Fatores epidemiológicos associados à gravidez na adolescência: um estudo caso-controle
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/116170 |
Resumo: | Introdução: Todos os anos, em média, 16 milhões de meninas, entre 15 e 19 anos, engravidam, o que representa aproximadamente 11% de todos os nascidos no mundo. A gravidez na adolescência e sua recorrência representa um problema de saúde pública em nosso meio. Objetivo: Identificar os fatores epidemiológicos associados à gravidez na adolescência. Metodologia: Estudo epidemiológico do tipo caso-controle, realizado no período de abril a dezembro de 2017. A população deste estudo foi constituída por puérperas com uma ou mais gestações, do munícipio de Fortaleza. Os casos foram formados por puérperas adolescentes e adultas com gravidez na adolescência que atenderam aos critérios de inclusão, e o controle por puérperas adultas sem nenhuma gestação na adolescência, totalizando uma amostra de 1.121 participantes. Variáveis biológicas, sócio demográficas, reprodutivas e de assistência à saúde foram analisadas. Inicialmente foi realizada análise univariada de todo as variáveis apresentando média, desvio padrão para variáveis quantitativas e frequência absoluta e relativa para variáveis qualitativas. Na análise bivariada foram testadas associações através dos testes qui-quadrado e do Teste de Mann-Whitney, calculando-se a magnitude da associação através da medida de associação razão de chances e respectivos intervalos de confiança. Os resultados das bivariadas foram introduzidos no modelo de regressão logística múltipla do tipo hierarquizado. Índices ajustados odds (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC) foram relatados para todas as variáveis. Resultados: Com o modelo final de regressão logística obteve-se que a associação com a gravidez na adolescência foi mais evidente com: para o grupo de adolescentes com uma gravidez- não ter renda própria, não ter planejado a gravidez, não estar usando métodos contraceptivos, ter sido criada sem religião, estar no ensino fundamental, o parceiro ter idade menor ou igual a 19 anos, ter sido criada só pela mãe e ter mudança na situação conjugal, o parceiro ter 30 anos ou mais foi inferido como fator de proteção; para o grupo de adolescentes com recorrência gestacional- uso de drogas ilícitas, não ter recebido informações sobre métodos contraceptivos, não ter realizado consulta ginecológica anterior à gravidez, não ter recebido informações sobre educação sexual na escola previamente a iniciação sexual. Os fatores de proteção foram estar trabalhando e ter planejado a gravidez; para o grupo de adultas com uma gravidez na adolescência- ter tido a primeira relação sexual com 15 anos de idade ou menos e não ter recebido informações sobre educação sexual na escola previamente a iniciação sexual, estar trabalhando foi inferido como fator de proteção; para o grupo de adultas com recorrência de gravidez na adolescência- idade do pai do primeiro filho ser menor ou igual a 19 anos, não ter recebido informações sobre métodos contraceptivos e sobre educação sexual na escola previamente à iniciação sexual. Estar trabalhando foi inferido como fator de proteção. Conclusão: A gravidez na adolescência e sua recorrência foram associadas a fatores reprodutivos e socioeconômicos, mantendo em sua maioria as mesmas características biológicas, educacionais, econômicas e de saúde reprodutivas entre os grupos de casos e controle, mas com associações de alguns fatores de risco ou de proteção diferentes entre os grupos. |
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Fatores epidemiológicos associados à gravidez na adolescência: um estudo caso-controleGravidez na adolêscenciaEpidemiologiaSaúde públicaIntrodução: Todos os anos, em média, 16 milhões de meninas, entre 15 e 19 anos, engravidam, o que representa aproximadamente 11% de todos os nascidos no mundo. A gravidez na adolescência e sua recorrência representa um problema de saúde pública em nosso meio. Objetivo: Identificar os fatores epidemiológicos associados à gravidez na adolescência. Metodologia: Estudo epidemiológico do tipo caso-controle, realizado no período de abril a dezembro de 2017. A população deste estudo foi constituída por puérperas com uma ou mais gestações, do munícipio de Fortaleza. Os casos foram formados por puérperas adolescentes e adultas com gravidez na adolescência que atenderam aos critérios de inclusão, e o controle por puérperas adultas sem nenhuma gestação na adolescência, totalizando uma amostra de 1.121 participantes. Variáveis biológicas, sócio demográficas, reprodutivas e de assistência à saúde foram analisadas. Inicialmente foi realizada análise univariada de todo as variáveis apresentando média, desvio padrão para variáveis quantitativas e frequência absoluta e relativa para variáveis qualitativas. Na análise bivariada foram testadas associações através dos testes qui-quadrado e do Teste de Mann-Whitney, calculando-se a magnitude da associação através da medida de associação razão de chances e respectivos intervalos de confiança. Os resultados das bivariadas foram introduzidos no modelo de regressão logística múltipla do tipo hierarquizado. Índices ajustados odds (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC) foram relatados para todas as variáveis. Resultados: Com o modelo final de regressão logística obteve-se que a associação com a gravidez na adolescência foi mais evidente com: para o grupo de adolescentes com uma gravidez- não ter renda própria, não ter planejado a gravidez, não estar usando métodos contraceptivos, ter sido criada sem religião, estar no ensino fundamental, o parceiro ter idade menor ou igual a 19 anos, ter sido criada só pela mãe e ter mudança na situação conjugal, o parceiro ter 30 anos ou mais foi inferido como fator de proteção; para o grupo de adolescentes com recorrência gestacional- uso de drogas ilícitas, não ter recebido informações sobre métodos contraceptivos, não ter realizado consulta ginecológica anterior à gravidez, não ter recebido informações sobre educação sexual na escola previamente a iniciação sexual. Os fatores de proteção foram estar trabalhando e ter planejado a gravidez; para o grupo de adultas com uma gravidez na adolescência- ter tido a primeira relação sexual com 15 anos de idade ou menos e não ter recebido informações sobre educação sexual na escola previamente a iniciação sexual, estar trabalhando foi inferido como fator de proteção; para o grupo de adultas com recorrência de gravidez na adolescência- idade do pai do primeiro filho ser menor ou igual a 19 anos, não ter recebido informações sobre métodos contraceptivos e sobre educação sexual na escola previamente à iniciação sexual. Estar trabalhando foi inferido como fator de proteção. Conclusão: A gravidez na adolescência e sua recorrência foram associadas a fatores reprodutivos e socioeconômicos, mantendo em sua maioria as mesmas características biológicas, educacionais, econômicas e de saúde reprodutivas entre os grupos de casos e controle, mas com associações de alguns fatores de risco ou de proteção diferentes entre os grupos.Introduction: Every year, an average of 16 million girls, ages 15-19, become pregnant, which represents approximately 11% of all babies born in the world. Adolescent pregnancy and its recurrence is a public health problem in our country. Objective: To identify the epidemiological factors associated with pregnancy in adolescence. Methodology: Epidemiological study of the case-control type, carried out from April to December 2017. The population of this study was made up of puerperae with one or more gestations, from the municipality of Fortaleza. The cases were formed by adolescent and adult puerperal women with adolescent pregnancy who met the inclusion criteria, and control by adult puerperae without any gestation during adolescence, totaling a sample of 1,121 participants. Biological variables, demographic, reproductive and health care partners were analyzed. Initially, univariate analysis of all variables was performed, presenting mean, standard deviation for quantitative variables and absolute and relative frequency for qualitative variables. In the bivariate analysis, associations were tested using the chi-square test and the Mann-Whitney test, and the magnitude of the association was calculated by means of the odds ratio association and respective confidence intervals. The bivariate results were introduced in the hierarchical multiple logistic regression model. Adjusted odds ratios (OR) and 95% confidence intervals (CI) were reported for all variables. Results: With the final logistic regression model, it was found that the association with teenage pregnancy was more evident with: for the group of adolescents with a pregnancy - not having their own income, not planning pregnancy, not using contraceptive methods , to have been raised without a religion, to be in elementary school, the partner is less than or equal to 19 years old, to have been raised by the mother alone and to have a change in the conjugal situation, the partner having 30 years or more was inferred as a protection factor; for the group of adolescents with gestational recurrence - use of illicit drugs, not having received information about contraceptive methods, not having performed gynecological consultation prior to pregnancy, not having received information about sex education at school prior to sexual initiation. The protective factors were working and planning the pregnancy; for the group of adults with a teenage pregnancy - having had the first sexual intercourse at the age of 15 years or less and not having received information about sexual education at school prior to sexual initiation, working was inferred as a protective factor; for the adult group with recurrence of adolescent pregnancy - the age of the father of the first child is less than or equal to 19 years old, has not received information about contraceptive methods and about sex education at school prior to sexual initiation. Being working was inferred as a protective factor. Conclusion: Adolescent pregnancy and its recurrence were associated with reproductive and socioeconomic factors, maintaining the same biological, educational, economic and reproductive health characteristics among the groups of cases and control, but with associations of some risk factors or between groups.Dissertacao enviada com autorizacao e certificacao via CI 103464/18Brilhante, Aline Veras MoraisAlmeida, Rosa Lívia Freitas deBrilhante, Aline Veras MoraisAlmeida, Rosa Lívia Freitas deBruno, Zenilda VieiraSilva Júnior, Geraldo Bezerra daSilva, Raimunda Magalhães daUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaMartins, Carmen Lúcia Azevedo2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/116170https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/20288porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-24T19:59:39Zoai::116170Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-01-24T19:59:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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Brilhante, Aline Veras Morais Almeida, Rosa Lívia Freitas de Brilhante, Aline Veras Morais Almeida, Rosa Lívia Freitas de Bruno, Zenilda Vieira Silva Júnior, Geraldo Bezerra da Silva, Raimunda Magalhães da Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
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Introdução: Todos os anos, em média, 16 milhões de meninas, entre 15 e 19 anos, engravidam, o que representa aproximadamente 11% de todos os nascidos no mundo. A gravidez na adolescência e sua recorrência representa um problema de saúde pública em nosso meio. Objetivo: Identificar os fatores epidemiológicos associados à gravidez na adolescência. Metodologia: Estudo epidemiológico do tipo caso-controle, realizado no período de abril a dezembro de 2017. A população deste estudo foi constituída por puérperas com uma ou mais gestações, do munícipio de Fortaleza. Os casos foram formados por puérperas adolescentes e adultas com gravidez na adolescência que atenderam aos critérios de inclusão, e o controle por puérperas adultas sem nenhuma gestação na adolescência, totalizando uma amostra de 1.121 participantes. Variáveis biológicas, sócio demográficas, reprodutivas e de assistência à saúde foram analisadas. Inicialmente foi realizada análise univariada de todo as variáveis apresentando média, desvio padrão para variáveis quantitativas e frequência absoluta e relativa para variáveis qualitativas. Na análise bivariada foram testadas associações através dos testes qui-quadrado e do Teste de Mann-Whitney, calculando-se a magnitude da associação através da medida de associação razão de chances e respectivos intervalos de confiança. Os resultados das bivariadas foram introduzidos no modelo de regressão logística múltipla do tipo hierarquizado. Índices ajustados odds (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC) foram relatados para todas as variáveis. Resultados: Com o modelo final de regressão logística obteve-se que a associação com a gravidez na adolescência foi mais evidente com: para o grupo de adolescentes com uma gravidez- não ter renda própria, não ter planejado a gravidez, não estar usando métodos contraceptivos, ter sido criada sem religião, estar no ensino fundamental, o parceiro ter idade menor ou igual a 19 anos, ter sido criada só pela mãe e ter mudança na situação conjugal, o parceiro ter 30 anos ou mais foi inferido como fator de proteção; para o grupo de adolescentes com recorrência gestacional- uso de drogas ilícitas, não ter recebido informações sobre métodos contraceptivos, não ter realizado consulta ginecológica anterior à gravidez, não ter recebido informações sobre educação sexual na escola previamente a iniciação sexual. Os fatores de proteção foram estar trabalhando e ter planejado a gravidez; para o grupo de adultas com uma gravidez na adolescência- ter tido a primeira relação sexual com 15 anos de idade ou menos e não ter recebido informações sobre educação sexual na escola previamente a iniciação sexual, estar trabalhando foi inferido como fator de proteção; para o grupo de adultas com recorrência de gravidez na adolescência- idade do pai do primeiro filho ser menor ou igual a 19 anos, não ter recebido informações sobre métodos contraceptivos e sobre educação sexual na escola previamente à iniciação sexual. Estar trabalhando foi inferido como fator de proteção. Conclusão: A gravidez na adolescência e sua recorrência foram associadas a fatores reprodutivos e socioeconômicos, mantendo em sua maioria as mesmas características biológicas, educacionais, econômicas e de saúde reprodutivas entre os grupos de casos e controle, mas com associações de alguns fatores de risco ou de proteção diferentes entre os grupos. |
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