Influência de níveis de base nas características morfossedimentares das bacias dos rios das Velhas e Jequitaí (MG).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lana, Cláudio Eduardo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2168
Resumo: As bacias dos rios das Velhas e Jequitaí são afluentes da margem direita do rio São Francisco. Juntas, correspondem a uma faixa assimétrica de direção aproximadamente N-S que se estende desde o Quadrilátero Ferrífero até o norte de Minas Gerais. Ambas as bacias possuem nascentes instaladas em serras predominantemente compostas por quartzitos estruturados pela orogênese brasiliana. As mesmas drenam em seu médio e baixo curso um conjunto de rochas metapelíticas e metacalcárias pouco deformadas. Tais contrastes litológicos e estruturais levam a um quadro morfossedimentar bastante diverso, cujos traços principais podem ser visualizados em particularidades do padrão erosivo ou deposicional dos cursos d’água. Vários trabalhos têm indicado a reativação cenozóica de estruturas frágeis ao longo das duas bacias. Porém, como os resultados foram obtidos a partir de metodologias distintas e em pontos isolados, é visível a necessidade de integração a partir de metodologias e objetos de estudo padronizados. Justamente por registrarem os efeitos dessa reativação durante sua evolução morfológica e sedimentar, os rios podem ser considerados uma importante ferramenta integradora. No presente trabalho foram gerados modelos tridimensionais de declividade, a partir de imagens SRTM (Shutte Radar Topography Mission), com vistas à determinação dos principais níveis de base existentes nas bacias em questão. Mapas topográficos em escala 1:100.000 também foram utilizados. Após esta fase, os segmentos fluviais instalados sobre os níveis de base mais acessíveis tiveram suas feições morfológicas mapeadas em escala 1:500. Quando possível, foi descrito um perfil de fácies sedimentares em cada um deles. Um total de 14 e 12 pontos de adensamento de estudos foi definido nas bacias do rio das Velhas e Jequitaí, respectivamente. Após o mapeamento e levantamento dos perfis, a geologia dos entornos de cada ponto foi compilada na melhor escala disponível (1:50.000, 1:100.000 e 1:250.000, dependendo da localização do ponto), bem como a localização dos principais traços morfotectônicos. As características morfológicas de cada segmento e os perfis estratigráficos obtidos foram analisados conjuntamente e confrontados com as principais litologias, estruturas e zonas de reativação cenozóica das imediações. Isso conduziu a uma série de hipóteses sobre a evolução morfossedimentar dos pontos. O entendimento dos principais controladores pontuais desta dinâmica conduziu à proposição de um quadro evolutivo para as bacias como um todo. Na bacia do rio das Velhas, a maior parte dos níveis de base tem origem relacionada à reativação cenozóica de estruturas frágeis. Por outro lado, na bacia do rio Jequitaí, o abatimento cárstico diferencial parece ser o principal responsável pela instalação de patamares morfoestruturais. Em termos gerais, a bacia do rio das Velhas sofre um basculamento gradual para leste, a partir da reativação de estruturas brasilianas. Já na bacia do rio Jequitaí percebe-se que as porções meridional e setentrional tem sofrido um abatimento em direção à zona central, onde se encontra o canal principal do rio Jequitaí, instalado sobre o graben homônimo.
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spelling Lana, Cláudio EduardoCastro, Paulo de Tarso Amorim2013-02-15T12:02:48Z2013-02-15T12:02:48Z2010LANA, C. E. Influência de níveis de base nas características morfossedimentares das bacias dos rios das Velhas e Jequitaí (MG). 2010. 227 f. Tese (Doutorado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2168As bacias dos rios das Velhas e Jequitaí são afluentes da margem direita do rio São Francisco. Juntas, correspondem a uma faixa assimétrica de direção aproximadamente N-S que se estende desde o Quadrilátero Ferrífero até o norte de Minas Gerais. Ambas as bacias possuem nascentes instaladas em serras predominantemente compostas por quartzitos estruturados pela orogênese brasiliana. As mesmas drenam em seu médio e baixo curso um conjunto de rochas metapelíticas e metacalcárias pouco deformadas. Tais contrastes litológicos e estruturais levam a um quadro morfossedimentar bastante diverso, cujos traços principais podem ser visualizados em particularidades do padrão erosivo ou deposicional dos cursos d’água. Vários trabalhos têm indicado a reativação cenozóica de estruturas frágeis ao longo das duas bacias. Porém, como os resultados foram obtidos a partir de metodologias distintas e em pontos isolados, é visível a necessidade de integração a partir de metodologias e objetos de estudo padronizados. Justamente por registrarem os efeitos dessa reativação durante sua evolução morfológica e sedimentar, os rios podem ser considerados uma importante ferramenta integradora. No presente trabalho foram gerados modelos tridimensionais de declividade, a partir de imagens SRTM (Shutte Radar Topography Mission), com vistas à determinação dos principais níveis de base existentes nas bacias em questão. Mapas topográficos em escala 1:100.000 também foram utilizados. Após esta fase, os segmentos fluviais instalados sobre os níveis de base mais acessíveis tiveram suas feições morfológicas mapeadas em escala 1:500. Quando possível, foi descrito um perfil de fácies sedimentares em cada um deles. Um total de 14 e 12 pontos de adensamento de estudos foi definido nas bacias do rio das Velhas e Jequitaí, respectivamente. Após o mapeamento e levantamento dos perfis, a geologia dos entornos de cada ponto foi compilada na melhor escala disponível (1:50.000, 1:100.000 e 1:250.000, dependendo da localização do ponto), bem como a localização dos principais traços morfotectônicos. As características morfológicas de cada segmento e os perfis estratigráficos obtidos foram analisados conjuntamente e confrontados com as principais litologias, estruturas e zonas de reativação cenozóica das imediações. Isso conduziu a uma série de hipóteses sobre a evolução morfossedimentar dos pontos. O entendimento dos principais controladores pontuais desta dinâmica conduziu à proposição de um quadro evolutivo para as bacias como um todo. Na bacia do rio das Velhas, a maior parte dos níveis de base tem origem relacionada à reativação cenozóica de estruturas frágeis. Por outro lado, na bacia do rio Jequitaí, o abatimento cárstico diferencial parece ser o principal responsável pela instalação de patamares morfoestruturais. Em termos gerais, a bacia do rio das Velhas sofre um basculamento gradual para leste, a partir da reativação de estruturas brasilianas. Já na bacia do rio Jequitaí percebe-se que as porções meridional e setentrional tem sofrido um abatimento em direção à zona central, onde se encontra o canal principal do rio Jequitaí, instalado sobre o graben homônimo.The Velhas and Jequitaí river basins have together an asymmetric shape that drain northward from Quadrilátero Ferrífero to the northern Minas Gerais State. These two basins are affluent of São Francisco river in its right margin. The headwaters of Velhas and Jequitaí rivers are dominated by quartzites ridges structured during the Brazilian orogenic cycle. Less deformed metalimestones and metapelites are drained downstream. In response to these lithostructural contrasts, sensible variations of the rivers’ depositional or erosive pattern are seen. Many works point to the Cenozoic reactivation of ruptile structures along the two basins, however the investigated points are spatially disconnected and the research procedures are not the same. The integration of this knowledge could be possible by the study of fluvial systems since they are able to register the morphosedimentary effects of structural reactivations along their evolution. In this work the main baselevels of Velhas and Jequitaí river basins were identified by using tridimensional slope models generated from SRTM (Shutte Radar Topography Mission) images. Topographic maps in 1:100.000 scale were also used. After that, the fluvial morphologies of the accessible baselevels were surveyed in 1:500 scale. A log profile was described when possible. The number of mapping points defined in the Velhas and Jequitaí river basins were 14 and 12, respectively. The main morphotectonic and geologic aspects of the points sorroundigs were compiled in 1:50.000, 1:100.000 and 1:250.000 scales. In each point, the obtained morphologic map and log profile were analysed in relation to the neighborhood main lithologies, structures and Cenozoic reactivation zones. This step allows the establishment of some hypothesis about the morphosedimentary evolution of all studied points. The understanding of local fluvial dynamics resulted in a whole evolutive model to the two basins. The great number of baselevels of Velhas river basin has origin related to Cenozoic reactivation of ruptile structures. Nevertheless the heterogenic carstic collapse is the main responsible by the generation of the Jequitaí river basin baselevels. The results point to an eastward gradual tilt of the Velhas river basin, due to the reactivation of Brazilian structures. The northern and southern portions of Jequitaí river basin are tilting to the center, where is the main channel of Jequitaí river, draining the trough of the Jequitaí graben.Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.Tectônica de placasGeologia estratigráfica - CenozóicoGeomorfologiaInfluência de níveis de base nas características morfossedimentares das bacias dos rios das Velhas e Jequitaí (MG).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2168/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALTESE_Influência NiveisBases.pdfTESE_Influência NiveisBases.pdfapplication/pdf58158575http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2168/1/TESE_Influ%c3%aancia%20NiveisBases.pdf8198e60ffb3bb77e2c7cb914932c05f0MD51123456789/21682019-03-19 12:56:11.605oai:localhost:123456789/2168Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-03-19T16:56:11Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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