O Quadrilátero Ferrífero - MG, Brasil : aspectos sobre sua história, seus recursos minerais e problemas ambientais relacionados.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roeser, Hubert Mathias Peter
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Roeser, Patricia Angelika
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/8341
https://doi.org/10.18285/geonomos.v18i1.67
Resumo: O fundador da Escola de Minas de Ouro Preto, o mineralogista Francês Claude Henrique Gorceix, definiu certa vez o estado de Minas Gerais como aquele com o peito de aço e o coração de ouro. Essa comparação vale em especial para o Quadrilátero Ferrífero (QF), uma região clássica da geologia e da mineração brasileira, que se estende entre as cidades de Belo Horizonte (NW), Itabira (NE), Ouro Preto (SE) e Congonhas (SW). Ocorrem aqui jazidas de ferro (Fe), manganês (Mn), ouro (Au), bauxita e pedras preciosas, como topázio e esmeralda. A área foi descoberta pelos bandeirantes no final do século XVII quando buscavam pela esmeralda, raridade sobre a qual circulavam na época colonial os boatos mais insanos. Entretanto, eles encontraram o ouro, e este era preto, motivo pelo qual a localidade do descobrimento passou a ser chamada de Ouro Preto. Os primeiros achados do metal nobre em torno de 1693 levaram a uma verdadeira febre aurífera. Houve naquele tempo uma migração enorme em direção às montanhas ao redor desse lugar, denominado inicialmente Villa Rica. E essa migração trouxe todos os seus aspectos positivos e negativos. Assim, antigas crônicas mencionam que no norte do país monastérios inteiros eram despovoados, porque também os monges foram atraídos pelo novo Eldorado. A procura dos aventureiros pelo metal nobre foi tão grande que a superpopulação da área causou em 1701 uma enorme emergência de fome, que suprimiu grande parte da população. Muitos morreram com os bolsos cheios de ouro, mas não havia nada comestível que pudesse ser adquiridos com seus tesouros. Uma vez que as ocorrências mais produtivas nos aluviões e sedimentos do rio do Carmo foram exploradas rapidamente, a febre aurífera chegou a um fim já após aproximadamente quarenta anos. Somente muito mais tarde surgiu na região a exploração subterrânea organizada do ouro. Como conseqüência a região em torno de Ouro Preto perdeu muito de sua importância econômica, ainda assim a cidade permaneceu por muito tempo o centro administrativo de Minas e posteriormente foi promovida à capital do Estado. Com o reconhecimento geológico e a exploração das enormes ocorrências do minério de ferro na área do QF após a segunda guerra mundial, Minas Gerais viveu um renascimento econômico e transformou-se num dos estados mais ricos do Brasil. Ouro Preto com seu centro histórico bem conservado, suas igrejas barrocas ricas em ouro e obras de arte, seus museus, entre eles o bem conhecido museu mineralógico da Escola de Minas, e outros monumentos e aspectos interessantes se transformou em uma jóia turística nacional.
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Ocorrem aqui jazidas de ferro (Fe), manganês (Mn), ouro (Au), bauxita e pedras preciosas, como topázio e esmeralda. A área foi descoberta pelos bandeirantes no final do século XVII quando buscavam pela esmeralda, raridade sobre a qual circulavam na época colonial os boatos mais insanos. Entretanto, eles encontraram o ouro, e este era preto, motivo pelo qual a localidade do descobrimento passou a ser chamada de Ouro Preto. Os primeiros achados do metal nobre em torno de 1693 levaram a uma verdadeira febre aurífera. Houve naquele tempo uma migração enorme em direção às montanhas ao redor desse lugar, denominado inicialmente Villa Rica. E essa migração trouxe todos os seus aspectos positivos e negativos. Assim, antigas crônicas mencionam que no norte do país monastérios inteiros eram despovoados, porque também os monges foram atraídos pelo novo Eldorado. A procura dos aventureiros pelo metal nobre foi tão grande que a superpopulação da área causou em 1701 uma enorme emergência de fome, que suprimiu grande parte da população. Muitos morreram com os bolsos cheios de ouro, mas não havia nada comestível que pudesse ser adquiridos com seus tesouros. Uma vez que as ocorrências mais produtivas nos aluviões e sedimentos do rio do Carmo foram exploradas rapidamente, a febre aurífera chegou a um fim já após aproximadamente quarenta anos. Somente muito mais tarde surgiu na região a exploração subterrânea organizada do ouro. Como conseqüência a região em torno de Ouro Preto perdeu muito de sua importância econômica, ainda assim a cidade permaneceu por muito tempo o centro administrativo de Minas e posteriormente foi promovida à capital do Estado. Com o reconhecimento geológico e a exploração das enormes ocorrências do minério de ferro na área do QF após a segunda guerra mundial, Minas Gerais viveu um renascimento econômico e transformou-se num dos estados mais ricos do Brasil. Ouro Preto com seu centro histórico bem conservado, suas igrejas barrocas ricas em ouro e obras de arte, seus museus, entre eles o bem conhecido museu mineralógico da Escola de Minas, e outros monumentos e aspectos interessantes se transformou em uma jóia turística nacional.Os direitos autorais dos trabalhos publicados na Geonomos são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Fonte: Geonomos <https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistageonomos/about/submissions>. Acesso em: 24 set. 2019.info:eu-repo/semantics/openAccessO Quadrilátero Ferrífero - MG, Brasil : aspectos sobre sua história, seus recursos minerais e problemas ambientais relacionados.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8924http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/8341/2/license.txt62604f8d955274beb56c80ce1ee5dcaeMD52ORIGINALARTIGO_QuadriláteroFerríferoBrasil.pdfARTIGO_QuadriláteroFerríferoBrasil.pdfapplication/pdf2873199http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/8341/1/ARTIGO_Quadril%c3%a1teroFerr%c3%adferoBrasil.pdfb047ca7d62264dac9096154c2f6986a2MD51123456789/83412020-01-15 09:28:55.268oai:localhost:123456789/8341RGVjbGFyYcOnw6NvIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhCgpPIHJlZmVyaWRvIGF1dG9yOgoKYSlEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpiKVNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCBuw6NvIGRldMOpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIHBhcmEgY29uY2VkZXIgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgT3VybyBQcmV0by9VRk9QIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MsIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpjKVNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVUZPUCwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gY29udHJhdG8gb3UgYWNvcmRvLgoKRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332020-01-15T14:28:55Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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