Uso excessivo do smartphone e fatores relacionados em trabalhadores de instituições de ensino superior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Haertori da Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124763
Resumo: Introdução: Os smartphones se constituíram como instrumento para a conveniência do dia-a-dia das pessoas, no entanto, o vício por esses dispositivos emergiu como uma questão social e de saúde. A intensidade e o tempo utilização de smartphones aumentam cada vez mais na população mundial, suas características ergonômicas e design dão origem a uma série de preocupações sobre o impacto biomecânico corporal e alguns fatores psicossociais. Objetivo: Avaliar o tempo de uso do smartphone e fatores relacionados em trabalhadores de instituições de ensino superior. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e analítico, desenvolvido em duas universidades na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil, entre abril de 2018 a novembro de 2019. Participaram 236 adultos com idade entre 18 a 59 anos, que possuíam smartphone e faziam uso rotineiro. Após o consentimento, os participantes foram submetidos a aplicação de dois questionários para coletar informações socioeconômicas, condições de saúde, laboral e índice de incapacidade relacionada ao pescoço. Em seguida foi realizada a avaliação postural por fotogrametria para análise dos ângulos de alinhamento horizontal de cabeça (AHA), alinhamento horizontal do acrômio (AHA) e alinhamento vertical de cabeça (AVC) usando o smartphone em comparação ao não uso. Resultados: O tempo de uso do smartphone era de 6,9 (± 3,9) h/dia. Os trabalhadores solteiros (p=0,048), com ensino superior incompleto (p=0,024) e com avaliação de saúde autorreferida ruim (p=0,006) permaneciam 1 h/dia a mais utilizando o smartphone quando comparados aos não solteiros, com ensino superior completo e avaliação de saúde boa, respectivamente. Os tabagistas permaneciam 2 h/dia a mais (p=0,004) no smartphone em relação aos não tabagistas. Na análise postural foi verificado uma redução significativa da inclinação de cabeça na posição de digitação no smartphone (p=0,000) em comparação a posição (anatômica), com inclinação da cabeça para o lado direito. No AHA não houve alteração significativa (p=0,160). Em relação ao AVC, foi constatado um aumento significativo da anterioridade de cabeça (p=0,000) de 21º em ambos os lados. Conclusão: Existe uso excessivo do smartphone pelos trabalhadores das instituições de ensino superior, associado ao estado civil solteiro, a escolaridade superior incompleta, a autoavaliação de saúde ruim e ao tabagismo. Em relação ao alinhamento postural, foi verificado alterações posturais significativas, especialmente de anteriorização de cabeça, podendo representar fator de risco para surgimento de problemas musculoesqueléticos. Ações de promoção de saúde podem ser direcionadas a esse perfil, auxiliando na redução de danos decorrentes do uso excessivo do smartphone.
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Participaram 236 adultos com idade entre 18 a 59 anos, que possuíam smartphone e faziam uso rotineiro. Após o consentimento, os participantes foram submetidos a aplicação de dois questionários para coletar informações socioeconômicas, condições de saúde, laboral e índice de incapacidade relacionada ao pescoço. Em seguida foi realizada a avaliação postural por fotogrametria para análise dos ângulos de alinhamento horizontal de cabeça (AHA), alinhamento horizontal do acrômio (AHA) e alinhamento vertical de cabeça (AVC) usando o smartphone em comparação ao não uso. Resultados: O tempo de uso do smartphone era de 6,9 (± 3,9) h/dia. Os trabalhadores solteiros (p=0,048), com ensino superior incompleto (p=0,024) e com avaliação de saúde autorreferida ruim (p=0,006) permaneciam 1 h/dia a mais utilizando o smartphone quando comparados aos não solteiros, com ensino superior completo e avaliação de saúde boa, respectivamente. Os tabagistas permaneciam 2 h/dia a mais (p=0,004) no smartphone em relação aos não tabagistas. Na análise postural foi verificado uma redução significativa da inclinação de cabeça na posição de digitação no smartphone (p=0,000) em comparação a posição (anatômica), com inclinação da cabeça para o lado direito. No AHA não houve alteração significativa (p=0,160). Em relação ao AVC, foi constatado um aumento significativo da anterioridade de cabeça (p=0,000) de 21º em ambos os lados. Conclusão: Existe uso excessivo do smartphone pelos trabalhadores das instituições de ensino superior, associado ao estado civil solteiro, a escolaridade superior incompleta, a autoavaliação de saúde ruim e ao tabagismo. Em relação ao alinhamento postural, foi verificado alterações posturais significativas, especialmente de anteriorização de cabeça, podendo representar fator de risco para surgimento de problemas musculoesqueléticos. Ações de promoção de saúde podem ser direcionadas a esse perfil, auxiliando na redução de danos decorrentes do uso excessivo do smartphone.Introduction: Smartphones have been an instrument for the convenience of people's day-to-day life, however, addiction to these devices emerged as a social and health issue. The intensity and time use of smartphones is increasing in the world population, its ergonomic characteristics and design give rise to several concerns on the body biomechanical impact and some psychosocial factors. Objective: To evaluate the time of use of the smartphone and related factors in workers of higher education institutions. Methods: This is a cross-sectional and analytical study, developed in two universities in the city of Fortaleza, Ceará, Brazil, between April 2018 and November 2019. Participants were 236 adults aged between 18 and 59 years, who had a smartphone and made routine use. After consent, participants were submitted to two questionnaires to collect socioeconomic information, history of health, work and neck-related disability index. Next, postural evaluation was performed by photogrammetry to analyze the angles of horizontal head alignment (AHA), horizontal alignment of the achromy (AHA) and vertical head alignment (stroke) using the smartphone compared to non-use. Results: The time of use of the smartphone was 6.9 (± 3.9) h/day. Single workers (p=0.048) with incomplete higher education (p=0.024) and with poor self-reported health assessment (p=0.006) remained 1 hour/day more using the smartphone when compared to non-single, with complete higher education and good health assessment, respectively. Smokers remained 2 h/day more (p=0.004) on the smartphone compared to non-smokers. In the postural analysis, a significant reduction of head inclination was verified in the typing position on the smartphone (p=0.000) compared to the position (anatomical), with tilt of the head to the right side. In the AHA there was no significant change (p=0.160). In relation to stroke, a significant increase in head anteriority was observed (p=0.000) 21st on both sides. Conclusion: There is excessive use of the smartphone by workers of higher education institutions, associated with single marital status, incomplete higher education, poor self-assessment of health and smoking. In relation to postural alignment, significant postural changes were observed, especially head anteriorization, may represent a risk factor for the appearance of musculoskeletal problems. Health promotion actions can be directed to this profile, helping to reduce damage resulting from excessive smartphone use.Abdon, Ana Paula de VasconcellosAbdon, Ana Paula de VasconcellosAndrade, Rodrigo Fragoso deSilva, Carlos Antônio Bruno daUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLeal, Haertori da Silva2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124763https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/24767porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-30T14:52:34Zoai::124763Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-01-30T14:52:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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