimum prey size. Feeding frequency did not suffer an effect of ontogeny.3 5. Our results indicate that variations in resource use as a product of sex-based differences in size are negligible in anacondas. Although females feed more frequently, this can be an effect of greater energetic costs of reproduction. Higher reproductive success for larger females seems a better explanation for sexual dimorphism in anacondas. Ontogeny, by its time, has a positive effect of maximum prey size, and this can be considered general, as it was already demonstrated for several other species which express indeterminate growth. Finally, knowledge on sex-based changes in resource use will benefit from well-defined quantitative research on diet and other resources use, which can be relevant in learning if they are consequences rather than causes for sexual dimorphism. |
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Consequências do tamanho e do sexo sobre os hábitos alimentares da sucuri-amarela (Eunectes notaeus).CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAAllometryBoidaeIntersexual niche divergenceOntogenyPredator-prey size ratioPrograma CuriyúTrophic ecologyThe study of food habits may help to predict the consequences of ontogeny and sexual dimorphism in resource use, which can be a major factor modelling niche hypervolume. Whereas sex-related food habits changes are expected in highly dimorphic species, ontogeny can be a major factor in determining the degree of resource use variation within a species. 2. In this study we use a highly dimorphic predator with indeterminate growth, the Yellow Anaconda (Eunectes notaeus), to study the implications of sex and size on food habits. This was done under an official management plan of these snakes in Argentina, which allows collecting large sample size. 3. We tested the consequences of sex-related size-dimorphism over two foraging metrics: prey size and feeding frequency. Similarly, to test the consequences of ontogeny on trophic niche metrics, we related changes in feeding frequency and maximum prey size to increase in anacondas’ body size. 4. While females (the larger sex) did eat larger prey compared to males, this effect disappeared when we added the effect of body size. Females ate more frequently than males, even when body size effect was added. Body size positively affected maximum prey size, and as expected from foraging theory, did not increase minimum prey size. Feeding frequency did not suffer an effect of ontogeny.3 5. Our results indicate that variations in resource use as a product of sex-based differences in size are negligible in anacondas. Although females feed more frequently, this can be an effect of greater energetic costs of reproduction. Higher reproductive success for larger females seems a better explanation for sexual dimorphism in anacondas. Ontogeny, by its time, has a positive effect of maximum prey size, and this can be considered general, as it was already demonstrated for several other species which express indeterminate growth. Finally, knowledge on sex-based changes in resource use will benefit from well-defined quantitative research on diet and other resources use, which can be relevant in learning if they are consequences rather than causes for sexual dimorphism.CAPESCNPqFAPEMATO estudo dos hábitos alimentares pode ajudar a predizer as consequências da ontogenia e do dimorfismo sexual no uso de recursos, que por sua vez é um dos principais fatores que dão forma ao hipervolume do nicho. Enquanto mudanças no nicho trófico relacionadas ao sexo são esperadas em espécies altamente dimórficas, a ontogenia pode ser um fator importante determinando o grau de variação no uso de recursos em uma espécie. Nesse estudo nós usamos um predador altamente dimórfico com crescimento indeterminado, a sucuri-amarela (Eunectes notaeus) para estudar as consequências do sexo e do tamanho nos hábitos alimentares. Isso foi feito em paralelo a um programa de manejo dessas serpentes, o que permitiu a coleta de uma amostra grande. Nós testamos as consequências do dimorfismo sexual de tamanhos sobre duas métricas de forrageamento: tamanho da presa e frequência alimentar. De forma similar, para testar as consequências da ontogenia nos hábitos alimentares, mudanças na frequência alimentar e tamanho máximo da presa foram relacionadas ao aumento do tamanho corporal em sucuris. Em comparação aos machos, fêmeas (o sexo maior) comeram presas maiores, mas esse efeito desapareceu quando adicionamos o efeito do tamanho corporal. As fêmeas comeram mais frequentemente que os machos, mesmo quando levamos o efeito do tamanho corporal em consideração. O tamanho corporal afetou positivamente o tamanho máximo da presa, e como predito pela teoria do forrageamento, não aumentou o tamanho mínimo da presa. A frequência alimentar não sofreu um efeito da ontogenia. Nossos resultados indicam que a variação no uso de recursos como um produto de diferenças de tamanho baseadas no sexo é pequena em sucuris amarelas. Embora fêmeas comam mais frequentemente, isso pode ser um efeito das maiores demandas energéticas para reprodução. Aumentos no sucesso reprodutivo de fêmeas grandes parecem uma explicação melhor para o dimorfismo sexual encontrado em sucuris. A ontogenia, por sua vez, tem um efeito positivo no tamanho máximo da presa, e isso pode ser considerado geral já que tem sido mostrado em diversas espécies de crescimento indeterminado. Finalmente, o conhecimento sobre mudanças no uso de recursos baseadas no sexo pode se beneficiar de pesquisas quantitativas bem definidas sobre forrageamento, que podem ser relevantes para entendermos se elas são consequências ou causas do dimorfismo sexual.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilInstituto de Biociências (IB)UFMT CUC - CuiabáPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da BiodiversidadeStrüssmann, Christinehttp://lattes.cnpq.br/6985916875607463Izzo, Thiago Junqueira276.712.688-44http://lattes.cnpq.br/7106236848048146Penha, Jerry Magno Ferreira346.478.721-49http://lattes.cnpq.br/8722291577415644335.259.430-91Magnusson, William Ernest130.815.002-49http://lattes.cnpq.br/1973878827354750Victor Lemes LandeiroLandeiro, Victor Lemes950.975.621-00http://lattes.cnpq.br/9787714069071448Miranda, Everton Bernardo Pereira de2019-12-13T16:50:33Z20162019-12-13T16:50:33Z2016-02-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMIRANDA, Everton Bernardo Pereira de. Consequências do tamanho e do sexo sobre os hábitos alimentares da sucuri-amarela (Eunectes notaeus). 2016. 40 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Biociências, Cuiabá, 2016.http://ri.ufmt.br/handle/1/1731porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMTinstname:Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)instacron:UFMT2019-12-16T06:02:32Zoai:localhost:1/1731Repositório InstitucionalPUBhttp://ri.ufmt.br/oai/requestjordanbiblio@gmail.comopendoar:2019-12-16T06:02:32Repositório Institucional da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)false |
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The study of food habits may help to predict the consequences of ontogeny and sexual dimorphism in resource use, which can be a major factor modelling niche hypervolume. Whereas sex-related food habits changes are expected in highly dimorphic species, ontogeny can be a major factor in determining the degree of resource use variation within a species. 2. In this study we use a highly dimorphic predator with indeterminate growth, the Yellow Anaconda (Eunectes notaeus), to study the implications of sex and size on food habits. This was done under an official management plan of these snakes in Argentina, which allows collecting large sample size. 3. We tested the consequences of sex-related size-dimorphism over two foraging metrics: prey size and feeding frequency. Similarly, to test the consequences of ontogeny on trophic niche metrics, we related changes in feeding frequency and maximum prey size to increase in anacondas’ body size. 4. While females (the larger sex) did eat larger prey compared to males, this effect disappeared when we added the effect of body size. Females ate more frequently than males, even when body size effect was added. Body size positively affected maximum prey size, and as expected from foraging theory, did not increase minimum prey size. Feeding frequency did not suffer an effect of ontogeny.3 5. Our results indicate that variations in resource use as a product of sex-based differences in size are negligible in anacondas. Although females feed more frequently, this can be an effect of greater energetic costs of reproduction. Higher reproductive success for larger females seems a better explanation for sexual dimorphism in anacondas. Ontogeny, by its time, has a positive effect of maximum prey size, and this can be considered general, as it was already demonstrated for several other species which express indeterminate growth. Finally, knowledge on sex-based changes in resource use will benefit from well-defined quantitative research on diet and other resources use, which can be relevant in learning if they are consequences rather than causes for sexual dimorphism. |
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