Engajamento no trabalho e exaustão de executivos brasileiros sob o enfoque da psicologia positiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque, Renata Cavalcante
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/583366
Resumo: A Tese investigou o engajamento no trabalho e a exaustão de executivos brasileiros de empresas privadas à luz das contribuições do Modelo de Demandas e Recursos Laborais (Modelo JD-R). Para tal, foram desenvolvidos três artigos. O primeiro buscou conhecer os processos de engajamento no trabalho e exaustão de executivos a partir de uma revisão narrativa de literatura. O segundo, de natureza quantitativa, investigou clusters de engajamento e exaustão de 124 executivos brasileiros de empresas privadas (60,5% sexo masculino; M = 46,75 anos, DP = 7,34), a partir da aplicação de um formulário de pesquisa online com escalas que avaliavam questões sociodemográficas e laborais, engajamento, exaustão, sentido do trabalho, autoeficácia e demandas de trabalho. O terceiro artigo buscou compreender, a partir da realização de entrevistas, as percepções de 9 executivos (66,7% sexo feminino, entre 37-68 anos de idade) quanto ao engajamento no trabalho e à exaustão. Dentre os principais achados do artigo 1 tem-se: a inexistência de estudos anteriores que articulem o Modelo JD-R à categoria dos executivos; a maior menção dos estudos às demandas laborais vividas pelos executivos quando comparados aos recursos laborais; e a grande iniquidade de gênero vivida pelas mulheres executivas. O artigo 2 revelou a existência de três clusters (Cluster 1 - Engajamento baixo e Exaustão alta – n = 43; Cluster 2 - Engajamento moderado e Exaustão moderada – n = 52; Cluster 3 - Engajamento alto e Exaustão baixa – n = 29). Comparação entre os clusters evidenciou que o Cluster 3 se diferencia dos demais, pois reúne os executivos de maior faixa etária, com maior faixa salarial e que trabalham em empresas com maior número de funcionários. Além disso, é nesse cluster que estão os executivos com menores demandas de trabalho e com maior sentido do trabalho e autoeficácia (recursos pessoais). Acerca do artigo 3, verificou-se que os executivos se percebem mais engajados que exaustos; associam o engajamento ao envolvimento, ter vontade de entregar, sentido de propósito e gostar/ fazer o que acredita; assim como à presença de uma variedade de recursos intrínsecos e extrínsecos. A exaustão, por sua vez, é associada a ter muito trabalho para fazer, ao cansaço físico e mental e a não entrega ou sensação de não entrega dos resultados. Embora as demandas de trabalho sejam muitas e de variados tipos, os executivos mencionam estratégias para gerencia-la. Sobre as mulheres executivas, foram identificados que os principais fatores de risco à exaustão são o preconceito, as dificuldades de conciliar demandas de trabalho e família, sentimento de culpa (principalmente em relação aos filhos) e necessidade de atualização com a carreira. Conclui-se ressaltando o pioneirismo da Tese, ao privilegiar o estudo de executivos a partir de uma perspectiva salutogênica, além de buscar ampliar o foco acerca destes profissionais e da necessidade de suporte para esta classe que ocupa posições relevantes nas empresas. Por fim, espera-se que os resultados possam subsidiar o desenvolvimento de intervenções que considerem semelhanças e especificidades da categoria dos executivos. Palavras-chave: engajamento, exaustão, executivos, psicologia positiva, trabalho
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O terceiro artigo buscou compreender, a partir da realização de entrevistas, as percepções de 9 executivos (66,7% sexo feminino, entre 37-68 anos de idade) quanto ao engajamento no trabalho e à exaustão. Dentre os principais achados do artigo 1 tem-se: a inexistência de estudos anteriores que articulem o Modelo JD-R à categoria dos executivos; a maior menção dos estudos às demandas laborais vividas pelos executivos quando comparados aos recursos laborais; e a grande iniquidade de gênero vivida pelas mulheres executivas. O artigo 2 revelou a existência de três clusters (Cluster 1 - Engajamento baixo e Exaustão alta – n = 43; Cluster 2 - Engajamento moderado e Exaustão moderada – n = 52; Cluster 3 - Engajamento alto e Exaustão baixa – n = 29). Comparação entre os clusters evidenciou que o Cluster 3 se diferencia dos demais, pois reúne os executivos de maior faixa etária, com maior faixa salarial e que trabalham em empresas com maior número de funcionários. Além disso, é nesse cluster que estão os executivos com menores demandas de trabalho e com maior sentido do trabalho e autoeficácia (recursos pessoais). Acerca do artigo 3, verificou-se que os executivos se percebem mais engajados que exaustos; associam o engajamento ao envolvimento, ter vontade de entregar, sentido de propósito e gostar/ fazer o que acredita; assim como à presença de uma variedade de recursos intrínsecos e extrínsecos. A exaustão, por sua vez, é associada a ter muito trabalho para fazer, ao cansaço físico e mental e a não entrega ou sensação de não entrega dos resultados. Embora as demandas de trabalho sejam muitas e de variados tipos, os executivos mencionam estratégias para gerencia-la. Sobre as mulheres executivas, foram identificados que os principais fatores de risco à exaustão são o preconceito, as dificuldades de conciliar demandas de trabalho e família, sentimento de culpa (principalmente em relação aos filhos) e necessidade de atualização com a carreira. Conclui-se ressaltando o pioneirismo da Tese, ao privilegiar o estudo de executivos a partir de uma perspectiva salutogênica, além de buscar ampliar o foco acerca destes profissionais e da necessidade de suporte para esta classe que ocupa posições relevantes nas empresas. Por fim, espera-se que os resultados possam subsidiar o desenvolvimento de intervenções que considerem semelhanças e especificidades da categoria dos executivos. Palavras-chave: engajamento, exaustão, executivos, psicologia positiva, trabalhoThe Thesis investigated work engagement and exhaustion of Brazilian executives from private companies in light of the contributions of the Labor Demands and Resources Model (JD-R Model). To this end, three articles were developed. The first sought to understand the processes of work engagement and executive exhaustion based on a narrative literature review. The second, quantitative in nature, investigated engagement and exhaustion clusters of 124 Brazilian executives from private companies (60.5% male; M = 46.75 years, SD = 7.34), using a questionnaire form online survey with scales that assessed sociodemographic and work issues, engagement, exhaustion, meaning of work, self-efficacy and work demands. The third article sought to understand, through interviews, the perceptions of 9 executives (66.7% female, between 37-68 years of age) regarding work engagement and exhaustion. Among the main findings of article 1 are: the lack of previous studies that articulate the JD-R Model to the executive category; the greater mention in studies of the work demands experienced by executives when compared to work resources; and the great gender inequity experienced by women executives. Article 2 revealed the existence of three clusters (Cluster 1 - Low engagement and high exhaustion – n = 43; Cluster 2 - Moderate engagement and moderate exhaustion – n = 52; Cluster 3 - High engagement and low exhaustion – n = 29). Comparison between the clusters showed that Cluster 3 differs from the others, as it brings together executives of a higher age group, with a higher salary range and who work in companies with a greater number of employees. Furthermore, this cluster contains executives with lower work demands and greater sense of work and self-efficacy (personal resources). Regarding article 3, it was found that executives perceive themselves as more engaged than exhausted; they associate engagement with involvement, having the desire to deliver, a sense of purpose and liking/doing what you believe in; as well as the presence of a variety of intrinsic and extrinsic resources. Exhaustion, in turn, is associated with having a lot of work to do, physical and mental tiredness and non-delivery or a feeling of non-delivery of results. Although work demands are many and of varying types, executives mention strategies to manage them. Regarding executive women, it was identified that the main risk factors for exhaustion are prejudice, difficulties in reconciling work and family demands, feelings of guilt (especially in relation to children) and the need to update their career. It concludes by highlighting the pioneering spirit of the Thesis, by privileging the study of executives from a salutogenic perspective, in addition to seeking to broaden the focus on these professionals and the need for support for this class that occupies relevant positions in companies. Finally, it is expected that the results can support the development of interventions that consider similarities and specificities of the executive category. Key-words: engagement,exhaustion, executives, positive psychology, workA Tese foi enviada com autorização e certificação via CI 14385/24 em 06/03/2024.Morais, Normanda Araújo deVazquez, Ana Cláudia SouzaFreitas, Clarissa Pinto Pizarro deMaciel, Regina Heloisa Mattei de OliveiraUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaAlbuquerque, Renata Cavalcante2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf161f.https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/583366https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/34286porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-03-07T20:23:39Zoai::583366Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-03-07T20:23:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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