A influência do uso do acessório bolsa unilateral na marcha de mulheres em diferentes faixas etárias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/118069 |
Resumo: | Introdução: A marcha humana pode sofrer alterações, devido ao transporte de uma carga podendo ser bilateral ou unilateral, repercutindo no aumento da instabilidade do andar, principalmente ao usar bolsa de uma única alça. Objetivo: Avaliar a influência do uso do acessório bolsa unilateral na macha e equilíbrio estático de mulheres em diferentes faixas etárias. Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado na Universidade de Fortaleza, CE, Brasil, desenvolvido entre abril a setembro de 2018. Participaram 258 mulheres com idades entre 18 a 59 anos, utilizando bolsas unilaterais no momento da coleta. Aplicaram-se dois questionários com variáveis demográficas, hábitos de vida, avaliação da dor, característica do uso da bolsa, simetria escapular e o nível de atividade física. Mensuram-se peso corporal e da bolsa e altura. Posteriormente, avaliaram-se pressões plantares, equilíbrio estático e marcha utilizando o baropodômetro sem e com a bolsa. Para avaliar as diferenças entre o lado que carregava a bolsa e o %pesobolsa com os parâmetros da marcha, pressões plantares e equilíbrio estático aplicaram-se os testes t de Student e t pareado. Foram utilizadas as análises bivariada e multivariada tendo como desfecho o %pesobolsa, pelo programa SPSS (versão 23.0). Resultados: Detectou-se maior proporção de mulheres na faixa etária de 18 a 25 anos (n=119; 46,1%), mais de oito anos de estudo (n=216; 83,7%), com filhos (n=171; 66,3%), praticantes de atividade física (n=157; 60,9%), posição inadequada durante o sono (n=225; 87,2%) e ombro elevado (n=88; 34,1%). Carregavam a bolsa no lado direito (n=143; 55,4%) e com peso inferior a 5% do peso corporal (n=214; 82,0%). No lado que a bolsa era carregada foram observados o aumento da distribuição de massa lateral (DML), da pressão do pé e da área de superfície e diminuição da distância do baricentro (p<0,05); e no lado oposto foram detectados diminuição da DML e aumento do baricentro (p<0,05). Quanto ao lado de uso observou-se aumento no comprimento da passada direita nas mulheres que carregavam a bolsa no lado esquerdo e redução nas que transportam em ambos os lados (p<0,05). Com relação ao percentual de peso carregado verificou-se redução da área de superfície e pressão máxima esquerda e aumento no comprimento do passo esquerdo (p<0,05). Houve associação do percentual do peso da bolsa em relação ao peso corporal com ter filhos (OR=0,210; p=0,002) e praticar atividade física (OR=2,122; p=0,049). Conclusão: A bolsa unilateral causa importantes alterações nas pressões plantares homolaterais ao lado de uso da bolsa. Durante a deambulação, independente do lado de uso e do peso imposto as alterações percebidas, apesar de não estatisticamente significativas, são discretas e devem ser levadas em consideração principalmente em função da capacidade adaptativa do corpo e das repercussões a longo prazo. Frente aos resultados obtidos, a bolsa unilateral é um fator de risco ou agravamento para as disfunções do sistema musculoesquelético e na ocorrência de dor. |
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Posteriormente, avaliaram-se pressões plantares, equilíbrio estático e marcha utilizando o baropodômetro sem e com a bolsa. Para avaliar as diferenças entre o lado que carregava a bolsa e o %pesobolsa com os parâmetros da marcha, pressões plantares e equilíbrio estático aplicaram-se os testes t de Student e t pareado. Foram utilizadas as análises bivariada e multivariada tendo como desfecho o %pesobolsa, pelo programa SPSS (versão 23.0). Resultados: Detectou-se maior proporção de mulheres na faixa etária de 18 a 25 anos (n=119; 46,1%), mais de oito anos de estudo (n=216; 83,7%), com filhos (n=171; 66,3%), praticantes de atividade física (n=157; 60,9%), posição inadequada durante o sono (n=225; 87,2%) e ombro elevado (n=88; 34,1%). Carregavam a bolsa no lado direito (n=143; 55,4%) e com peso inferior a 5% do peso corporal (n=214; 82,0%). No lado que a bolsa era carregada foram observados o aumento da distribuição de massa lateral (DML), da pressão do pé e da área de superfície e diminuição da distância do baricentro (p<0,05); e no lado oposto foram detectados diminuição da DML e aumento do baricentro (p<0,05). Quanto ao lado de uso observou-se aumento no comprimento da passada direita nas mulheres que carregavam a bolsa no lado esquerdo e redução nas que transportam em ambos os lados (p<0,05). Com relação ao percentual de peso carregado verificou-se redução da área de superfície e pressão máxima esquerda e aumento no comprimento do passo esquerdo (p<0,05). Houve associação do percentual do peso da bolsa em relação ao peso corporal com ter filhos (OR=0,210; p=0,002) e praticar atividade física (OR=2,122; p=0,049). Conclusão: A bolsa unilateral causa importantes alterações nas pressões plantares homolaterais ao lado de uso da bolsa. Durante a deambulação, independente do lado de uso e do peso imposto as alterações percebidas, apesar de não estatisticamente significativas, são discretas e devem ser levadas em consideração principalmente em função da capacidade adaptativa do corpo e das repercussões a longo prazo. Frente aos resultados obtidos, a bolsa unilateral é um fator de risco ou agravamento para as disfunções do sistema musculoesquelético e na ocorrência de dor.Introduction: Human gait can be altered due to load carriage, which may be bilateral or unilateral and lead to increased gait instability, especially when using a single strap bag. Objective: To assess the influence of the use of unilateral strap shoulder bag on gait and static balance of women in different age groups. Methods: An analytical cross-sectional study was carried out at the University of Fortaleza, Ceará, Brazil, between April and September 2018. Participants were 258 women aged 18-59 years using unilateral strap shoulder bags at the time of data collection. Two questionnaires were used to collect information on demographic variables, life habits, pain assessment, bag use characteristics, scapular symmetry, and level of physical activity. Bag weight, body weight and height were measured. After that, plantar pressure, static balance and gait were assessed using a baropodometer with and without the bag. Student¿s t-test and paired t-test were used to check for differences in gait parameters, plantar pressure and static balance in relation to the side on which the bag was carried and %bagweight. Bivariate and multivariate analyses were performed considering %bagweight as the outcome in the SPSS Statistics software (version 23.0). Results: There was a greater proportion of women aged 18-25 years (n=119; 46.1%) and the majority had more than eight years of study (n=216; 83.7%), had children (n=171; 66.3%), did physical activity (n=157; 60.9%), and presented inadequate sleep position (n=225; 87.2%) and elevated shoulder (n=88; 34.1%). Most of the participants carried the bag on the right side (n=143; 55.4%) and most of the bags weighted less than 5% of body weight (n=214; 82.0%). Lateral mass distribution (LMD), foot pressure and surface area were increased and barycenter distance was reduced (p<0.05) on the side the bag was carried. LMD was decreased and barycenter distance was increased on the opposite side (p<0.05). There was an increase in right stride length in women who carried the bag on the left side and a decrease was observed in women who carried the bag on both sides (p<0.05). Regarding the percentage of weight carried, there was a reduction in surface area and maximum left pressure and an increase in left stride length (p<0.05). Bag weight percentage in relation to body weight was associated with having children (OR=0.210; p=0.002) and doing physical activity (OR=2.122; p=0.049). Conclusion: The use of unilateral strap shoulder bags causes important changes in plantar pressures on the same side the bag is carried. During ambulation, regardless of the side and weight carried, there were changes which, although not statistically significant, were discrete and should be considered mainly due to the adaptive capacity of the body and the repercussions in the long term. In view of the results, the unilateral strap shoulder bag is a risk or aggravating factor for dysfunctions of the musculoskeletal system and for the occurrence of pain.Dissertacao enviada com autorizacao e certificacao via CI 9092/19Abdon, Ana Paula de VasconcellosAbdon, Ana Paula de VasconcellosLima, Pedro Olavo de PaulaPorto, Maximiliano AguiarUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaRodrigues, Barbara Karen Matos Magalhaes2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/118069https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/21031porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::118069Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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Introdução: A marcha humana pode sofrer alterações, devido ao transporte de uma carga podendo ser bilateral ou unilateral, repercutindo no aumento da instabilidade do andar, principalmente ao usar bolsa de uma única alça. Objetivo: Avaliar a influência do uso do acessório bolsa unilateral na macha e equilíbrio estático de mulheres em diferentes faixas etárias. Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado na Universidade de Fortaleza, CE, Brasil, desenvolvido entre abril a setembro de 2018. Participaram 258 mulheres com idades entre 18 a 59 anos, utilizando bolsas unilaterais no momento da coleta. Aplicaram-se dois questionários com variáveis demográficas, hábitos de vida, avaliação da dor, característica do uso da bolsa, simetria escapular e o nível de atividade física. Mensuram-se peso corporal e da bolsa e altura. Posteriormente, avaliaram-se pressões plantares, equilíbrio estático e marcha utilizando o baropodômetro sem e com a bolsa. Para avaliar as diferenças entre o lado que carregava a bolsa e o %pesobolsa com os parâmetros da marcha, pressões plantares e equilíbrio estático aplicaram-se os testes t de Student e t pareado. Foram utilizadas as análises bivariada e multivariada tendo como desfecho o %pesobolsa, pelo programa SPSS (versão 23.0). Resultados: Detectou-se maior proporção de mulheres na faixa etária de 18 a 25 anos (n=119; 46,1%), mais de oito anos de estudo (n=216; 83,7%), com filhos (n=171; 66,3%), praticantes de atividade física (n=157; 60,9%), posição inadequada durante o sono (n=225; 87,2%) e ombro elevado (n=88; 34,1%). Carregavam a bolsa no lado direito (n=143; 55,4%) e com peso inferior a 5% do peso corporal (n=214; 82,0%). No lado que a bolsa era carregada foram observados o aumento da distribuição de massa lateral (DML), da pressão do pé e da área de superfície e diminuição da distância do baricentro (p<0,05); e no lado oposto foram detectados diminuição da DML e aumento do baricentro (p<0,05). Quanto ao lado de uso observou-se aumento no comprimento da passada direita nas mulheres que carregavam a bolsa no lado esquerdo e redução nas que transportam em ambos os lados (p<0,05). Com relação ao percentual de peso carregado verificou-se redução da área de superfície e pressão máxima esquerda e aumento no comprimento do passo esquerdo (p<0,05). Houve associação do percentual do peso da bolsa em relação ao peso corporal com ter filhos (OR=0,210; p=0,002) e praticar atividade física (OR=2,122; p=0,049). Conclusão: A bolsa unilateral causa importantes alterações nas pressões plantares homolaterais ao lado de uso da bolsa. Durante a deambulação, independente do lado de uso e do peso imposto as alterações percebidas, apesar de não estatisticamente significativas, são discretas e devem ser levadas em consideração principalmente em função da capacidade adaptativa do corpo e das repercussões a longo prazo. Frente aos resultados obtidos, a bolsa unilateral é um fator de risco ou agravamento para as disfunções do sistema musculoesquelético e na ocorrência de dor. |
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