Acesso de estudantes imigrantes à assistência pré-natal no Sistema Único de Saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/114177 |
Resumo: | Estudo de caso com o objetivo de analisar o acesso de estudantes africanas imigrantes à assistência pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS), realizado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em Redenção-CE, com 11 (onze) estudantes gestantes e aquelas que pariram há menos de 01 (um) ano, e maiores de 18 anos procedentes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP¿S). As mulheres estavam na faixa etária de 22 a 32 anos. Com relação à renda mensal, a individual variava de R$500,00 a R$1.020,00, e a familiar de R$ 500,00 a R$ 1.300,00. Dentre as estudantes, identificamos fatores de risco para Síndrome Hipertensiva da Gravidez (SHG) além da cor negra. As mulheres declararam o início do pré-natal (PN) no primeiro trimestre gestacional (TG). Os motivos da migração estavam relacionados com a busca de uma formação acadêmica, conquista de melhores condições de trabalho e de realização profissional e disponibilizar melhorias para os familiares e conhecidos do País de origem mediante o seu regresso. As dificuldades de adaptação no País eram inerentes ao tipo de alimentação, clima, cultura, racismo/preconceito, custo com moradia, acesso aos serviços de saúde, insegurança, e violência. O Sistema de Marcação de consultas era presencial, por ordem de chegada, nos turnos da manhã e da tarde e com periodicidade mensal relatada por oito mulheres e semanal por três. As estudantes procuravam a Unidade Básica de Saúde (UBS) para a marcação e realização de CE, CM e exames, que lhes estavam acessíveis se adentrassem a UBS entre seis e oito horas, contudo o tempo de espera para atendimento variava de uma a duas horas. Dez conheciam e utilizavam a Caderneta da Gestante. A partir da análise dos resultados, consideramos que as estudantes imigrantes africanas enfrentaram durante o ciclo gravídico puerperal as dificuldades de acesso aos serviços do SUS, tanto quanto semelhantes às nativas de nosso País. Ressaltamos ainda que somadas as dificuldades citadas, existiram aquelas associadas ao processo adaptativo migratório mediadas pela diferença cultural, discriminação, racismo e poder aquisitivo aquém das ofertas locais relacionadas ao atendimento às suas necessidades básicas. |
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Acesso de estudantes imigrantes à assistência pré-natal no Sistema Único de SaúdeAssistência pré-natalSistema Único de SaúdeSaúde da mulherEstudo de caso com o objetivo de analisar o acesso de estudantes africanas imigrantes à assistência pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS), realizado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em Redenção-CE, com 11 (onze) estudantes gestantes e aquelas que pariram há menos de 01 (um) ano, e maiores de 18 anos procedentes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP¿S). As mulheres estavam na faixa etária de 22 a 32 anos. Com relação à renda mensal, a individual variava de R$500,00 a R$1.020,00, e a familiar de R$ 500,00 a R$ 1.300,00. Dentre as estudantes, identificamos fatores de risco para Síndrome Hipertensiva da Gravidez (SHG) além da cor negra. As mulheres declararam o início do pré-natal (PN) no primeiro trimestre gestacional (TG). Os motivos da migração estavam relacionados com a busca de uma formação acadêmica, conquista de melhores condições de trabalho e de realização profissional e disponibilizar melhorias para os familiares e conhecidos do País de origem mediante o seu regresso. As dificuldades de adaptação no País eram inerentes ao tipo de alimentação, clima, cultura, racismo/preconceito, custo com moradia, acesso aos serviços de saúde, insegurança, e violência. O Sistema de Marcação de consultas era presencial, por ordem de chegada, nos turnos da manhã e da tarde e com periodicidade mensal relatada por oito mulheres e semanal por três. As estudantes procuravam a Unidade Básica de Saúde (UBS) para a marcação e realização de CE, CM e exames, que lhes estavam acessíveis se adentrassem a UBS entre seis e oito horas, contudo o tempo de espera para atendimento variava de uma a duas horas. Dez conheciam e utilizavam a Caderneta da Gestante. A partir da análise dos resultados, consideramos que as estudantes imigrantes africanas enfrentaram durante o ciclo gravídico puerperal as dificuldades de acesso aos serviços do SUS, tanto quanto semelhantes às nativas de nosso País. Ressaltamos ainda que somadas as dificuldades citadas, existiram aquelas associadas ao processo adaptativo migratório mediadas pela diferença cultural, discriminação, racismo e poder aquisitivo aquém das ofertas locais relacionadas ao atendimento às suas necessidades básicas.A case study with the objective of analyzing the access of African immigrant students to prenatal care in the Unified Health System (SUS), held at the University of International Integration of Afro-Brazilian Lusophony (UNILAB), in Redenção-CE, with 11 (eleven) pregnant students and those who gave birth less than 01 (one) year old, and over 18 years old from Portuguese Speaking African Countries (PALOP'S). The women were in the age group of 22 to 32 years. In relation to the monthly income, the individual ranged from R $ 500.00 to R $ 1,020.00, and the family from R $ 500 to R $ 1,300.00. Among the students, we identified risk factors for Hypertensive Pregnancy Syndrome (SHG) in addition to the black color. Women reported the onset of prenatal (PN) in the first trimester of pregnancy (TG). The reasons for the migration were related to the search for an academic formation, to obtain better conditions of work and professional achievement and to make improvements to the relatives and acquaintances of the Country of origin upon their return. The difficulties of adaptation in the country were inherent to the type of food, climate, culture, racism / prejudice, cost of housing, access to health services, insecurity, and violence. The Consultation Marking System was face-to-face, in the order of arrival, in the morning and afternoon shifts, and with monthly reporting reported by eight women and weekly by three. The students sought out UBS for CE marking and testing and examinations, which were accessible to them if they entered UBS between six and eight hours, but waiting time for care varied from one to two hours. Ten knew and used the Pregnant Woman's Book. From the analysis of the results, we consider that the immigrant African students during the puerperal pregnancy cycle faced the difficulties of accessing SUS services as much as the native ones of our country. We also emphasize that, in addition to the cited difficulties, there were those associated to the migratory adaptive process mediated by cultural difference, discrimination, racism and purchasing power short of local offers related to meeting their basic needs.Dissertacao enviada com autorizacao e certificacao via CI 50645/18. Enviaram tambem a impressaSantos, Zélia Maria de Sousa AraújoSantos, Zélia Maria de Sousa AraújoMorais, Preciliana Barreto deCaldas, José Manuel PeixotoSilva, Raimunda Magalhães daUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLiberato Filho, Geraldo Flamarion da Ponte2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/114177https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/19342Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 104803porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::114177Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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