Utilização de plantas medicinais por uma população de hipertensos e diabéticos atendidos no município de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Virginio, Tais Batista
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105070
Resumo: Introdução: No Brasil, em decorrência de problemas vivenciados pela população relacionados à saúde, a busca por terapias alternativas e complementares à terapia convencional tem sido ampliada. A utilização de plantas medicinais é uma prática que vem acontecendo fundamentada no saber popular que a população carrega, ao longo dos tempos, sem os devidos critérios de segurança e eficácia necessários. Objetivo: Descrever a utilização de plantas medicinais por pacientes hipertensos e/ou diabéticos atendidos em unidades de atenção primária à saúde e em um ambulatório especializado no município de Fortaleza. Metodologia: Pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória e transversal, composta de duas etapas: entrevista e levantamento bibliográfico. Realizada em 16 Unidades de Atenção Primária à Saúde da Regional VI e em um ambulatório especializado do Hospital Universitário Walter Cantídio, integrados ao Sistema Único de Saúde, sediados em Fortaleza-Ceará, no período de abril de 2014 a janeiro de 2015, com uma amostra composta por 122 participantes. Os dados foram submetidos à análise descritiva e inferencial através do programa Statistical Package for the Social Sciences. Resultados: Dos 122 participantes, houve predomínio daqueles pertencentes ao nível terciário de atenção (54,1%), maiores de 60 anos (50,8%), sexo feminino (70,5%), com ensino fundamental incompleto (32%), aposentados ou pensionistas (45,8%), com companheiro (57,6%), de cor parda (69%), rendimento mensal individual ? 1 salário mínimo (54,1%), residente com até 4 pessoas no domicílio (68%). Quanto à patologia de base, 40,2% eram hipertensos e diabéticos, tinham outra patologia/complicação associada (62,8%), uso médio diário de 2,9 medicamentos convencionais, adesão medicamentosa moderada (49,1%), medicamentos mais utilizados: Hidroclorotiazida (53,9%), Metformina (79,7%), Insulina NPH (72,5%). Quanto ao uso de plantas, 62,3% usavam, para tratar a patologia de base (60,5%), na forma de chá (43,5%), por período indeterminado (60,9%). Verificou-se associação significativa entre a variável uso de plantas e: nível de atenção (p=0,0001), escolaridade (p=0,021) e patologia de base (p=0,0001). As espécies mais utilizadas foram Lippia Alba, Cymbopogon citratus e Bauhinia fortificata. Foram encontradas evidências experimentais de uso em hipertensão arterial e/ou diabetes para algumas das espécies mencionadas. Conclusão: A elevada prevalência da utilização de plantas medicinais encontrada e a maneira como está acontecendo, sugere que esforços precisam ser empreendidos para a efetiva implantação desta terapia nos serviços de saúde, com a devida capacitação dos profissionais envolvidos em busca de que orientações sejam repassadas aos pacientes e garantidas a segurança e eficácia necessárias ao consumo racional.
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Metodologia: Pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória e transversal, composta de duas etapas: entrevista e levantamento bibliográfico. Realizada em 16 Unidades de Atenção Primária à Saúde da Regional VI e em um ambulatório especializado do Hospital Universitário Walter Cantídio, integrados ao Sistema Único de Saúde, sediados em Fortaleza-Ceará, no período de abril de 2014 a janeiro de 2015, com uma amostra composta por 122 participantes. Os dados foram submetidos à análise descritiva e inferencial através do programa Statistical Package for the Social Sciences. Resultados: Dos 122 participantes, houve predomínio daqueles pertencentes ao nível terciário de atenção (54,1%), maiores de 60 anos (50,8%), sexo feminino (70,5%), com ensino fundamental incompleto (32%), aposentados ou pensionistas (45,8%), com companheiro (57,6%), de cor parda (69%), rendimento mensal individual ? 1 salário mínimo (54,1%), residente com até 4 pessoas no domicílio (68%). Quanto à patologia de base, 40,2% eram hipertensos e diabéticos, tinham outra patologia/complicação associada (62,8%), uso médio diário de 2,9 medicamentos convencionais, adesão medicamentosa moderada (49,1%), medicamentos mais utilizados: Hidroclorotiazida (53,9%), Metformina (79,7%), Insulina NPH (72,5%). Quanto ao uso de plantas, 62,3% usavam, para tratar a patologia de base (60,5%), na forma de chá (43,5%), por período indeterminado (60,9%). Verificou-se associação significativa entre a variável uso de plantas e: nível de atenção (p=0,0001), escolaridade (p=0,021) e patologia de base (p=0,0001). As espécies mais utilizadas foram Lippia Alba, Cymbopogon citratus e Bauhinia fortificata. Foram encontradas evidências experimentais de uso em hipertensão arterial e/ou diabetes para algumas das espécies mencionadas. Conclusão: A elevada prevalência da utilização de plantas medicinais encontrada e a maneira como está acontecendo, sugere que esforços precisam ser empreendidos para a efetiva implantação desta terapia nos serviços de saúde, com a devida capacitação dos profissionais envolvidos em busca de que orientações sejam repassadas aos pacientes e garantidas a segurança e eficácia necessárias ao consumo racional.Introduction: In Brazil, due to health-related problems experienced by the population, the search for alternative and complementary therapies in addition to conventional therapy has been enlarged. The use of medicinal plants is a practice that has been going on based on the popular knowledge that population carries, over time, without the proper necessary safety and efficacy criteria. Objective: Describe the use of medicinal plants by hypertensive and /or diabetic patients seen in primary health care settings from an outpatient clinic in the city of Fortaleza. Methodology: quantitative, descriptive, exploratory and cross-sectional study, comprised of two stages: interview and literature review. Held on 16 units of Primary Health Care from Regional VI and on a specialized outpatient clinic in the Walter Cantídio University Hospital, integrated into the National Health System, based in Fortaleza, Ceará, from April 2014 to January 2015, with a sample composed of 122 participants. The data was submitted to descriptive and inferential analysis using the Statistical Package for the Social Sciences program. Results: Among the 122 participants, there was a predominance of those belonging to the tertiary level of care (54,1%) aged over 60 years (50,8%), female (70,5%), with incomplete primary education (32%) , retirees or pensioners (45,8%), with a partner (57,6%), of mixed ethnicity (69%), individual income ? 1 minimum wage (54,1%), residing with up to 4 people in the household (68%). As for the underlying pathology, 40,2% were hypertensive and diabetic, had other pathology/ complication associated (62,8%), average daily use of 2,9 conventional medicines, moderate medication adherence (49,1%), most commonly used drugs: Hydrochlorothiazide (53,9%) Metformin (79,7%), NPH insulin (72,5%). Regarding the use of plants, 62,3% used them to treat the underlying pathology (60,5%) in the form of tea (43,5%), for an indefinite period (60,9%). There was a significant association between the use of plants and the variables: level of care (p=0,0001), educational level (p=0,021) and underlying pathology (p=0,0001). The most used species were Lippia Alba, Cymbopogon citratus and Bauhinia Fortificata. Experimental evidence for use in arterial hypertension and/ or diabetes for some of these species was found. Conclusion: The high prevalence of the use of medicinal plants found and how it happens, suggests that efforts need to be undertaken for the effective implementation of this therapy in health services, with proper training of professionals involved, so that guidance is passed on to patients and the safety and effectiveness required for the rational consumption is ensured.Barros, Adriana Rolim CamposBarros, Adriana Rolim CamposMontenegro Júnior, Renan MagalhãesMedeiros, Maria Angelina SilvaUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaVirginio, Tais Batista2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105070https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/13277Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 96133porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::105070Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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