Nietzsche e a interpretação cética de Platão
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Artefilosofia |
Texto Completo: | https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/558 |
Resumo: | Este artigo discute duas teses sobre Platão presentes no conjunto de preleções sobre o filósofo ateniense que Nietzsche ofereceu na Universidade da Basileia nos anos 70. A primeira tese diz respeito ao aspecto doutrinário da filosofia de Platão: Nietzsche sustenta, apoiando-se em Aristóteles, que Platão foi inicialmente levado a uma forma de ceticismo metafisicamente motivado como consequência de sua adesão à interpretação cratiliana de Heráclito. Embora a descoberta do método socrático de fixação de conceitos e sua contrapartida metafísica, a teoria das Ideias, tenha permitido a Platão superar esta forma de ceticismo metafisicamente motivado, Nietzsche irá argumentar que esta superação foi apenas provisória caso tenhamos que acatar a autenticidade do Parmênides, pois este diálogo mostra que os argumentos a favor e contra a teoria das Ideias levam à indecidibilidade. A segunda tese defendida por Nietzsche ao longo de suas preleções diz respeito à personalidade filosófica de Platão, que é identificada às figuras do legislador e do reformador político. A segunda tese prevalece sobre a primeira, pois segundo Nietzsche todos os compromissos filosóficos de Platão devem ser interpretados à luz de seu projeto de reforma política. |
id |
UFOP-1_6920538d818dd4766441de98c8c62141 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pp.www.periodicos.ufop.br:article/558 |
network_acronym_str |
UFOP-1 |
network_name_str |
Artefilosofia |
repository_id_str |
|
spelling |
Nietzsche e a interpretação cética de PlatãoNietzscheinterpretação céticaPlatãoEste artigo discute duas teses sobre Platão presentes no conjunto de preleções sobre o filósofo ateniense que Nietzsche ofereceu na Universidade da Basileia nos anos 70. A primeira tese diz respeito ao aspecto doutrinário da filosofia de Platão: Nietzsche sustenta, apoiando-se em Aristóteles, que Platão foi inicialmente levado a uma forma de ceticismo metafisicamente motivado como consequência de sua adesão à interpretação cratiliana de Heráclito. Embora a descoberta do método socrático de fixação de conceitos e sua contrapartida metafísica, a teoria das Ideias, tenha permitido a Platão superar esta forma de ceticismo metafisicamente motivado, Nietzsche irá argumentar que esta superação foi apenas provisória caso tenhamos que acatar a autenticidade do Parmênides, pois este diálogo mostra que os argumentos a favor e contra a teoria das Ideias levam à indecidibilidade. A segunda tese defendida por Nietzsche ao longo de suas preleções diz respeito à personalidade filosófica de Platão, que é identificada às figuras do legislador e do reformador político. A segunda tese prevalece sobre a primeira, pois segundo Nietzsche todos os compromissos filosóficos de Platão devem ser interpretados à luz de seu projeto de reforma política.Universidade Federal de Ouro Preto2017-04-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufop.br/raf/article/view/558Artefilosofia; v. 7 n. 13 (2012): Dossiê Nietzsche; 17-40Artefilosofia; Vol. 7 No. 13 (2012): Dossiê Nietzsche; 17-402526-78921809-8274reponame:Artefilosofiainstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPporhttps://periodicos.ufop.br/raf/article/view/558/514Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofiahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLopes, Rogério2022-03-25T11:19:03Zoai:pp.www.periodicos.ufop.br:article/558Revistahttps://periodicos.ufop.br/raf/PUBhttps://periodicos.ufop.br/raf/oaiartefilosofia.defil@ufop.edu.br || periodicos.sisbin@ufop.edu.br1809-82742526-7892opendoar:2022-03-25T11:19:03Artefilosofia - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
title |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
spellingShingle |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão Lopes, Rogério Nietzsche interpretação cética Platão |
title_short |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
title_full |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
title_fullStr |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
title_full_unstemmed |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
title_sort |
Nietzsche e a interpretação cética de Platão |
author |
Lopes, Rogério |
author_facet |
Lopes, Rogério |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lopes, Rogério |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Nietzsche interpretação cética Platão |
topic |
Nietzsche interpretação cética Platão |
description |
Este artigo discute duas teses sobre Platão presentes no conjunto de preleções sobre o filósofo ateniense que Nietzsche ofereceu na Universidade da Basileia nos anos 70. A primeira tese diz respeito ao aspecto doutrinário da filosofia de Platão: Nietzsche sustenta, apoiando-se em Aristóteles, que Platão foi inicialmente levado a uma forma de ceticismo metafisicamente motivado como consequência de sua adesão à interpretação cratiliana de Heráclito. Embora a descoberta do método socrático de fixação de conceitos e sua contrapartida metafísica, a teoria das Ideias, tenha permitido a Platão superar esta forma de ceticismo metafisicamente motivado, Nietzsche irá argumentar que esta superação foi apenas provisória caso tenhamos que acatar a autenticidade do Parmênides, pois este diálogo mostra que os argumentos a favor e contra a teoria das Ideias levam à indecidibilidade. A segunda tese defendida por Nietzsche ao longo de suas preleções diz respeito à personalidade filosófica de Platão, que é identificada às figuras do legislador e do reformador político. A segunda tese prevalece sobre a primeira, pois segundo Nietzsche todos os compromissos filosóficos de Platão devem ser interpretados à luz de seu projeto de reforma política. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-04-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/558 |
url |
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/558 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/558/514 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofia https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofia https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Ouro Preto |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Ouro Preto |
dc.source.none.fl_str_mv |
Artefilosofia; v. 7 n. 13 (2012): Dossiê Nietzsche; 17-40 Artefilosofia; Vol. 7 No. 13 (2012): Dossiê Nietzsche; 17-40 2526-7892 1809-8274 reponame:Artefilosofia instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) instacron:UFOP |
instname_str |
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) |
instacron_str |
UFOP |
institution |
UFOP |
reponame_str |
Artefilosofia |
collection |
Artefilosofia |
repository.name.fl_str_mv |
Artefilosofia - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) |
repository.mail.fl_str_mv |
artefilosofia.defil@ufop.edu.br || periodicos.sisbin@ufop.edu.br |
_version_ |
1798313557372174336 |