Reaproveitamento das águas residuárias das usinas de concreto com a utilização de moringa oleífera

• Autor(a) principal: Araújo, Gleidson Soares
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
• Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/120431
• topic: Água - Reutilização; Resíduos de construção; Construção civil

Durante a produção do concreto e manutenção do pátio das usinas tem-se como resíduo liquido a água residuária que possui propriedades físico-química alteradas e que necessita de tratamento eficaz antes da disposição final ou reuso. O tratamento desse efluente com a utilização de coagulantes químicos considerados fortes (Cloreto férrico) vem sendo considerado uma prática perigosa, visto que provoca danos irreversíveis a saúde humana. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência da Moringa oleifera (MO) como coagulante primário e natural adicionada ao coagulante secundário e químico em questão será o ácido ascórbico (AA) ou ácido clorídrico (HCl), para o tratamento da água residuária do concreto produzido nas centrais dosadoras. O presente estudo foi divido em duas etapas. Na primeira etapa foram realizadas visitas de campo nas principais usinas produtoras de concreto na cidade de Fortaleza e na região metropolitana. Durante essa visita houve aplicação de um questionário com o intuito de entender o dinamismo de operação das usinas e como funciona a gestão hídrica. A segunda etapa foi subdivida em duas fases, uma em campo e a outra laboratorial. Na etapa de campo foi realizada o recolhimento dos efluentes in-natura com a intenção de caracterizar e conhecer as suas propriedades. Essa coleta ocorreu em dias e horários distintos. Na etapa laboratorial foram realizados ensaios de caracterização da água residuária antes do tratamento com MO. Nos ensaios de tratamento da água residual foram usadas cinco concentrações de soluções MO (1, 2, 3, 4 e 5 g/100mL em água destilada) e o outro ensaio com duas concentrações de MO (2 e 5 g/100mL) adicionando 13 mL de AA na concentração de 10 g de AA para 100 mL de água destilada e a mesma associação de MO mais a adição de 0,6 mL de HCL de solução padrão em cada amostra. Após os ensaios em triplicata e confrontando todos os ensaios, os melhores resultados foram obtidos usando 2,0 gramas de MO na diluída em 100 ml de água destilada mais a adicão de 13 mL de AA.. Essa condição foi capaz de reduzir a turbidez em 97%, a condutividade elétrica em 35% e reduzindo o pH que se encontrava na faixa de 12,20 para 7,20. Os resultados obtidos com os ensaios foram confrontados com os requisitos da NBR 15.900 ¿ 1 e com o manual de conservação e reuso de água em edificações (2005) - FIESP. Assim, os resultados vêm demonstrando que há possibilidade de reuso da água residual após o tratamento em diferentes atividades, como descarga de bacias sanitárias, lavagem de pisos e fins ornamentais, lavagem de roupas e veículos até mesmo na própria produção do concreto. Palavras-chave: Água residuárias, Usinas de concreto; Reuso; Moringa Oleifera