Caracterização do hidrotermalismo “verde” em rochas siliciclásticas do Grupo Pajeú (Supergrupo Oliveira dos Brejinhos), Espinhaço Setentrional, Bahia.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Danderfer Filho, André
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Gomes, Newton Souza, Alves, Kelly Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/996
Resumo: O Grupo Pajeú constitui a unidade superior do Supergrupo Oliveira dos Brejinhos ocorrendo na borda leste da Serra do Espinhaço Setentrional no estado da Bahia. Essa unidade corresponde ao preenchimento de uma bacia do tipo rifte, durante um dos estágios evolutivos da Bacia Espinhaço no norte do Craton São Francisco. A Formação Riacho Fundo, unidade basal do Grupo Pajeú, foi depositada predominantemente por sistemas de leques aluviais e de rios anastomosados, submetidos ao retrabalhamento eólico. Subsequentemente, esta sucessão foi recoberta pelos sedimentos da Formação Ipuçaba, depositados num sistema retrogradacional lacustrino-deltáico. O estágio final do preenchimento da bacia na parte sul foi caracterizado pela ocorrência de vulcanismo intermediário a ácido associado à deposição de sedimentos clásticos e vulcanoclásticos da Formação Bomba, de idade eo-calamiana. De forma notável no segmento norte da bacia, a pilha sedimentar do Grupo Pajeú foi afetada por um evento hidrotermal, responsável por conferir uma coloração verde às rochas epiclásticas das formações Riacho Fundo (arenitos e conglomerados) e Ipuçaba (arenitos, pelitos e diamictitos). As rochas mais antigas do embasamento, representadas por gnaisses do Complexo Paramirim foram igualmente afetadas por este evento, já as sucessões sedimentares superiores não exibem efeitos de alteração hidrotermal, à exceção dos arenitos eólicos basais da Formação Bom Retiro que capeiam toda a extensão do Grupo Pajeú. Investigações microscópicas e por meio de microssonda permitiram caracterizar uma paragênese mineral rara que inclui granada, anfibólio, epídoto, titanita, quartzo e albita. A origem do evento hidrotermal assim como da paragênese mineral a ele associado poderia ser relacionado com o estágio final de formação do rifte Pajeú, tendo como fonte de fluidos o magmatismo que deu origem às rochas vulcânicas da Formação Bomba.
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spelling Danderfer Filho, AndréGomes, Newton SouzaAlves, Kelly Cristina2012-07-05T16:22:25Z2012-07-05T16:22:25Z2010DANDERFER FILHO, A.; GOMES, N. S.; ALVES, K. C. Caracterização do hidrotermalismo “verde” em rochas siliciclásticas do Grupo Pajeú (Supergrupo Oliveira dos Brejinhos), Espinhaço Setentrional, Bahia. Revista Brasileira de Geociências, v. 40, n. 4, p. 550-560, dez. 2010. Disponível em: <httpojs.c3sl.ufpr.brojs2index.phprbgarticleviewFile1696413653>. Acesso em: 05 jul. 2012.03757536http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/996O Grupo Pajeú constitui a unidade superior do Supergrupo Oliveira dos Brejinhos ocorrendo na borda leste da Serra do Espinhaço Setentrional no estado da Bahia. Essa unidade corresponde ao preenchimento de uma bacia do tipo rifte, durante um dos estágios evolutivos da Bacia Espinhaço no norte do Craton São Francisco. A Formação Riacho Fundo, unidade basal do Grupo Pajeú, foi depositada predominantemente por sistemas de leques aluviais e de rios anastomosados, submetidos ao retrabalhamento eólico. Subsequentemente, esta sucessão foi recoberta pelos sedimentos da Formação Ipuçaba, depositados num sistema retrogradacional lacustrino-deltáico. O estágio final do preenchimento da bacia na parte sul foi caracterizado pela ocorrência de vulcanismo intermediário a ácido associado à deposição de sedimentos clásticos e vulcanoclásticos da Formação Bomba, de idade eo-calamiana. De forma notável no segmento norte da bacia, a pilha sedimentar do Grupo Pajeú foi afetada por um evento hidrotermal, responsável por conferir uma coloração verde às rochas epiclásticas das formações Riacho Fundo (arenitos e conglomerados) e Ipuçaba (arenitos, pelitos e diamictitos). As rochas mais antigas do embasamento, representadas por gnaisses do Complexo Paramirim foram igualmente afetadas por este evento, já as sucessões sedimentares superiores não exibem efeitos de alteração hidrotermal, à exceção dos arenitos eólicos basais da Formação Bom Retiro que capeiam toda a extensão do Grupo Pajeú. Investigações microscópicas e por meio de microssonda permitiram caracterizar uma paragênese mineral rara que inclui granada, anfibólio, epídoto, titanita, quartzo e albita. A origem do evento hidrotermal assim como da paragênese mineral a ele associado poderia ser relacionado com o estágio final de formação do rifte Pajeú, tendo como fonte de fluidos o magmatismo que deu origem às rochas vulcânicas da Formação Bomba.Characterization of the “green” hydrothermalism on siliciclastic rocks of the Pajeú Group (Oliveira dos Brejinhos Supergroup), northern Espinhaço, Bahia, Brazil. The Pajeú Group defines the upper interval of the Oliveira dos Brejinhos Supergroup, occurring along the eastern border of the Northern Espinhaço Range in Bahia State. This unit records the infilling of a typical rift basin, formed during one of the evolutionary events of the Espinhaço basin in the São Francisco Craton northern part. The basal succession (Riacho Fundo Formation) was deposited mainly through alluvial fans systems, braided river and “dry” eolic system. Subsequently this sequence was covered by a retrogradational delta-lacustrine system (Ipuçaba Formation). In the southern, the basin infilling is finalized by an intermediate to acid volcanism and associated clastic and volcanoclastic rocks (Bomba Formation) of Eocalymian age. Distinctly in the northern segment of the basin, the sedimentary sequence of the Pajeú Group was affected by a hydrothermal event that gave a green color to the epiclastic rocks, including sandstones and conglomerates of the Riacho Fundo Formation and sandstones, mudstones and diamictites of the Ipuçaba Formation. The oldest rocks of the basement (gneisses of the Paramirim Complex) were equally affected by this event, although the upper sedimentary successions do not show effects of hydrothermal alteration, except for the basal eolian sandstones of the Bom Retiro Formation which cover the full extent of the Pajeú Group. Microscopic and microprobe studies allowed the identification of a rare mineral paragenesis that includes garnet, amphibole, epidote, titanite, quartz and albite. The origin of hydrothermal event as well as the associated mineral paragenesis could be related to the final stage of Pajeú rift formation. The source of the fluid is probably the magmatism that gave rise to the volcanic rocks of the Bomba. Formation.HidrotermalismoCráton São FranciscoBacia Espinhaço - BahiaPetrogêneseHydrothermalismCaracterização do hidrotermalismo “verde” em rochas siliciclásticas do Grupo Pajeú (Supergrupo Oliveira dos Brejinhos), Espinhaço Setentrional, Bahia.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleTodo o conteúdo do periódico Revista Brasileira de Geociências, exceto onde identificado, está sob uma licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho em qualquer suporte ou formato desde que sejam citados o autor e o licenciante. Fonte: Revista Brasileira de Geociências <http://www.scielo.br/revistas/bjgeo/iinstruc.htm>. Acesso em: 12 jan. 2017.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPORIGINALARTIGO_CaracterizaçãoHidrotermalismoVerde.pdfARTIGO_CaracterizaçãoHidrotermalismoVerde.pdfapplication/pdf796183http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/996/1/ARTIGO_Caracteriza%c3%a7%c3%a3oHidrotermalismoVerde.pdf47faca7987cf771465bd8b27cdfecb3fMD51123456789/9962019-02-25 12:35:03.574oai:localhost:123456789/996Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-02-25T17:35:03Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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