Consumo alimentar e estado nutricional de mulheres com incontinência urinária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontenele, Ticiana Mesquita de Oliveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105631
Resumo: Este estudo tem como objetivo investigar a relação entre Incontinência Urinária (IU), estado nutricional e consumo alimentar em mulheres acima de 18 anos. Foram elaborados dois manuscritos, ambos do tipo transversal, descritivo e analítico de abordagem quantitativa. O primeiro é referente à prevalência de incontinência urinária e fatores associados em mulheres atendidas na atenção primária. O segundo artigo aborda o consumo alimentar e estado nutricional de mulheres com incontinência urinária. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista com informações referentes às características demográficas e socioeconômicas, história obstétrica e ginecológica, hábitos de vida e dados antropométricos (peso, altura e circunferência da cintura). A avaliação da IU foi realizada através do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ - SF) e o consumo alimentar através de um Questionário de Frequência Alimentar (QFA). A associação entre as variáveis e IU foi realizada por meio do teste qui-quadrado de Pearson e estimada a força de associação por meio da Razão de Chance (RC) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O consumo de nutrientes foi ajustado pelo consumo total de energia, usando o método do resíduo. Modelos de regressão logística foram utilizados para testar a associação entre o consumo de energia e nutrientes e IU. Foram avaliadas 410 mulheres acima de 18 anos de idade atendidas em uma unidade de atenção primária à saúde, com uma média de idade de 46,2 anos. Os resultados evidenciam uma prevalência de incontinência urinária de 34,9%, e os fatores associados a maior prevalência de IU foram constipação intestinal (RC=2,09; IC95%=1,30-3,35), excesso de peso (RC=1,76; IC95%=1,09-2,83) e circunferência da cintura elevada (RC=2,02; IC95%=1.16-3.49). Mulheres com consumo elevado de colesterol apresentaram maior razão de chance de desenvolver IU (quarto quartil vs. primeiro quartil: RC ajustada = 2,26; IC 95%=1,19-4,29). Nenhuma associação foi observada com a ingestão de energia, macronutrientes, frações lipídicas, sódio e fibra com IU, entretanto houve uma ingestão maior de proteínas e menor ingestão de sódio nas mulheres com IU (p<0,05). Em conclusão, prevalência de IU nas mulheres investigadas foi elevada, sendo a constipação, o excesso de peso e o acúmulo de gordura abdominal os principais fatores associados, sugere-se que os serviços de atenção à saúde da mulher na atenção primária sejam capacitados numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, assim como o controle de doenças mais prevalentes nesse grupo. Com relação à dieta, somente a ingestão de colesterol mostrou-se associada à ocorrência de IU, entretanto houve uma ingestão maior de proteínas e menor ingestão de sódio nas mulheres com IU (p<0,05). Análises específicas sobre os tipos de alimentos consumidos devem ser desenvolvidos para melhor avaliar a influência de fatores dietéticos na incontinência urinária.
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A avaliação da IU foi realizada através do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ - SF) e o consumo alimentar através de um Questionário de Frequência Alimentar (QFA). A associação entre as variáveis e IU foi realizada por meio do teste qui-quadrado de Pearson e estimada a força de associação por meio da Razão de Chance (RC) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O consumo de nutrientes foi ajustado pelo consumo total de energia, usando o método do resíduo. Modelos de regressão logística foram utilizados para testar a associação entre o consumo de energia e nutrientes e IU. Foram avaliadas 410 mulheres acima de 18 anos de idade atendidas em uma unidade de atenção primária à saúde, com uma média de idade de 46,2 anos. Os resultados evidenciam uma prevalência de incontinência urinária de 34,9%, e os fatores associados a maior prevalência de IU foram constipação intestinal (RC=2,09; IC95%=1,30-3,35), excesso de peso (RC=1,76; IC95%=1,09-2,83) e circunferência da cintura elevada (RC=2,02; IC95%=1.16-3.49). Mulheres com consumo elevado de colesterol apresentaram maior razão de chance de desenvolver IU (quarto quartil vs. primeiro quartil: RC ajustada = 2,26; IC 95%=1,19-4,29). Nenhuma associação foi observada com a ingestão de energia, macronutrientes, frações lipídicas, sódio e fibra com IU, entretanto houve uma ingestão maior de proteínas e menor ingestão de sódio nas mulheres com IU (p<0,05). Em conclusão, prevalência de IU nas mulheres investigadas foi elevada, sendo a constipação, o excesso de peso e o acúmulo de gordura abdominal os principais fatores associados, sugere-se que os serviços de atenção à saúde da mulher na atenção primária sejam capacitados numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, assim como o controle de doenças mais prevalentes nesse grupo. Com relação à dieta, somente a ingestão de colesterol mostrou-se associada à ocorrência de IU, entretanto houve uma ingestão maior de proteínas e menor ingestão de sódio nas mulheres com IU (p<0,05). Análises específicas sobre os tipos de alimentos consumidos devem ser desenvolvidos para melhor avaliar a influência de fatores dietéticos na incontinência urinária.This study aims to investigate the relationship between Urinary Incontinence (UI), nutritional status and dietary intake in women over 18 years old. Two manuscripts were developed with a cross-sectional design, using a descriptive and analytical approach. The first manuscript is related to the prevalence of urinary incontinence and associated factors in women. The second manuscript discusses food consumption and nutritional status of women with urinary incontinence. 410 women over 18 years of age attended at a unit of primary health care were evaluated. The data were collected through interviews with information on the demographic and socioeconomic characteristics, obstetric and gynecological history, lifestyle, and anthropometric data (weight, height and waist circumference). The evaluation of IU was performed using the International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ - SF) and food intake was estimated through a Food Frequency Questionnaire (FFQ). The association between the variables and IU was performed using Pearson's chi-square test and the strength of association was estimated by Odds Ratio (OR) with 95% confidence intervals (95% CI). nutrient intake was adjusted for total energy consumption, using the residual method. Logistic regression models were used to test the association between the consumption of energy and nutrients and IU. The results show a prevalence of urinary incontinence of 34.9%, and the factors associated with higher prevalence of UI were constipation (OR = 2.09; IC95%=1.30-3.35), overweight (OR = 1.76; IC95%=1.09-2.83) and increased waist circumference (OR = 2.02; IC95%=1.16-3.49). Greater cholesterol consumption was associated with UI (fourth quartile vs. first quartile: adjusted OR=2.26; IC 95%=1.19-4.29). No association was observed with the consumption of energy, macronutrients, lipid fractions, sodium and fiber and UI, however there was a greater intake of protein and lower sodium intake among women with urinary incontinence (p <0.05 ). In conclusion, the prevalence of UI among the investigated women was high, and constipation, excess weight and abdominal fat accumulation were the main factors associated with UI, suggesting that women's health care services in primary care might be trained to include health promotion, as well as the management of the most prevalent pathologies in this group. Regarding the diet, only cholesterol intake was associated with the occurrence of UI, however there was a greater intake of protein and lower sodium intake among women with urinary incontinence (p <0.05). Specific analysis of the types of foods consumed should be developed to better assess the influence of dietary factors on urinary incontinence.Bezerra, Ilana NogueiraAbdon, Ana PaulaBezerra, Ilana NogueiraMont'Alverne, Daniela Gardano BucharlesSilva Júnior, Geraldo Bezerra daUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaFontenele, Ticiana Mesquita de Oliveira2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105631https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/13602Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 97922porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::105631Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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