Burnout entre estudantes de medicina e os efeitos da prática de atividades físicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, David de Alencar Correia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/92016
Resumo: A síndrome de burnout é definida como um comprometimento decorrente do trabalho, mais especificamente da exposição prolongada ao estresse na situação de trabalho. No entanto, tem sido descrita também entre estudantes, pois, embora ainda não estejam exercendo uma profissão plenamente, o próprio estudo, estágios e outras atividades acadêmicas podem se constituir em fontes de estresse. Este estudo investigou a síndrome de burnout em uma amostra de estudantes de medicina da cidade de Fortaleza, que se encontravam regulamente matriculados nos cursos de medicina da cidade e frequentando periodicamente as aulas. A amostra, por conveniência, foi de 300 alunos com idade média de 22,58 anos, sendo 48,3% homens e 51,7% mulheres. Os instrumentos utilizados para a detecção e mensuração da síndrome foram o MBI-SS (Maslach Burnout Inventory ? Students Survey). A versão para estudantes do inventário de burnout (MBI-SS) foi desenvolvida para avaliar a síndrome em estudantes e possui um número menor de itens do que a versão original do instrumento. O inventário mede três dimensões: Exaustão Emocional (EE), Descrença (DE) e Eficácia Profissional (EP). Um questionário com questões sociodemográficas, contendo informações sobre idade, gênero, satisfação com o curso, tempo livre, horas de lazer, ajuda de custo etc; e um terceiro denominado Questionário Internacional de Atividade Física, IPAQ (versão 6 longa) foram também aplicados com o objetivo de verificar se essas variáveis têm alguma influência no aparecimento do burnout nos estudantes investigados. Os resultados, analisados por meio de regressão multidimensional e testes de Qui-Quadrado mostraram que, segundo o critério utilizado nacionalmente, os alunos de graduação em medicina, da amostra pesquisada, não apresentam sintomas de burnout e que 51,2% dos estudantes da amostra podem ser considerados sedentários e pouco ativos. Além disso, não foram encontradas relações entre a prática de atividades físicas e a síndrome nas escalas EE e DE. A escala EP apresentou, como variável preditora, o nível de atividade física, mas as relações não foram no sentido esperado. Conclui-se que os estudantes da amostra, embora não possam ser considerados como apresentando burnout, possuem um índice de atividade física baixa, o que permite afirmar que, pelo menos nos estudantes investigados, o nível de atividade física não minimiza os efeitos do estresse do curso de medicina. Palavras-chave: Síndrome de burnout, estresse, atividade física, estudantes de medicina.
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A versão para estudantes do inventário de burnout (MBI-SS) foi desenvolvida para avaliar a síndrome em estudantes e possui um número menor de itens do que a versão original do instrumento. O inventário mede três dimensões: Exaustão Emocional (EE), Descrença (DE) e Eficácia Profissional (EP). Um questionário com questões sociodemográficas, contendo informações sobre idade, gênero, satisfação com o curso, tempo livre, horas de lazer, ajuda de custo etc; e um terceiro denominado Questionário Internacional de Atividade Física, IPAQ (versão 6 longa) foram também aplicados com o objetivo de verificar se essas variáveis têm alguma influência no aparecimento do burnout nos estudantes investigados. Os resultados, analisados por meio de regressão multidimensional e testes de Qui-Quadrado mostraram que, segundo o critério utilizado nacionalmente, os alunos de graduação em medicina, da amostra pesquisada, não apresentam sintomas de burnout e que 51,2% dos estudantes da amostra podem ser considerados sedentários e pouco ativos. Além disso, não foram encontradas relações entre a prática de atividades físicas e a síndrome nas escalas EE e DE. A escala EP apresentou, como variável preditora, o nível de atividade física, mas as relações não foram no sentido esperado. Conclui-se que os estudantes da amostra, embora não possam ser considerados como apresentando burnout, possuem um índice de atividade física baixa, o que permite afirmar que, pelo menos nos estudantes investigados, o nível de atividade física não minimiza os efeitos do estresse do curso de medicina. Palavras-chave: Síndrome de burnout, estresse, atividade física, estudantes de medicina.The burnout syndrome is defined as a health impairment derived from work, more specifically, the result of a prolonged exposure to stress in the work situation. However, it has also been described among students, although not yet fully exercising a profession, the study itself, internships and other academic activities may become significant sources of stress. This study investigates burnout in a sample of medical students from the city of Fortaleza that were regularly enrolled in medical courses and regularly attending classes. The sample, for convenience, was 300 students, in average, 22.58 years old, with 48.3% men and 51.7% women. The instrument used for the detection and measurement of the syndrome was the MBI-SS (Maslach Burnout Inventory - Students Survey). The student version of the burnout inventory (MBI-SS) was developed to assess the syndrome in students and has fewer items than the original version of the instrument. The inventory measures three dimensions: Emotional Exhaustion (EE), Cynism (CY) and Professional Efficacy (PE). A questionnaire containing socio-demographic information on age, gender, satisfaction with the course, free time, leisure time, costs with the course etc.; and a third called the International Physical Activity Questionnaire, IPAQ (long version 6) were also applied in order to verify if these variables have some influence on the onset of burnout among the students surveyed. The results, analyzed by means of multidimensional regression and chi-square tests, showed that, according to the criteria used nationally, the graduate students of the sample show no symptoms of burnout and that 51.2% of the students sample can be considered sedentary and insufficiently active. Moreover, there was no relationship between the practice of physical activities and the syndrome scales EE and CY. In the scale EP the level of physical activity was found to be a predictor variable, but the relationship was not in the expected direction. It was concluded that students in the sample, although considered as not showing signs of burnout, have a low physical activity index, which allows us to assert that, at least in the students surveyed, the level of physical activity does not minimize the effects of the stress of the medical course. Keywords: Burnout syndrome, stress, physical activity, medical students.Maciel, Regina Heloisa Mattei de OliveiraMaciel, Regina Heloisa Mattei de OliveiraCarlotto, Mary SandraCavalcante, SylviaVasconcelos Filho, José OsmarUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em PsicologiaMaia, David de Alencar Correia2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/92016https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/7634Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 85861porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::92016Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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