Indução e transferência de resistência a intoxicação por Palicourea marcgravii (Rubiaceae) em ovinos
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMT |
Texto Completo: | http://ri.ufmt.br/handle/1/1136 |
Resumo: | Palicourea marcgravii contains sodium monofluoroacetate (MF) and is the main plant associated with the “sudden death” in cattle in Brazil. The toxic dosage of fresh leaves for bovine and ovine is of 0.6g/kg. Studies have demonstrated the existence of ruminal microorganisms, in soil and in plants, capable of degrading the MF. The aim of this study is to verify if ovine become resistant to the consumption of P. marcgravii after repeated administration of non-toxic doses and if this resistance can be transferred to susceptible ovine by transfaunation of ruminal contents. The induction of resistance was performed by supplying daily doses of 0.03 g/kg of dried and crushed leaves of P. marcgravii for 20 days to a group of sheep (G1). After the induction period, the ovine were challenged with four different doses of P. marcgravii at intervals of 15 days each: 0.06 g / kg for 10 days, 0.12 g / kg for 5 days 0.2 g / kg for 3 days and single dose of 0.6 g / kg. After the first G1 challenge, each 24 hours, 100ml of the ruminal liquid was collected from the ovine of G1, by esophageal catheter and immediately transferred to the other ovine group (G2) which was submitted to same challenges like G1. The criteria for evaluation of resistance were heart rate, intensity of symptoms and clinical outcome compared with Control Groups (GC-3 dose of 0.12 g / kg for 5 days, GC4 dose of 0.2 g / kg for 3 days and for GC5 single dose of 0.6 g / kg). The G1 and G2 groups showed mostly discrete clinical signs while the control groups were moderate and severe. In the challenge of 0,12g/kg the GC-3 showed cardiac frequency average of 176±59, while G1 and G2 showed 134±41 and 140±41, respectively. In the challenge of 0,2g/kg the cardiac frequency of GC-4 was 176±56 over G1 with 167±46 and G2 with 155±52. In the last challenge all the ovine from GC-5 had cardiac frequency average of de 199±136 and died, while in G1 the cardiac frequency showed was 169±49 and in the G2 161±57 and all survived. The challenge with a single dose of 0.6 g / kg caused the death of three sheep in the control group. However the 5 sheep from the transfauned group and the two sheep which remaining from resistant group did not die. The present study showed that resistance to poisoning by P. marcgravii can be stimulated by repeated dose of a non-toxic plant. This resistance can be transferred by transfaunation of rumen contents of sheep resistant to non-resistant sheep. These methods indicate that the poisoning resistance of P. marcgravii occurs possibly due to the existence of mixed ruminal bacteria that degrades monofluoroacetato. |
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Indução e transferência de resistência a intoxicação por Palicourea marcgravii (Rubiaceae) em ovinosPalicourea marcgraviiIntoxicação por plantaMonofluoracetato de sódioOvinosMorte-súbitaCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIAPalicourea marcgraviIntoxication by plantSodium monofluoroacetateOvineSudden deathPalicourea marcgravii contains sodium monofluoroacetate (MF) and is the main plant associated with the “sudden death” in cattle in Brazil. The toxic dosage of fresh leaves for bovine and ovine is of 0.6g/kg. Studies have demonstrated the existence of ruminal microorganisms, in soil and in plants, capable of degrading the MF. The aim of this study is to verify if ovine become resistant to the consumption of P. marcgravii after repeated administration of non-toxic doses and if this resistance can be transferred to susceptible ovine by transfaunation of ruminal contents. The induction of resistance was performed by supplying daily doses of 0.03 g/kg of dried and crushed leaves of P. marcgravii for 20 days to a group of sheep (G1). After the induction period, the ovine were challenged with four different doses of P. marcgravii at intervals of 15 days each: 0.06 g / kg for 10 days, 0.12 g / kg for 5 days 0.2 g / kg for 3 days and single dose of 0.6 g / kg. After the first G1 challenge, each 24 hours, 100ml of the ruminal liquid was collected from the ovine of G1, by esophageal catheter and immediately transferred to the other ovine group (G2) which was submitted to same challenges like G1. The criteria for evaluation of resistance were heart rate, intensity of symptoms and clinical outcome compared with Control Groups (GC-3 dose of 0.12 g / kg for 5 days, GC4 dose of 0.2 g / kg for 3 days and for GC5 single dose of 0.6 g / kg). The G1 and G2 groups showed mostly discrete clinical signs while the control groups were moderate and severe. In the challenge of 0,12g/kg the GC-3 showed cardiac frequency average of 176±59, while G1 and G2 showed 134±41 and 140±41, respectively. In the challenge of 0,2g/kg the cardiac frequency of GC-4 was 176±56 over G1 with 167±46 and G2 with 155±52. In the last challenge all the ovine from GC-5 had cardiac frequency average of de 199±136 and died, while in G1 the cardiac frequency showed was 169±49 and in the G2 161±57 and all survived. The challenge with a single dose of 0.6 g / kg caused the death of three sheep in the control group. However the 5 sheep from the transfauned group and the two sheep which remaining from resistant group did not die. The present study showed that resistance to poisoning by P. marcgravii can be stimulated by repeated dose of a non-toxic plant. This resistance can be transferred by transfaunation of rumen contents of sheep resistant to non-resistant sheep. These methods indicate that the poisoning resistance of P. marcgravii occurs possibly due to the existence of mixed ruminal bacteria that degrades monofluoroacetato.Palicourea marcgravii contém monofluoroacetato de sódio (MF) e é a principal planta associada a “morte súbita” em bovinos no Brasil. A dose tóxica de folhas frescas para bovinos e ovinos é de 0,6g/kg. Estudos demonstram a existência de microorganismos ruminais, no solo e nas plantas, capazes de degradar o MF. Este estudo tem como objetivo verificar se ovinos tornam-se resistentes ao consumo da P. marcgravii depois de repetidas administrações de doses não tóxicas e se essa resistência pode ser transferida para ovinos suscetíveis por transfaunação de conteúdo ruminal coletado de ovinos resistentes. A indução da resistência foi realizada com o fornecimento parcelado durante 20 dias, a cada 24h, de 0,03g/kg de folhas de P. marcgravii desidratadas e trituradas, para um grupo de ovinos (G1). Após o período de indução, os ovinos foram desafiados com quatro diferentes doses em intervalos de 15 dias cada: de 0,06g/kg/dia durante 10 dias, 0,12g/kg/dia durante 5 dias, 0,2g/kg/dia durante 3 dias e única dose de 0,6 g/kg. Após o primeiro desafio do G1, a cada 24 horas, 100ml do conteúdo ruminal foi coletado de ovinos, por sonda esofágica, e imediatamente transferido para outro grupo de ovinos (G2) o qual foi submetido a desafios com doses de P. marcgravii similares as do G1. Os critérios para avaliação da resistência foram frequência cardíaca, intensidade do quadro clínico e desfecho clínico comparados com Grupos Controles (G3 para dose de 0,12g/kg durante 5 dias, G4 para dose de 0,2g/kg durante 3 dias e G5 para dose única de 0,6g/kg). Os Grupos G1 e G2 apresentaram predominantemente sinais clínicos discretos enquanto nos grupos controles foram moderados e acentuados. No desafio de 0,12g/kg o G3 apresentou média de frequência cardíaca de 176±59, enquanto G1 e G2 foram de 134±41 e 140±41, respectivamente. No desafio de 0,2g/kg a frequência cardíaca do GC-4 foi de 176±56 superior aos G1 com 167±46 e G2 com 155±52. No último desafio, todos os ovinos do GC-5 tiveram frequência cardíaca média de 199±136 e morreram, enquanto no G1 constatou-se frequência de 169±49 e no G2 161±57 e todos sobreviveram. O desafio com dose única de 0,6g/kg causou a morte dos três ovinos no grupo controle, de nenhum dos 5 ovinos do grupo transfaunado e de nenhum dos dois ovinos restantes do grupo resistente. O presente estudo demonstrou que a resistência à intoxicação por P. marcgravii pode ser estimulada através de repetidas dose não tóxicas da planta e esta resistência pode ser transferida por trasnfaunação de conteúdo ruminal de ovinos resistentes para ovinos não resistentes. Esses métodos indicam que a resistência à intoxicação da P. marcgravii ocorre possivelmente devido à existência de microbiota ruminal que degrada o monofluoracetato.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilFaculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia (FAMEVZ)UFMT CUC - CuiabáPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasColodel, Edson MoletaPescador, Caroline Argentahttp://lattes.cnpq.br/5754349416478829http://lattes.cnpq.br/6150957874684255Colodel, Edson Moleta766.442.439-91http://lattes.cnpq.br/6150957874684255Antoniassi, Nadia Aline Bobbi005.356.151-16http://lattes.cnpq.br/1709679190150997766.442.439-91958.659.180-87Pimentel, Luciano da Anunciação801.604.765-34http://lattes.cnpq.br/5498406781903268Carneiro, Faber Monteiro2019-06-24T15:57:26Z2014-04-242019-06-24T15:57:26Z2013-03-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCARNEIRO, Faber Monteiro. 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