Hemoglobinopatias em população Quilombola de antigas cidades brasileiras.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brauer, Alline Mikaele Nunes Wildemberg
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Gradella, Débora Barreto Teresa, Souza, Anelise Andrade de, Souza, Marco Antônio Andrade de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/16294
Resumo: O Brasil é considerado o país, extra África, que apresenta o maior contingente de população negra. Contudo, ainda é possível observar, especialmente nas comunidades quilombolas, um cenário marcado pela marginalização socioeconômica e precárias condições de vida e saúde. O presente trabalho, desenvolvido nos anos de 2016 e 2017, teve como objetivo realizar uma avaliação hematológica dos moradores de comunidades quilombolas situados na região norte do estado do Espírito Santo, em duas das mais antigas cidades do Brasil. No inquérito hematológico foram realizados o hemograma completo, os testes de triagem e confirmatório de hemoglobinopatias (teste de resistência osmótica, eletroforese alcalina em acetato de celulose e cromatografia líquida de alta eficiência). De um total de 192 amostras analisadas observou-se uma frequência de 13,54% (n=26) de indivíduos portadores de anemia, sendo 80,77% (n=21) de gravidade leve. Houve predomínio da anemia normocrômica (92,31%, n=24) e normocítica (73,07%, n=19). Já em relação às hemoglobinopatias, 9,37% (n=18) dos indivíduos apresentaram hemoglobinas variantes confirmadas por cromatografia líquida de alta eficiência, observando-se a presença de heterozigose para Hb AS em 6,77% (n=13) e para Hb AC em 2,60% (n=5). A prevalência considerável de hemoglobinas variantes na região e o desconhecimento sobre esse assunto demonstram a importância de capacitar profissionais de saúde para atender portadores de hemoglobinopatias, principalmente atuando no aconselhamento genético.
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