Análise histológica e caracterização do rompimento dos filamentos do bisso do Limnoperna fortunei (DUNKER, 1857) em diferentes substratos.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFOP |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3314 |
Resumo: | O Limnoperna fortunei é um molusco bivalve de água doce, originário do Sudeste Asiático. Conhecido como mexilhão dourado, esse organismo em pouco tempo se dispersou por várias bacias hidrográficas da Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai, causando grandes prejuízos ambientais e econômicos. No Brasil, esta espécie tem causado grandes prejuízos a sistemas de captação de água e usinas hidrelétricas. No presente trabalho, foi realizado um estudo sobre os padrões de rompimento do bisso do Limnoperna fortunei e das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão do mesmo a substratos. O estudo das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão foi realizado através de análises histológicas. Estas mostraram a presença de inúmeras vilosidades, pêlos e muco em toda a superfície externa do pé, o que aumenta a superfície de contato e conseqüentemente a adesão ao substrato. O pé do Limnoperna fortunei é formado por um tecido de preenchimento com diferentes tipos celulares envolvidos nos mecanismos de adesão e locomoção. O bisso do Limnoperna fortunei é produzido por uma região formada por vários canalículos que conduzem a secreção adesiva até o exterior. O ponto de projeção do bisso no corpo do mexilhão dourado é uma região reforçada por fibras de colágeno, o que mantém o bisso fortemente aderido ao corpo animal. O bisso do Limnoperna fortunei é constituído por um eixo principal do qual partem filamentos secundários. Para o estudo do padrão de rompimento, foram selecionados 3 diferentes tipos de materiais para a fixação de mexilhões dourados: cobre, teflon e vidro. O cobre provocou efeito letal em 100% dos mexilhões testados. A falha adesiva ocorreu apenas no teflon. Os filamentos dos bissos aderidos ao vidro e ao teflon romperam em duas regiões distintas: uma próxima ao corpo - região X e outra distante do corpo - região Y. Foram observados também, nestes filamentos, dois tipos distintos de rompimento: superfície estirada de ruptura tipo estricção e superfície plana de ruptura transversal. O estudo histológico e dos padrões de rompimento servirão de base para trabalhos posteriores que envolvam a resistência dos mexilhões à forças de tração aplicadas à sua remoção mecânica, bem como o conhecimento básico das estruturas envolvidas no mecanismo da adesão para aplicações em outras áreas de estudo. |
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Análise histológica e caracterização do rompimento dos filamentos do bisso do Limnoperna fortunei (DUNKER, 1857) em diferentes substratos.Superfícies - tecnologiaHistologiaMexilhãoLimnoperna fortuneiO Limnoperna fortunei é um molusco bivalve de água doce, originário do Sudeste Asiático. Conhecido como mexilhão dourado, esse organismo em pouco tempo se dispersou por várias bacias hidrográficas da Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai, causando grandes prejuízos ambientais e econômicos. No Brasil, esta espécie tem causado grandes prejuízos a sistemas de captação de água e usinas hidrelétricas. No presente trabalho, foi realizado um estudo sobre os padrões de rompimento do bisso do Limnoperna fortunei e das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão do mesmo a substratos. O estudo das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão foi realizado através de análises histológicas. Estas mostraram a presença de inúmeras vilosidades, pêlos e muco em toda a superfície externa do pé, o que aumenta a superfície de contato e conseqüentemente a adesão ao substrato. O pé do Limnoperna fortunei é formado por um tecido de preenchimento com diferentes tipos celulares envolvidos nos mecanismos de adesão e locomoção. O bisso do Limnoperna fortunei é produzido por uma região formada por vários canalículos que conduzem a secreção adesiva até o exterior. O ponto de projeção do bisso no corpo do mexilhão dourado é uma região reforçada por fibras de colágeno, o que mantém o bisso fortemente aderido ao corpo animal. O bisso do Limnoperna fortunei é constituído por um eixo principal do qual partem filamentos secundários. Para o estudo do padrão de rompimento, foram selecionados 3 diferentes tipos de materiais para a fixação de mexilhões dourados: cobre, teflon e vidro. O cobre provocou efeito letal em 100% dos mexilhões testados. A falha adesiva ocorreu apenas no teflon. Os filamentos dos bissos aderidos ao vidro e ao teflon romperam em duas regiões distintas: uma próxima ao corpo - região X e outra distante do corpo - região Y. Foram observados também, nestes filamentos, dois tipos distintos de rompimento: superfície estirada de ruptura tipo estricção e superfície plana de ruptura transversal. O estudo histológico e dos padrões de rompimento servirão de base para trabalhos posteriores que envolvam a resistência dos mexilhões à forças de tração aplicadas à sua remoção mecânica, bem como o conhecimento básico das estruturas envolvidas no mecanismo da adesão para aplicações em outras áreas de estudo.Limnoperna fortunei is a freshwater mussel, originate from Southwest Asia. Known as golden mussel, this organism had spread throughout Argentinean, Brazilian, Paraguayan, Bolivian and Uruguayan water basins causing great environmental and economical prejudice. In Brazil it has been causing damages to water catchment systems and hydroelectric plants. In the present work, a study of byssus filaments failure and fracture as well as of the structures involved with the adhesion mechanisms of the mussels to different substrates is presented. The study of the structures involved with the adhesion mechanism was based on histological analysis, which showed a presence of uncountable villi, hair and mucus all over the external foot surface, increasing the contact surface, therefore the adhesion to the substrate. The Limnoperna fortunei´s foot is formed by a filler tissue with different types of cells involved with the adhesion and locomotion mechanisms. The byssus is produced in a region formed by many small channels that lead to secretion adhesive to the outside. The projection point of the byssus in the goldem mussel´s body is a region reinforced by collagen fibers which sustain the byssus strongly adhered to the animal´s body. The byssus of Limnoperna fortunei is composed of a main filament from which secondary filaments derive. To study the failure pattern 3 different types of materials were selected: cupper, teflon and glass. Cupper had a lethal effect over 100% of the tested mussels. The adhesive failure took place only on the teflon substrate. The byssus filaments adhered to the glass and to teflon fractured in two regions: X (next to the body) and Y (away from body). Two types of fracture were observed: stretched surface rupture type, and flat surface transverse rupture. The histological study and the disruption patterns serves as a basis for further studies involving the resistance of the mussel pulling forces applied to its mechanical removal, as well as basic knowledge of the structures involved in the mechanism of adhesion, for applications in other fields of study.Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.Branco, José Roberto TavaresFróes, Cláudia Lauria2013-10-07T16:40:00Z2013-10-07T16:40:00Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFRÓES, Cláudia Lauria. Análise histológica e caracterização do rompimento dos filamentos do bisso do Limnoperna fortunei (DUNKER, 1857) em diferentes substratos. 2013. 61 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Materiais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2013.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3314A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições. Na qualidade de detentor dos direitos autorais, de acordo com a lei nº 9610/98 autorizo a Universidade Federal de Ouro Preto/ UFOP, a disponibilizar gratuitamente, sem ressarcimento dos direitos autorais, o texto integral da publicação supracitada, em meio eletrônico, na BDTD - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Repositório Institucional da UFOP, no formato especificado, para fins de leitura, impressão e/ou download pela Internet, a título de divulgação da produção científica gerada pela Universidade a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOP2019-04-25T13:33:19Zoai:repositorio.ufop.br:123456789/3314Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-04-25T13:33:19Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
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O Limnoperna fortunei é um molusco bivalve de água doce, originário do Sudeste Asiático. Conhecido como mexilhão dourado, esse organismo em pouco tempo se dispersou por várias bacias hidrográficas da Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai, causando grandes prejuízos ambientais e econômicos. No Brasil, esta espécie tem causado grandes prejuízos a sistemas de captação de água e usinas hidrelétricas. No presente trabalho, foi realizado um estudo sobre os padrões de rompimento do bisso do Limnoperna fortunei e das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão do mesmo a substratos. O estudo das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão foi realizado através de análises histológicas. Estas mostraram a presença de inúmeras vilosidades, pêlos e muco em toda a superfície externa do pé, o que aumenta a superfície de contato e conseqüentemente a adesão ao substrato. O pé do Limnoperna fortunei é formado por um tecido de preenchimento com diferentes tipos celulares envolvidos nos mecanismos de adesão e locomoção. O bisso do Limnoperna fortunei é produzido por uma região formada por vários canalículos que conduzem a secreção adesiva até o exterior. O ponto de projeção do bisso no corpo do mexilhão dourado é uma região reforçada por fibras de colágeno, o que mantém o bisso fortemente aderido ao corpo animal. O bisso do Limnoperna fortunei é constituído por um eixo principal do qual partem filamentos secundários. Para o estudo do padrão de rompimento, foram selecionados 3 diferentes tipos de materiais para a fixação de mexilhões dourados: cobre, teflon e vidro. O cobre provocou efeito letal em 100% dos mexilhões testados. A falha adesiva ocorreu apenas no teflon. Os filamentos dos bissos aderidos ao vidro e ao teflon romperam em duas regiões distintas: uma próxima ao corpo - região X e outra distante do corpo - região Y. Foram observados também, nestes filamentos, dois tipos distintos de rompimento: superfície estirada de ruptura tipo estricção e superfície plana de ruptura transversal. O estudo histológico e dos padrões de rompimento servirão de base para trabalhos posteriores que envolvam a resistência dos mexilhões à forças de tração aplicadas à sua remoção mecânica, bem como o conhecimento básico das estruturas envolvidas no mecanismo da adesão para aplicações em outras áreas de estudo. |
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