Trauma e resistência na poesia de testemunho do Brasil contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SALGUEIRO, Wilberth
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Moara (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufpa.br/index.php/moara/article/view/3432
Resumo: Se o trauma pode ser entendido como a rememoração incessante e difusa de algo não plenamente elaborado, a resistência então será uma atitude de corajoso enfrentamento dessa ferida não curada, daquilo que permanece em aberto. Neste sentido, os poemas que, desde sempre, tomam para si a tarefa de escrever e pensar as dores e catástrofes – que atingem o sujeito que fala por si e, sobretudo, por uma comunidade maior – podem ser lidos como uma espécie de cicatriz, que torna visíveis chagas e doenças de uma sociedade desigual e violenta. Há, no Brasil, uma expressiva produção poética que, no conjunto, poderia ser chamada de “poesia de testemunho”. Embora minoritária (quando comparada ao excesso de poemas em torno da própria subjetividade e de virtuosismos de linguagem), essa poesia de testemunho cumpre um papel de resistência. A leitura de poemas de Alex Polari, Paulo Leminski, Jocenir e Miró da Muribeca se fará, basicamente, à luz da filosofia radical de Theodor Adorno.PALAVRAS-CHAVE: Poesia de testemunho. Trauma. Resistência. Poesia brasileira.
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