Ser mulher e ser mulher negra : caminhos de uma emancipação epistêmica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMT |
Texto Completo: | http://ri.ufmt.br/handle/1/3853 |
Resumo: | This dissertation entitled Being a woman and being a black woman: paths of an epistemic emancipation seeks to investigate a theory that points to a path of liberation for black women. Investigating whether this ―woman‖ concept excludes black women in a more socially profound way. I begin by explaining the social, political and epistemic implications that occurred as a consequence of philosophical ideas propagated mainly in the Enlightenment period about what a woman is. The idea of humanity was conceived through male and European subjects. Excluding all non-members of this group and classifying them as irrational. Faced with the questions presented by Simone de Beauvoir about the process of epistemic, political and social erasure of European women, I question the epistemic and consequently social place of black women in a general scope and within feminism itself. For this discussion I use the work of Angela Davis, problematizing the question of black women, who do not correspond to Beauvoir's definition of second sex. But where would the consolidation of the subordination of black women be? In the various oppressions. And how are such oppressions founded? This question is dealt with in the second chapter by analyzing the philosophical and social constructions about who is the subject of knowledge. In this chapter I propose to analyze the traditional idea of a disembodied epistemic subject and how this notion affects the knowledge of people who do not fit the mold of the same. In the course of answering these questions, I use the theories of feminist epistemologists, such as Sandra Harding and Miranda Fricker, to demonstrate how the notion of a universal subject is a problem in the production of knowledge, as it only allows a restricted group to produce it along the lines traditionally put. In the third chapter I deal with the epistemic injustices that affect the lives of black women in socially disadvantageous situations. Using the social and philosophical theory of Patrícia Hill Collins, I open a dialogue with Chapter 2 to seek to identify and conceptualize how black women deal with this structural erasure and organize themselves to produce knowledge and undo the stereotypes thrown at them. |
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Faced with the questions presented by Simone de Beauvoir about the process of epistemic, political and social erasure of European women, I question the epistemic and consequently social place of black women in a general scope and within feminism itself. For this discussion I use the work of Angela Davis, problematizing the question of black women, who do not correspond to Beauvoir's definition of second sex. But where would the consolidation of the subordination of black women be? In the various oppressions. And how are such oppressions founded? This question is dealt with in the second chapter by analyzing the philosophical and social constructions about who is the subject of knowledge. In this chapter I propose to analyze the traditional idea of a disembodied epistemic subject and how this notion affects the knowledge of people who do not fit the mold of the same. In the course of answering these questions, I use the theories of feminist epistemologists, such as Sandra Harding and Miranda Fricker, to demonstrate how the notion of a universal subject is a problem in the production of knowledge, as it only allows a restricted group to produce it along the lines traditionally put. In the third chapter I deal with the epistemic injustices that affect the lives of black women in socially disadvantageous situations. Using the social and philosophical theory of Patrícia Hill Collins, I open a dialogue with Chapter 2 to seek to identify and conceptualize how black women deal with this structural erasure and organize themselves to produce knowledge and undo the stereotypes thrown at them.Esta dissertação, intitulada Ser mulher e ser mulher negra: caminhos de uma emancipação epistêmica, busca investigar uma teoria que aponte para um caminho de libertação para as mulheres negras, investigando se este conceito ―mulher‖ exclui as mulheres negras dos espaços de poder de modo mais socialmente profundo. Começa explicando as implicações sociais, políticas e epistêmicas que ocorreram como consequências de ideias filosóficas propagadas principalmente no período iluminista sobre o que é uma mulher. A ideia de humanidade era concebida por meio de sujeitos homens e europeus, excluindo todos os não pertencentes a este grupo e os classificando como irracionais. Diante das questões apresentadas por Simone de Beauvoir, sobre o processo de apagamento epistêmico, político e social das mulheres europeias, questiona-se o lugar epistêmico e consequentemente social das mulheres negras em um âmbito geral e dentro do próprio feminismo. Para tal discussão, fez-se uso da obra de Ângela Davis, problematizando a questão das mulheres negras, que não correspondem à definição de segundo sexo de Beauvoir. Mas onde estaria a consolidação da subordinação das mulheres negras? Nas diversas opressões. E como são fundadas tais opressões? Esta questão é tratada no segundo capítulo por meio de análise das construções filosóficas e sociais acerca de quem é o sujeito do conhecimento. Nesse capítulo, a proposta é analisar a ideia tradicional de um sujeito epistêmico descorporificado e como tal noção afeta o conhecimento de pessoas que não se encaixam nos seus moldes. No percurso para responder a essas questões, foi lançado mão de epistemólogas feministas, como Sandra Harding e Miranda Fricker, para demonstrar como a noção de um sujeito universal é um problema na produção de conhecimento, pois só permite a um grupo restrito produzi-lo nos moldes tradicionalmente postos. No terceiro capítulo as injustiças epistêmicas que acometem a vida das mulheres negras em situações socialmente desvantajosas são apresentadas. Fazendo uso da teoria sociofilosófica de Patrícia Hill Collins, tem-se um diálogo com o capítulo 2 para buscar identificar e conceituar como as mulheres negras lidam com esse apagamento estrutural e se organizam para produzir conhecimento e desfazer os estereótipos lançados sobre elas.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilInstituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS)UFMT CUC - CuiabáPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaMarques, Beatriz SorrentinoSantos, Breno Ricardo Guimarãeshttp://lattes.cnpq.br/6164221411927239http://lattes.cnpq.br/3212263361966390Marques, Beatriz Sorrentino012.510.634-38http://lattes.cnpq.br/3212263361966390Santos, Breno Ricardo Guimarães012.218.135-28http://lattes.cnpq.br/6164221411927239012.510.634-38012.218.135-28Cichoski, Luiz Paulo da Cas052.838.319-14http://lattes.cnpq.br/2841662231668423Ketzer, Patricia010.717.060-47http://lattes.cnpq.br/4875848249103649Silva, Yasmin Nobre da2023-03-16T17:44:42Z2021-12-162023-03-16T17:44:42Z2020-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSILVA, Yasmin Nobre da. Ser mulher e ser mulher negra: caminhos de uma emancipação epistêmica. 2020. 65 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Cuiabá, 2020.http://ri.ufmt.br/handle/1/3853porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMTinstname:Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)instacron:UFMT2023-03-17T07:01:12Zoai:localhost:1/3853Repositório InstitucionalPUBhttp://ri.ufmt.br/oai/requestjordanbiblio@gmail.comopendoar:2023-03-17T07:01:12Repositório Institucional da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)false |
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