Prevalência e fatores associados ao desfecho de prematuridade em gestantes com sífilis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/121136 |
Resumo: | O objetivo dessa pesquisa foi analisar a prevalência e os fatores associados ao desfecho de prematuridade em 478 gestantes com sífilis. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado em dez maternidades públicas do município de Fortaleza, Ceará que analisou os dados nas fichas de notificação e nos prontuários médicos de crianças com Sífilis Congênita. Encontrou-se uma prevalência de prematuridade de 15,3%. A maioria das mulheres que apresentaram esse desfecho não possuíam trabalho remunerado (p=0,06), eram usuárias de drogas (p= 0,001), não frequentaram o pré-natal (p=0,004), receberam menos de seis consultas (p= 0,005), iniciaram as consultas nos 2º/3º trimestres de gestação (p=0,092), não realizaram exames para sífilis no pré-natal ou essa informação estava ignorada (p<0,001), não realizaram nenhum exame de VDRL no pré-natal (p= 0,008). As que realizaram, apresentaram resultado do primeiro exame reagente (p<0,05), tiveram a titulação do primeiro VDRL < 1:8 (p<0,05), exame positivou somente no fim da gestação (p<0,05), apresentando diagnóstico somente no parto (p<0,001), e tiveram ainda significância aquelas foram tratadas com outra droga que não a penicilina G benzatina (p< 0,05) e cuja titulação do exame de VDRL na ocasião do parto estava ¿ 1:8 (p= 0,004). A probabilidade de nascer prematuros foi de 7,2 vezes maior naquelas que tiveram o VDRL maior que 1:8 no primeiro exame de PN (OR: 7,20; IC 1,86-27,90; p= 0,004), e 7,6 vezes mais naquelas com a utilização de tratamento com outras drogas ou não realizado no PN (OR: 7,69; IC 2,10-28,19; p= 0,002). Identificou-se um perfil de mulheres mais vulneráveis para desenvolverem a sífilis congênita, demonstrando a necessidade de estratégias efetivas que sejam realizadas junto a esse público-alvo, considerando as principais lacunas identificadas que desencadeiam a permanência da sífilis como uma epidemia no Brasil, tais como a falta de consultas de pré-natal e sua qualidade, o não diagnóstico em tempo oportuno e a utilização de outras drogas no tratamento. |
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Prevalência e fatores associados ao desfecho de prematuridade em gestantes com sífilisSífilis em mulheres grávidasSífilis congênitaSaúde públicaPromoção da saúdeO objetivo dessa pesquisa foi analisar a prevalência e os fatores associados ao desfecho de prematuridade em 478 gestantes com sífilis. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado em dez maternidades públicas do município de Fortaleza, Ceará que analisou os dados nas fichas de notificação e nos prontuários médicos de crianças com Sífilis Congênita. Encontrou-se uma prevalência de prematuridade de 15,3%. A maioria das mulheres que apresentaram esse desfecho não possuíam trabalho remunerado (p=0,06), eram usuárias de drogas (p= 0,001), não frequentaram o pré-natal (p=0,004), receberam menos de seis consultas (p= 0,005), iniciaram as consultas nos 2º/3º trimestres de gestação (p=0,092), não realizaram exames para sífilis no pré-natal ou essa informação estava ignorada (p<0,001), não realizaram nenhum exame de VDRL no pré-natal (p= 0,008). As que realizaram, apresentaram resultado do primeiro exame reagente (p<0,05), tiveram a titulação do primeiro VDRL < 1:8 (p<0,05), exame positivou somente no fim da gestação (p<0,05), apresentando diagnóstico somente no parto (p<0,001), e tiveram ainda significância aquelas foram tratadas com outra droga que não a penicilina G benzatina (p< 0,05) e cuja titulação do exame de VDRL na ocasião do parto estava ¿ 1:8 (p= 0,004). A probabilidade de nascer prematuros foi de 7,2 vezes maior naquelas que tiveram o VDRL maior que 1:8 no primeiro exame de PN (OR: 7,20; IC 1,86-27,90; p= 0,004), e 7,6 vezes mais naquelas com a utilização de tratamento com outras drogas ou não realizado no PN (OR: 7,69; IC 2,10-28,19; p= 0,002). Identificou-se um perfil de mulheres mais vulneráveis para desenvolverem a sífilis congênita, demonstrando a necessidade de estratégias efetivas que sejam realizadas junto a esse público-alvo, considerando as principais lacunas identificadas que desencadeiam a permanência da sífilis como uma epidemia no Brasil, tais como a falta de consultas de pré-natal e sua qualidade, o não diagnóstico em tempo oportuno e a utilização de outras drogas no tratamento.The aim of this research was to analyze the prevalence and factors associated with the prematurity outcome in 478 pregnant women with syphilis. This is a descriptive cross-sectional study conducted in ten public maternity hospitals in the city of Fortaleza, Ceará, which analyzed the data in the notification forms and medical records of children with Congenital Syphilis. A prevalence of prematurity of 15.3% was found. Most women who presented this outcome didn¿t have paid work (p=0,06), were drug users (p= 0,001), didn¿t attend prenatal (p=0,004), received less than six prenatal consultations (p= 0,005), started consultations in the 2nd / 3rd trimester of pregnancy (p=0,092), didn¿t perform prenatal syphilis tests or this information was ignored (p<0,001), didn¿t perform any prenatal VDRL examination (p= 0,008). Those who performed presented the first reagent test result (p <0.05), had the first VDRL titration <1: 8 (p<0,05), examination was positive only at the end of pregnancy (p<0,05), presenting diagnosis only at delivery (p<0,001), and were also significant those who were treated with a drug other than benzathine penicillin G (p< 0,05) and whose titration of VDRL examination at delivery was ¿ 1: 8 (p= 0,004). The probability of being born prematurely was 7.2 times higher in those who had VDRL greater than 1: 8 in the first PN examination (OR: 7,20; IC 1,86-27,90; p= 0,004), and 7.6 times more in those with treatment with other drugs or not performed in the PN (OR: 7,69; IC 2,10-28,19; p= 0,002). A profile of the most vulnerable women to develop congenital syphilis was identified, demonstrating the need for effective strategies to be carried out with this target audience, considering the main gaps identified that trigger the permanence of syphilis as an epidemic in Brazil, such as the lack of prenatal consultations and their quality, timely non-diagnosis and the use of other drugs in the treatment.Dissertação enviada com autorização e certificação via CI 100398/19Araújo, Maria Alix LeiteAraújo, Maria Alix LeiteCosta, Camila Chaves daAbdon, Ana Paula de VasconcellosUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaEsteves, Ana Beatriz Barbosa2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/121136https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/22370porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::121136Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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