O diagnóstico de autismo nas famílias e a promoção da saúde: as vivências das mães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Letícia Vanderlei
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/123968
Resumo: Crianças que apresentam alguma suspeita ou diagnóstico de autismo, geralmente são identificadas entre os 2 a 3 anos de idade. Com bastante frequência, os cuidadores destas crianças desconfiam que existe algo diferente do desenvolvimento típico, quando interagem ou até mesmo falam com elas, pois as mesmas parecem não escutar, ou não gostar de brincar com outras crianças. Na prática clínica, se observa que os cuidadores iniciam a procura por profissionais da saúde e seguem uma peregrinação por várias especialidades médicas, até o estabelecimento do diagnóstico. Muito esforço vem sendo feito para que os sintomas sejam identificados o mais cedo possível, para que se possa iniciar uma intervenção precoce. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as vivências das mães de crianças autistas sobre o caminho percorrido até o diagnóstico, o tratamento e as implicações que este trouxe ao meio familiar. Para a realização desta pesquisa, foi utilizada a metodologia qualitativa, com realização de entrevistas fenomenológicas com 9 mães de autistas da cidade de Fortaleza, com idade média de 32 anos, sendo 8 casadas e 1 solteira, 3 participantes da Associação Fortaleza Azul e 6 não, 5 das mães tinham somente um filho e 4 tinham dois ou mais. Os resultados encontrados, mostraram que as mães já identificam que há algo diferente logo nos primeiros anos de vida da criança, e após descobrir a condição, passam por uma gama enorme de profissionais e tratamentos para que haja o maior desenvolvimento possível para seus filhos. Outro ponto levantado em suas falas, foi o alto gasto financeiro com as terapias dos filhos, bem como transformações negativas que a notícia traz à família, trazendo isolamento e preconceito. Embora sejam mães de crianças autistas, foi concluído que estas mães são como qualquer mãe, que vivencia sentimentos relativos aos seus filhos e à construção de suas famílias, e passam por dificuldades da mesma forma. As suas famílias são como qualquer família que se constrói, e necessitam de atenção e apoio para enfrentar os desafios que surgem. Estes dados apontam para uma discussão em relação à estruturação e capacitação dos profissionais de saúde, para que as crianças sejam identificadas e tratadas mais precocemente, para que as mães e as famílias tenham as maiores informações e orientações possíveis sobre as terapias disponíveis.
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Esta pesquisa teve como objetivo analisar as vivências das mães de crianças autistas sobre o caminho percorrido até o diagnóstico, o tratamento e as implicações que este trouxe ao meio familiar. Para a realização desta pesquisa, foi utilizada a metodologia qualitativa, com realização de entrevistas fenomenológicas com 9 mães de autistas da cidade de Fortaleza, com idade média de 32 anos, sendo 8 casadas e 1 solteira, 3 participantes da Associação Fortaleza Azul e 6 não, 5 das mães tinham somente um filho e 4 tinham dois ou mais. Os resultados encontrados, mostraram que as mães já identificam que há algo diferente logo nos primeiros anos de vida da criança, e após descobrir a condição, passam por uma gama enorme de profissionais e tratamentos para que haja o maior desenvolvimento possível para seus filhos. Outro ponto levantado em suas falas, foi o alto gasto financeiro com as terapias dos filhos, bem como transformações negativas que a notícia traz à família, trazendo isolamento e preconceito. Embora sejam mães de crianças autistas, foi concluído que estas mães são como qualquer mãe, que vivencia sentimentos relativos aos seus filhos e à construção de suas famílias, e passam por dificuldades da mesma forma. As suas famílias são como qualquer família que se constrói, e necessitam de atenção e apoio para enfrentar os desafios que surgem. Estes dados apontam para uma discussão em relação à estruturação e capacitação dos profissionais de saúde, para que as crianças sejam identificadas e tratadas mais precocemente, para que as mães e as famílias tenham as maiores informações e orientações possíveis sobre as terapias disponíveis.Children who have any suspicion or diagnosis of autism are usually identified between 2 and 3 years of age. Quite often, caregivers of these children suspect that there is something different from typical development when they interact or even talk to them because they do not seem to hear or like to play with other children. In clinical practice, it is observed that caregivers begin the search for health professionals and follow a pilgrimage through various medical specialties, until the diagnosis is established. Much effort has been made to identify symptoms as early as possible so that early intervention can be initiated. This research aimed to analyze the experiences of mothers of autistic children about the path taken to the diagnosis, treatment and the implications that it brought to the family environment. For this research, the qualitative methodology was used, with phenomenological interviews with 9 autistic mothers of the city of Fortaleza, with an average age of 32 years, 8 married and 1 single, 3 participants of the Fortaleza Azul Association and 6 not, 5 of the mothers had only one child and 4 had two or more. The results showed that mothers already identify that there is something different in the early years of the child's life, and after discovering the condition, go through a huge range of professionals and treatments for the greatest development possible for their children. Another point raised in their speeches was the high financial expenditure on children's therapies, as well as negative transformations that the news brings to the family, bringing isolation and prejudice. Although they are mothers of autistic children, it was concluded that these mothers are just like any mother, who experiences feelings about her children and the construction of their families, and experiences difficulties in the same way. Their families are like any family that is built, and need attention and support to meet the challenges that arise. These data point to a discussion regarding the structuring and training of health professionals, so that children are identified and treated earlier, so that mothers and families have the greatest possible information and guidance on available therapies.Amorim, Rosendo Freitas deBrilhante, Aline Veras MoraisAmorim, Rosendo Freitas deBrilhante, Aline Veras MoraisMelo, Anna Karynne da SilvaMorais, Preciliana Barreto deFrota, Mirna AlbuquerqueUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaRibeiro, Letícia Vanderlei2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/123968https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/24293porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-29T11:58:13Zoai::123968Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-01-29T11:58:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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