Arte como não realização do desejo em Jean-François Lyotard.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Artefilosofia |
Texto Completo: | https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/865 |
Resumo: | Como sugere o título do artigo, pretendo apresentar aqui a tese estética que toma forma na obra Discurso, figura (1971), de Jean-François Lyotard, a partir da seguinte proposição: a arte é a não realização do desejo. Para defender esta tese, Lyotard articula arte, linguagem e inconsciente, colocando a arte e o sonho no mesmo espaço, o espaço figural, espaço da representação e do desejo. O retorno a Freud é marcado não somente pela intersecção de sua tese estética com as questões referentes à elaboração onírica presentes em Interpretação dos sonhos (1900), mas também pelo acesso ao texto de Freud Da negação (1925), traduzido pelo próprio Lyotard para a língua francesa, onde o julgamento negativo (o não) do discurso, quando da imersão da criança na linguagem, estabelece uma dimensão referencial (visão) e representacional, inaugurando uma separação entre sujeito e objeto, vidente e visível. Além da demarcação da relação entre o espaço textual e o espaço figural, uma análise da distinção entre oposição e diferença emerge como crítica à dialética hegeliana e ao estruturalismo de Saussure e Jackobson, ambos atuando como fio condutor para o entendimento da proposição elementar enunciada. |
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