Qualidade de vida relacionada à saúde de adultos com sequelas de acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Froes, Karla Simone dos Santos Oliveira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84055
Resumo: O envelhecimento populacional e o conseqüente aumento na prevalência de doenças crônicas são grandes desafios para os sistemas de saúde de todo o mundo. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição crônica de alta morbi-mortalidade que permanece como um problema de saúde coletiva relevante na atualidade. O AVC cursa com uma série de conseqüências à vida das pessoas acometidas. Entre elas podemos destacar a diminuição da funcionalidade e a redução da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). O objetivo deste estudo foi avaliar a QVRS de adultos com seqüelas de AVC e identificar fatores sócio-demográficos, clínicos e funcionais que influenciam os diferentes domínios da QVRS. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, analítico-descritiva, de corte transversal realizada no Centro de Reabilitação Sarah de Fortaleza-CE. Foram incluídos pacientes adultos com diagnóstico de AVC admitidos consecutivamente para programa de reabilitação no período de março a agosto de 2008. Os pacientes foram investigados com os instrumentos, Medical Outcomes 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) para avaliação da QVRS, Functional Independence Measure (FIM) para avaliação da funcionalidade e Beck Depression Inventory (BDI) para a investigação de sintomas depressivos. Participaram do estudo 64 adultos, metade do sexo masculino e média de idade de 58,8 anos (±11,72). Os domínios da QVRS mais afetados foram capacidade funcional e aspectos físicos. 68,8% dos indivíduos apresentaram baixa QVRS no que se refere a sua capacidade funcional. As pessoas do sexo masculino, com maior tempo de lesão, mais independentes e com menor idade tiveram melhor QVRS neste domínio. Participação social ativa esteve associada com melhor QVRS para a maioria dos domínios. Houve diferença significativa entre os grupos de indivíduos com e sem sintomas depressivos em relação à QVRS, exceto para os domínios capacidade funcional e aspectos físicos. Pior QVRS para o domínio da capacidade funcional esteve associada com pior funcionalidade para os componentes de autocuidado, controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e integração social. No presente estudo, os aspectos funcionais da QVRS se mostraram os mais afetados, o que indica que a diminuição da funcionalidade exerce influência negativa na vida de adultos com seqüelas de AVC. Por outro lado, a presença de sintomas depressivos contribui para a piora da QVRS. Os programas de reabilitação devem dar ênfase na melhoria da funcionalidade e em atividades que promovam a participação social. Igualmente a família e a sociedade precisam promover meios de colaborar para uma melhor QVRS dessas pessoas. Dessa forma, propõe-se a adoção dos conceitos e prática da promoção da saúde, possibilitando a integração entre saúde e condições de vida, por meio de políticas públicas saudáveis e do empowerment social, econômico, político e cultural.
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Trata-se de uma pesquisa quantitativa, analítico-descritiva, de corte transversal realizada no Centro de Reabilitação Sarah de Fortaleza-CE. Foram incluídos pacientes adultos com diagnóstico de AVC admitidos consecutivamente para programa de reabilitação no período de março a agosto de 2008. Os pacientes foram investigados com os instrumentos, Medical Outcomes 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) para avaliação da QVRS, Functional Independence Measure (FIM) para avaliação da funcionalidade e Beck Depression Inventory (BDI) para a investigação de sintomas depressivos. Participaram do estudo 64 adultos, metade do sexo masculino e média de idade de 58,8 anos (±11,72). Os domínios da QVRS mais afetados foram capacidade funcional e aspectos físicos. 68,8% dos indivíduos apresentaram baixa QVRS no que se refere a sua capacidade funcional. As pessoas do sexo masculino, com maior tempo de lesão, mais independentes e com menor idade tiveram melhor QVRS neste domínio. Participação social ativa esteve associada com melhor QVRS para a maioria dos domínios. Houve diferença significativa entre os grupos de indivíduos com e sem sintomas depressivos em relação à QVRS, exceto para os domínios capacidade funcional e aspectos físicos. Pior QVRS para o domínio da capacidade funcional esteve associada com pior funcionalidade para os componentes de autocuidado, controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e integração social. No presente estudo, os aspectos funcionais da QVRS se mostraram os mais afetados, o que indica que a diminuição da funcionalidade exerce influência negativa na vida de adultos com seqüelas de AVC. Por outro lado, a presença de sintomas depressivos contribui para a piora da QVRS. Os programas de reabilitação devem dar ênfase na melhoria da funcionalidade e em atividades que promovam a participação social. Igualmente a família e a sociedade precisam promover meios de colaborar para uma melhor QVRS dessas pessoas. Dessa forma, propõe-se a adoção dos conceitos e prática da promoção da saúde, possibilitando a integração entre saúde e condições de vida, por meio de políticas públicas saudáveis e do empowerment social, econômico, político e cultural.The aging of the population and the consequent increase in the prevalence of chronic diseases are major challenges for healthcare systems around the world. Stroke is a chronic condition with a high rate of morbidity/mortality that still today remains as a relevant problem of public healthcare. Stoke brings about a series of consequences to the lives of people affected. Among them we can highlight the decline in functionality and a reduction in Health-Related Quality of Life (HRQoL). The purpose of this study was to evaluate the HRQoL of adults with stroke sequelae and to identify the socio-demographic, clinical and functional factors that influence the different domains of HRQoL. This is a quantitative, analytical-descriptive, cross-sectional study conducted at the Sarah Rehabilitation Center in Fortaleza, Brazil. Included in the study were adult patients diagnosed with stroke, subsequently admitted to a rehabilitation program in the period from March 2008 to August 2008. The patients were investigated with the following instruments: Medical Outcomes 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) for assessment of HRQoL, Functional Independence Measure (FIM) for assessment of functionality, and Beck Depression Inventory (BDI) for the investigation of depressive symptoms. Sixty-four adults participated in the study, half of whom were males with an average age of 58.8 years (± 11.72). The domains of HRQoL most affected were physical functioning and physical role. Over two thirds (68.8%) of the subjects showed low HRQoL with regard to their physical functioning. The males-who had a longer time of injury and were more independent and younger-had better HRQoL in this domain. Active social participation was associated with better HRQoL for most of the domains. There was a significant difference between groups of individuals with and without depressive symptoms in relation to HRQoL, except for the domains of physical functioning and physical role. A lower HRQoL for the domain of physical functioning was associated with lower functionality for the components of self-care, sphincter control, transfers, locomotion, communication and social integration. In this study, the functional roles of HRQoL were the most affected, suggesting that the decline in functionality negatively influences the lives of adults with stroke sequelae. Moreover, the presence of depressive symptoms contributes to the worsening of HRQoL. Rehabilitation programs must focus on improving functionality and on activities that promote social participation. Also, the family and society must work together to promote ways to improve HRQoL of these people. Hence, we propose the adoption of the concepts and practice of promoting health, enabling the integration between health and living conditions, through sound public policies as well as social, economic, political and cultural empowerment.Valdés, Maria Teresa MorenoValdés, Maria Teresa MorenoLopes, Daniel de Paula Lima e OliveiraGonçalves, Marcelo Luiz CarvalhoMeyer, Anya Pimentel Gomes Fernandes VieiraUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaFroes, Karla Simone dos Santos Oliveira2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84055https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/4916Disponibilidade forma física: Existe obra em CD-Rom de código : 80331porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::84055Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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