A deformação das coberturas terciárias do planalto da Borborema (PB-RN) e seu significado tectônico.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais Neto, João Marinho de
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Alkmim, Fernando Flecha de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3921
Resumo: A ocorrência de capeamentos sedimentares em cotas elevadas do Planalto da Borborema, no nordeste brasileiro, tem sido apontada como evidência do soerguimento experimentado por aquela porção do escudo brasileiro durante o Cenozóico. Tais sedimentos constituem a Fm. Serra do Martins (conglomerados e arenitos continentais), cuja idade é atribuída ao Eoterciário. Um estudo estrutural, sedimentológico e geocronológico realizado no capeamento sedimentar das serras de Cuité, Bom Bocadinho, Araruna, Dona Inês e Solânea-Bananeiras, no estado da Paraíba, revelou que a Fm. Serra do Martins sofreu um importante pulso de soerguimento sob a influência de um campo de tensões com forte componente compressional. Na porção estudada do Planalto da Borborema, os platôs sedimentares ocorrem como mesetas assimétricas que compreendem um grande homoclinal mergulhando para N e NNE. As estruturas mais penetrativas observadas em afloramentos são dois conjuntos de juntas subverticais com direções NNW-SSE e E-W. Também são frequentes falhas reversas de baixo ângulo, mergulhando principalmente para SE, assim como zonas de deslocamento intraestratal. Falhas direcionais dextrais de baixo a médio ângulo, com orientação NW-SE, estão presentes na zona de contato entre o embasamento cristalino e a cobertura sedimentar. Feições transcorrentes dextrais, orientadas nas direções NE-SW e NW-SE, ocorrem mais raramente. Na serra de Solânea-Bananeiras, as estruturas mais conspícuas são falhas normais de direção NNE-SSW e NW-SE, assim como conjuntos de juntas subverticais orientados segundo SSE, WNW-ESE e NE-SW. Análise cinemática e determinação de paleostress indicaram uma tensão compressional orientada na direção SE-NW para a nucleação da família de estruturas frágeis mais penetrativas, presentes na Fm. Serra do Martins, as quais incluem o par conjugado de juntas, as falhas reversas, as falhas direcionais dextrais de baixo ângulo e as zonas de deslocamento intraestratais. Além disso, a bissetriz aguda do par conjugado de juntas coincide com a direção da paleotensão principal máxima obtida pela análise dinâmica. Sobre o platô de Solânea-Bananeiras, a Fm. Serra do Martins encontra-se discordantemente sotoposta por um pacote de sedimentos siliciclásticos correlacionáveis à Fm. Barreiras, de idade miocênica-pliocênica. A Fm. Barreiras é afetada apenas por falhas normais e por juntas subverticais. O soerguimento do Planalto da Borborema, pelo menos na área estudada, deve ter sofrido a influência de mecanismos diversos, como variações no campo de tensões intraplaca associada à influência dos eventos magmáticos terciários daquela porção do nordeste brasileiro.
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Um estudo estrutural, sedimentológico e geocronológico realizado no capeamento sedimentar das serras de Cuité, Bom Bocadinho, Araruna, Dona Inês e Solânea-Bananeiras, no estado da Paraíba, revelou que a Fm. Serra do Martins sofreu um importante pulso de soerguimento sob a influência de um campo de tensões com forte componente compressional. Na porção estudada do Planalto da Borborema, os platôs sedimentares ocorrem como mesetas assimétricas que compreendem um grande homoclinal mergulhando para N e NNE. As estruturas mais penetrativas observadas em afloramentos são dois conjuntos de juntas subverticais com direções NNW-SSE e E-W. Também são frequentes falhas reversas de baixo ângulo, mergulhando principalmente para SE, assim como zonas de deslocamento intraestratal. Falhas direcionais dextrais de baixo a médio ângulo, com orientação NW-SE, estão presentes na zona de contato entre o embasamento cristalino e a cobertura sedimentar. Feições transcorrentes dextrais, orientadas nas direções NE-SW e NW-SE, ocorrem mais raramente. Na serra de Solânea-Bananeiras, as estruturas mais conspícuas são falhas normais de direção NNE-SSW e NW-SE, assim como conjuntos de juntas subverticais orientados segundo SSE, WNW-ESE e NE-SW. Análise cinemática e determinação de paleostress indicaram uma tensão compressional orientada na direção SE-NW para a nucleação da família de estruturas frágeis mais penetrativas, presentes na Fm. Serra do Martins, as quais incluem o par conjugado de juntas, as falhas reversas, as falhas direcionais dextrais de baixo ângulo e as zonas de deslocamento intraestratais. Além disso, a bissetriz aguda do par conjugado de juntas coincide com a direção da paleotensão principal máxima obtida pela análise dinâmica. Sobre o platô de Solânea-Bananeiras, a Fm. Serra do Martins encontra-se discordantemente sotoposta por um pacote de sedimentos siliciclásticos correlacionáveis à Fm. Barreiras, de idade miocênica-pliocênica. A Fm. Barreiras é afetada apenas por falhas normais e por juntas subverticais. O soerguimento do Planalto da Borborema, pelo menos na área estudada, deve ter sofrido a influência de mecanismos diversos, como variações no campo de tensões intraplaca associada à influência dos eventos magmáticos terciários daquela porção do nordeste brasileiro.The occurrence of Tertiary sediments at high elevations on the Borborema plateau, northeastern Brazil, have been viewed as evidence for a Cenozoic uplift pulse affecting the whole northeastern portion of the Brazilian shield. A structural, sedimentological and geochronological study carried out on Cuite, Bom Bocadinho, Araruna, Dona Ines and Solanea-Bananeiras tablelands, Paraiba State, revealed that the Serra dos Martins Formation (continental sandstones and conglomerates of presumable Early Tertiary ages) underwent a major uplift pulse under a compressional stress field. In the studied portion of the Borborema plateau, those slightly assymetrical mesas comprise a large N- and NNE-dipping homocline. The most penetrative structures observed in outcrops are two sets of vertical joints striking NNW-SSE and E-W. SE-dipping thrust faults associated with intraestratal detachments and faults are also very frequent. Low angle, dextral strike-slip faults oriented NW-SE are present in the contact zone between the crystaline basement and the sedimentary cover. Dextral shear fractures trending NE-SW and NW-SE occurr to a lesser extent. In the Solanea-Bananeiras mesa, the most conspicuous structures are NNE-SSW and NW-SE normal faults, as well as subvertical joint sets bearing SSE, WNW-ESE and NE-SW. Fault slip analysis and paleostress determinations indicated a SE-NW oriented compressional stress direction for the nucleation of the most penetrative family of brittle structures affecting the Serra dos Matins Formation, which includes the conjugated sets of joints, the reverse faults, the low angle dextral strike-slip faults and intrastratal slip zones. Furthermore, the acute bissector of the conjugate sets of joints is almost parallel to the principal stress direction obtained from the paleostress analysis. On the Solanea-Bananeiras mesa, the Serra do Martins Formation is unconformably overlain by a package of siliciclastic sediments correlated to the Miocene-Pliocene Barreiras Formation. The Barreiras Formation is affected only by normal faults and vertical joints. The uplift of the Borborema Plateau, at least in the studied area, must had been driven by a combination of mechanisms, such as variation inthe in-plane stress field associated with the influence of Tertiary volcanic events in northeastern Brazil.Planalto da BorboremaTertiary sedimentary coversAnálise de paleotensõesCenozoic upliftA deformação das coberturas terciárias do planalto da Borborema (PB-RN) e seu significado tectônico.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleOs trabalhos publicados na Revista Brasileira de Geociências são de uso gratuito, com atribuições próprias, para aplicações cientifico-educacionais e não-comerciais. Fonte: Revista Brasileira de Geociências <http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/about/submissions#copyrightNotice>. Acesso em: 08 mar. 2017.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3921/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALARTIGO_DeformaçãoCoberturasTerciárias.pdfARTIGO_DeformaçãoCoberturasTerciárias.pdfapplication/pdf2136852http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3921/1/ARTIGO_Deforma%c3%a7%c3%a3oCoberturasTerci%c3%a1rias.pdf87f0852818f3106ae02a2d30a3d668d6MD51123456789/39212019-05-13 14:04:46.248oai:localhost:123456789/3921Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-05-13T18:04:46Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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