Datação por luminescência opticamente estimulada : aplicabilidade em fácies rudáceas de leques aluviais do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.

• Autor(a) principal: Lopes, Fabrício Antonio
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Castro, Paulo de Tarso Amorim, Carvalho, Alex de, Lana, Cláudio Eduardo
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
• Texto Completo: https://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/18560; http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v24i4.2394
• topic: Luminescência opticamente estimulada; Leques aluviais; Fácies sedimentares

Este artigo apresenta dados da luminescência opticamente estimulada de sedimentos rudáceos de leques aluviais da região do Quadrilátero Ferrífero. Tais dados foram obtidos através de 12 datações cujas amostras foram coletadas com um amostrador e alavanca específicos e eficientes para inserção e retirada dos tubos do pacote sedimentar. O objetivo desse trabalho é discutir as características da luminescência do quartzo presente em depósitos de leques aluviais e verificar se o método é eficiente em sedimentos de granulometria caracterizada por grânulos, seixos, calhaus e matacões. No que se refere a taxa de dose anual, o percentual de água foi definido levando-se em conta o histórico de cada amostra. Após estimativa da radiação cósmica, os valores obtidos entre 0,2328 e 0,2509 mGy/ano foram insignificantes com relação as concentrações de 232Th, 238U e 40K. Em todo ciclo de medição, para normalizar os sinais de LOE, foi administrada dose teste de 31,8 Gy na amostra do leque do Complexo Bonfim Meridional, 1,78 Gy na da fácies Gmm do leque 1 do Complexo Bonfim Setentrional e 2,67 Gy nas demais amostras. A eficácia da dose teste foi comprovada durante os testes de reciclagem, sempre entre 0,9 e 1,10, e de recuperação, inferiores a 5%, indicando completo fotoesvaziamento e ausência de transferência térmica significativa. Os valores da dispersão, entre 0 e 16%, e a ausência de bimodalidade nos gráficos de densidade indicam que os grãos estiveram expostos à luz solar por pelo menos 16 horas antes do soterramento, acarretando no seu fotoesvaziamento completo. Este estudo demonstra que depósitos rudáceos podem ser datados por LOE com eficiência.