Estudo descritivo do consumo referido de psicofármacos em Ouro Preto Minas Gerais (2006).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontes, Renata Aparecida
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3288
Resumo: A farmacoepidemiologia em saúde mental é incipiente no Brasil. Trabalhos sobre este tema contribuem para a discussão sobre a problemática de acesso às terapias farmacológicas dos transtornos mentais, pois permitem entender relação de sua utilização com as dimensões sócio-demográficas e políticas públicas de saúde. Por isso torna-se importante determinar a prevalência e fatores associados ao uso de psicofármacos e neste trabalho este procedimento foi realizado pela população residente na zona urbana de Ouro Preto, Minas Gerais. Este foi um inquérito epidemiológico do tipo transversal com base populacional, por meio de questionários censitários padronizados e testados cujos dados estão em banco digital. Critérios de inclusão: questionários que continham ao menos um psicofármaco. Os medicamentos foram classificados segundo ATC e realizou-se análise estatística descritiva para as variáveis sócio-demográficas. Foram coletadas informações de 24.169 habitantes. A prevalência estimada foi de 4,18% (n=1012). Subgrupos terapêuticos mais referidos: psicolépticos (n=767; 49,1%), psicoanalépticos (n=540; 34,6%), antiepilépticos (n=213; 13,8%) e antiparkinsonianos (n=39; 2,5%). Medicamentos mais utilizados: Diazepam (n=311; 19,9%) e Amitriptilina (n=187; 12,0%); a principal forma de uso foi a contínua (n=1522; 97,4%); a principal forma de obtenção relatada foi o fornecimento de medicamentos pelo SUS (n=363; 95,9%). Verificou-se que o maior consumo de psicofármacos foi feito por mulheres (n=763, 75,4%); faixa etária de 40 a 59 anos (n=360; 35,8%); o nível de escolaridade mais relatado foi baixo (n=593, 62,1%). Também foram referidas a presença doença crônica (n=716; 85,75%) e a prática de hábitos não saudáveis (n= 283, 51,27%). Este estudo permitiu a identificação dos grupos mais sujeitos ao uso de psicofármacos e assim pode embasar a estruturação de intervenções de Saúde Pública para a racionalização do uso medicamentos psicoativos.
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