A temporalidade na fenomenologia de Heidegger e Husserl.
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFOP |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17059 |
Resumo: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto. |
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A temporalidade na fenomenologia de Heidegger e Husserl.FenomenologiaTempoExistencialismoConsciênciaMartin HeideggerPrograma de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.A presente pesquisa faz um recorte contemporâneo sobre a questão do tempo, situando-se nas teses fenomenológicas dos filósofos Martin Heidegger e Edmund Husserl. Duas obras são utilizadas como literatura principal: Ser e Tempo e Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo. O objetivo é investigar como esses autores compreendiam o tempo em suas investigações, de que forma o tempo foi nelas determinante e o nexo fenomenológico entre elas. Para alcançar essa proposta, o texto é organizado da seguinte forma: primeiro, introduz-se o debate no qual a fenomenologia se inseriu, apresentando os estágios iniciais do desenvolvimento do modelo retencional do tempo elaborados por William James e Franz Brentano. Em seguida, faz-se uma introdução sobre o desenvolvimento da fenomenologia por Husserl, culminando em uma análise da estrutura geral da consciência intencional. Após isso, o texto analisa a tese husserliana sobre o tempo, a qual é formulada em três instâncias: transcendente, imanente e formal. O tempo imanente é o fluxo de consciência preenchido e conteúdo para a interpretação do tempo transcendente. No entanto, o próprio fenômeno temporal está referido à sua estrutura formal de origem, a qual não pode ser concebida no tempo. Assim, Husserl elabora sua tese do fluxo formal a priori. A próxima etapa consiste em introduzir a fenomenologia hermenêutica de Heidegger, apresentando a estrutura geral da existência como preocupação [Sorge]. No entanto, a demanda por uma unidade de sentido do ser da existência, que é em todo caso compreendida, explícita ou implicitamente, em termos temporais, conduz à tese heideggeriana da temporalidade estática a priori como unidade de sentido da preocupação. Feitas essas considerações, entende-se que tanto Heidegger quanto Husserl conceberam os fenômenos sempre em suas modalidades [das Objekt im Wie], não como objetividades subsistentes. O caráter modal funciona como indicação formal para a temporalidade, a qual não pode ela mesma ser fenômeno, pois é origem de possibilidade destes. Além disso, entende-se também que a temporalidade abre um nível superior de investigação e é parte fundamental do método fenomenológico. Por fim, o próprio tempo, como indicação formal, parece conciliar-se com a estrutura formal da fenomenologia. Em todo caso, a temporalidade dá-se como estrutura originária constituidora do tempo, por conseguinte, dos fenômenos.The present research makes a contemporary cut on the issue of time, locating itself in the phenomenological theses of the philosophers Martin Heidegger and Edmund Husserl. Two works are used as the main literature: Being and Time and Phenomenology of the Internal Time Consciousness. The aim is to investigate how these authors understood time in their investigations, in what way time was determinant in them, and the phenomenological nexus between them. To achieve this proposal, the text is organized as follows: first, the debate in which phenomenology was inserted is introduced, presenting the initial stages of the development of the retentional model of time by William James and Franz Brentano. Next, an introduction is given on the development of phenomenology by Husserl, culminating in an analysis of the general structure of intentional consciousness. After this, the text analyzes the Husserlian thesis on time, which is formulated in three instances: transcendent, immanent, and formal. Immanent time is the filled flow of consciousness and content for the interpretation of transcendent time. However, the temporal phenomenon itself is referred to its formal structure of origin, which cannot be conceived as occurring in time. Thus, Husserl elaborates his thesis of the a priori formal flow. The next step is to introduce Heidegger's hermeneutic phenomenology by presenting the general structure of existence as care [Sorge]. However, the demand for a unity of meaning of the being of existence, which is in any case understood explicitly or implicitly in temporal terms, leads to the Heideggerian thesis of static a priori temporality as the unity of meaning of care. Having made these considerations, it is understood that both Heidegger and Husserl conceived phenomena always in their modalities [das Objekt im Wie], not as subsistent objectivities. The modal character functions as a formal indication for temporality, which cannot itself be phenomenon, since it is the origin of their possibility. Moreover, it is also understood that temporality opens a higher level of investigation and is a fundamental part of the phenomenological method. Finally, time itself, as a formal indication, seems to be reconciled with the formal structure of phenomenology. In any case, temporality is given as the original constitutive structure of time, and therefore of phenomena.Nachmanowicz, Ricardo MirandaNachmanowicz, Ricardo MirandaMoura, Sandro MárcioThomé, Scheila CristianeMacedo, Bruno Alves2023-07-25T20:39:49Z2023-07-25T20:39:49Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMACEDO, Bruno Alves. A temporalidade na fenomenologia de Heidegger e Husserl. 2023. 202 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17059http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 17/07/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOP2023-09-21T16:51:17Zoai:repositorio.ufop.br:123456789/17059Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332023-09-21T16:51:17Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
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