Processos de resiliência em adolescentes lésbicas, gays e bissexuais (LGBS)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126902 |
Resumo: | Adolescentes LGBs são considerados um grupo em situação de risco psicossocial, por vivenciarem o preconceito e a discriminação em diferentes contextos da sua vida (família, escola/universidade, trabalho, etc), em virtude da sua orientação sexual. Além disso, são mais vulneráveis às disparidades em saúde física e mental quando comparado ao público LGB adulto, pois apresentam piores indicadores de saúde. Atenção crescente tem sido dada aos processos de resiliência vivenciados pela população LGB. Por resiliência, se compreende o processo de enfrentamento, fortalecimento e adaptação positiva a situações de crise e/ou adversidades, desencadeado pela interação dinâmica dos fatores de risco e fatores de proteção, nos níveis individuais, relacionais e contextuais dos sujeitos. Fatores de risco são aqueles eventos estressores que aumentam a predisposição a resultados negativos em saúde, enquanto que os fatores de proteção são as variáveis que agem neutralizando ou minimizando o impacto do risco sobre o desenvolvimento. Este trabalho buscou investigar processos de resiliência vivenciados por adolescentes lésbicas, gays e bissexuais. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória com 16 adolescentes, com idades variando de 13 a 18 anos de idade. Quanto à orientação sexual, 05 adolescentes se definiram como gays, 05 como lésbicas e 06 como bissexuais. Realizou-se uma entrevista semi-estruturada com cada adolescente, via aplicativo Google Meet. A Análise de Conteúdo revelou que os principais fatores de riscos enfrentados foram a vivência de preconceito e discriminação nos mais variados contextos, a ausência de apoio e/ou aceitação familiar, o bullying e as experiências de assédio e/ou abuso sexual. Os principais fatores de proteção identificados foram o apoio e aceitação familiar, ter amigos, sobretudo, amigos LGB, a arte,a psicoterapia, a prática de esportes, pertencimento escolar e políticas escolares inclusivas, representatividade e conhecimento LGB, personalidade comunicativa e capacidade de não se importar com a opinião dos outros. Destaca-se a importância dos processos de resiliência serem analisados de forma contextualizada, pois os fatores de proteção também aparecem como risco em determinadas circunstâncias. Ressalta-se o apoio da família como fator de proteção significativo para fomentar sentimentos de segurança e contribuir com o enfrentamento das experiências de preconceito nos demais contextos. Espera-se que os resultados desse estudo possam ampliar a compreensão dos processos de resiliência vivenciados pelos adolescentes de minorias sexuais, contribuindo com a promoção de saúde e pleno desenvolvimento psicossocial dos mesmos. Palavras-chave: LGB; resiliência; adolescência; minorias sexuais; gênero. |
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Processos de resiliência em adolescentes lésbicas, gays e bissexuais (LGBS)Resiliência (Psicologia)Adolescente - SexualidadeOrientação sexualAdolescentes LGBs são considerados um grupo em situação de risco psicossocial, por vivenciarem o preconceito e a discriminação em diferentes contextos da sua vida (família, escola/universidade, trabalho, etc), em virtude da sua orientação sexual. Além disso, são mais vulneráveis às disparidades em saúde física e mental quando comparado ao público LGB adulto, pois apresentam piores indicadores de saúde. Atenção crescente tem sido dada aos processos de resiliência vivenciados pela população LGB. Por resiliência, se compreende o processo de enfrentamento, fortalecimento e adaptação positiva a situações de crise e/ou adversidades, desencadeado pela interação dinâmica dos fatores de risco e fatores de proteção, nos níveis individuais, relacionais e contextuais dos sujeitos. Fatores de risco são aqueles eventos estressores que aumentam a predisposição a resultados negativos em saúde, enquanto que os fatores de proteção são as variáveis que agem neutralizando ou minimizando o impacto do risco sobre o desenvolvimento. Este trabalho buscou investigar processos de resiliência vivenciados por adolescentes lésbicas, gays e bissexuais. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória com 16 adolescentes, com idades variando de 13 a 18 anos de idade. Quanto à orientação sexual, 05 adolescentes se definiram como gays, 05 como lésbicas e 06 como bissexuais. Realizou-se uma entrevista semi-estruturada com cada adolescente, via aplicativo Google Meet. A Análise de Conteúdo revelou que os principais fatores de riscos enfrentados foram a vivência de preconceito e discriminação nos mais variados contextos, a ausência de apoio e/ou aceitação familiar, o bullying e as experiências de assédio e/ou abuso sexual. Os principais fatores de proteção identificados foram o apoio e aceitação familiar, ter amigos, sobretudo, amigos LGB, a arte,a psicoterapia, a prática de esportes, pertencimento escolar e políticas escolares inclusivas, representatividade e conhecimento LGB, personalidade comunicativa e capacidade de não se importar com a opinião dos outros. Destaca-se a importância dos processos de resiliência serem analisados de forma contextualizada, pois os fatores de proteção também aparecem como risco em determinadas circunstâncias. Ressalta-se o apoio da família como fator de proteção significativo para fomentar sentimentos de segurança e contribuir com o enfrentamento das experiências de preconceito nos demais contextos. Espera-se que os resultados desse estudo possam ampliar a compreensão dos processos de resiliência vivenciados pelos adolescentes de minorias sexuais, contribuindo com a promoção de saúde e pleno desenvolvimento psicossocial dos mesmos. Palavras-chave: LGB; resiliência; adolescência; minorias sexuais; gênero.LGB teenagers are considered to be a group at psychosocial risk because they experience prejudice and discrimination in different contexts of their lives (family, school / university, work, etc.), due to their sexual orientation. In addition, they are more vulnerable to disparities in physical and mental health when compared to the adult LGB population, as they present worse health indicators. Increasing attention has been paid to the resilience processes experienced by the LGB population. Resilience means the process of coping, strengthening and positive adaptation to situations of crisis and / or adversity, triggered by the dynamic interaction of risk factors and protective factors, at the individual, relational and contextual levels of the subjects. Risk factors are stressful events that increase the predisposition to negative health outcomes, while protective factors are the variables that act to neutralize or minimize the impact of risk on development. This work investigated resilience processes experienced by lesbian, gay and bisexual teenagers. For this, a qualitative, descriptive and exploratory research was carried out with 16 adolescents, with ages varying from 13 to 18 years old. In regard to sexual orientation, 05 adolescents defined themselves as gay, 05 as lesbians and 06 as bisexuals. A semi-structured interview was conducted with each teenager, via the Google Meet application. The Content Analysis revealed that the main risk factors faced were the experience of prejudice and discrimination in many varied contexts, the absence of family support and / or acceptance, bullying and the experiences of sexual harassment and / or abuse. The main protective factors identified were family support and acceptance, having friends, especially LGB friends, art, psychotherapy, practicing sports, belonging at school and inclusive school policies, LGB representativeness and knowledge, having a communicative personality and the ability to not care about the opinion of others. The importance of resilience processes is highlighted in a contextualized way, since the protection factors also appear as risk factors in certain circumstances. The support of the family is highlighted as a significant protection factor that fosters feelings of security and contributes to coping with the experiences of prejudice in other contexts. It is hoped that the results of this study may broaden the understanding of the resilience processes experienced by adolescents from sexual minorities, contributing to health promotion and their full psychosocial development. Keywords: LGB; resilience; adolescence; sexual minorities; gender.Dissertação enviada com autorização e certificação via CI 70271/21 em 19/10/2021Morais, Normanda Araújo deLira, Aline Nogueira deSantos, Elder CerqueiraUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em PsicologiaCarvalho, Beatriz Suelen Nobre2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126902https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/26324porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-30T14:20:43Zoai::126902Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-01-30T14:20:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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