Estudo da dependência do smartphone e condições de saúde de idosos durante a pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Camila Cristine Tavares
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/128023
Resumo: Introdução: O uso das tecnologias tem sido um importante aliado no combate aos efeitos negativos do isolamento social devido a pandemia da COVID-19. No entanto, sabe-se que o uso excessivo do smartphone pode causar efeitos deletérios à saúde. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a dependência do smartphone e as condições de saúde de idosos durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um transversal e analítico, envolvendo todo o território nacional e realizado entre junho a agosto de 2020. Participaram 237 idosos (> 60 anos) saudáveis, independente das características demográficas e que façam uso rotineiro de smartphone. O recrutamento ocorreu pelo método snowball e por redes sociais e WhatsApp. Foi aplicado um questionário eletrônico para coletar o perfil socioeconômico, condições de saúde durante a pandemia, comportamento saudável durante a pandemia, atividade física durante a pandemia, dependência e o perfil de uso do smartphone. Para o desfecho dependência do smartphone foram aplicadas análises bivariadas, pelo SPSS versão 23.0. Resultados: Houve maior proporção do sexo feminino (74,0% n=202), na faixa de 60 a 64 anos (50,2% n=119), casados (61,2% n=145), superior completo (74,7% n=177), classe social B (35,9% n=85) e da Região Nordeste (88,2% n=209). Do total, 30,4% (n=72) consumiam bebidas alcoólicas, 48,5% (n=115) relatava dor na cervical durante a pandemia, 32,5% (n=77) não dormia bem, 2% (n=10) apresentou diagnóstico positivo de COVID-19 e 43,9% (n=104) informou realizar atividade física durante a pandemia. Foi constatado que 29% (n=69) apresentava dependência do smartphone, associada à classe social elevada (OR=2,541; p=0,002), não dormir bem (OR=3,700; p<0,001), dor na cervical (OR= 2,024; p=0,015) e o uso do smartphone para trabalho (OR=2,690; p=0,001). O tempo de uso foi de 4,2h diárias (±2,8). Foram apontados o pagamento de contas e outras atividades (54,9% n=130) e as buscas online e outras atividades (12,7% n=30) as mais frequentes. O WhatsApp foi o aplicativo com maior uso por (20,3% n=48) dos idosos. Conclusão: A elevada dependência do smartphone pelos idosos durante o período da pandemia do COVID-19, mostrando associação com a classe social alta, má qualidade do sono, dor cervical e uso para trabalho. Ações de promoção de saúde podem ser direcionadas para esse perfil, reduzindo os danos decorrentes do uso excessivo do smartphone. Palavras-chaves: Smartphone. COVID-19. Idoso. Saúde. Fatores de Risco
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O recrutamento ocorreu pelo método snowball e por redes sociais e WhatsApp. Foi aplicado um questionário eletrônico para coletar o perfil socioeconômico, condições de saúde durante a pandemia, comportamento saudável durante a pandemia, atividade física durante a pandemia, dependência e o perfil de uso do smartphone. Para o desfecho dependência do smartphone foram aplicadas análises bivariadas, pelo SPSS versão 23.0. Resultados: Houve maior proporção do sexo feminino (74,0% n=202), na faixa de 60 a 64 anos (50,2% n=119), casados (61,2% n=145), superior completo (74,7% n=177), classe social B (35,9% n=85) e da Região Nordeste (88,2% n=209). Do total, 30,4% (n=72) consumiam bebidas alcoólicas, 48,5% (n=115) relatava dor na cervical durante a pandemia, 32,5% (n=77) não dormia bem, 2% (n=10) apresentou diagnóstico positivo de COVID-19 e 43,9% (n=104) informou realizar atividade física durante a pandemia. Foi constatado que 29% (n=69) apresentava dependência do smartphone, associada à classe social elevada (OR=2,541; p=0,002), não dormir bem (OR=3,700; p<0,001), dor na cervical (OR= 2,024; p=0,015) e o uso do smartphone para trabalho (OR=2,690; p=0,001). O tempo de uso foi de 4,2h diárias (±2,8). Foram apontados o pagamento de contas e outras atividades (54,9% n=130) e as buscas online e outras atividades (12,7% n=30) as mais frequentes. O WhatsApp foi o aplicativo com maior uso por (20,3% n=48) dos idosos. Conclusão: A elevada dependência do smartphone pelos idosos durante o período da pandemia do COVID-19, mostrando associação com a classe social alta, má qualidade do sono, dor cervical e uso para trabalho. Ações de promoção de saúde podem ser direcionadas para esse perfil, reduzindo os danos decorrentes do uso excessivo do smartphone. Palavras-chaves: Smartphone. COVID-19. Idoso. Saúde. Fatores de RiscoIntroduction: The use of technologies has been an important ally in combating the negative effects of social isolation due to the COVID-19 pandemic. However, it is known that the excessive use of the smartphone can cause harmful health effects. Objective: This study aimed to assess smartphone dependence and the health conditions of the elderly during the COVID-19 pandemic. Methods: It is a cross-sectional and analytical, involving the entire national territory and carried out between June and August 2020. 237 healthy elderly (> 60 years old), regardless of demographic characteristics and who make routine use of smartphones, participated. The recruitment took place by the snowball method and by social networks and WhatsApp. An electronic questionnaire was applied to collect the socioeconomic profile, health conditions during the pandemic, healthy behavior during the pandemic, physical activity during the pandemic, addiction and the profile of smartphone use. For the outcome of smartphone dependency, bivariate analyzes were applied using SPSS version 23.0. Results: There was a higher proportion of females (74.0% n = 202), aged 60 to 64 years (50.2% n = 119), married (61.2% n = 145), complete higher education (74 , 7% n = 177), social class B (35.9% n = 85) and the Northeast Region (88.2% n = 209). Of the total, 30.4% (n = 72) consumed alcoholic beverages, 48.5% (n = 115) reported neck pain during the pandemic, 32.5% (n = 77) did not sleep well, 2% (n = 10) had a positive diagnosis of COVID19 and 43.9% (n = 104) reported performing physical activity during the pandemic. It was found that 29% (n = 69) had smartphone dependence, associated with high class (OR = 2.541; p = 0.002), not sleeping well (OR = 3.700; p <0.001), neck pain (OR = 2.024; p = 0.015) and the use of the smartphone for work (OR = 2.690; p = 0.001). The time of use was 4.2h daily (± 2.8). Payment of bills and other activities (54.9% n = 130) and online searches and other activities (12.7% n = 30) were the most frequent. WhatsApp was the application with the greatest use by (20.3% n = 48) of the elderly. Conclusion: The high dependence on the smartphone by the elderly during the COVID-19 pandemic period, showing an association with the upper class, poor sleep quality, neck pain and use for work. Health promotion actions can be directed to this profile, reducing the damage resulting from the excessive use of the smartphone. Keywords: Smartphone. COVID-19. Old man. Health. Risk Factors.Dissertação enviada com autorização e certificação via CI 40007/22 em 08/06/2022Abdon, Ana Paula de VasconcellosMesquita, Rafael Barreto deSaintrain, Maria Vieira de LimaUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaAbreu, Camila Cristine Tavares2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf61f.https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/128023https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/27010porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-21T09:36:08Zoai::128023Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-06-21T09:36:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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