A escrita engajada de Pagu contra a opressão de classe social, gênero e raça em Parque Industrial
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Moara (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpa.br/index.php/moara/article/view/11752 |
Resumo: | O presente artigo apresenta um estudo analítico da obra Parque Industrial (1933), da escritora Patrícia Rehder Galvão (1910-1962), popularmente conhecida como Pagu, dialogando com as considerações teórico-críticas sobre engajamento propostas pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre, em Que é a literatura? Pagu faz uma crítica ao intenso processo de industrialização desumanizadora característico das primeiras décadas do século XX no Brasil, especialmente na cidade de São Paulo, evidenciando o abismo entre os privilégios usufruídos pela classe dominante e a miséria vivida pelos trabalhadores. A partir da análise realizada, pode-se dizer que a narrativa de Parque Industrial expõe os dramas vividos pelo proletariado no sistema capitalista, explorado à exaustão. A obra realiza também uma problematização a respeito do feminismo burguês no país, que tendo como principais pautas o sufrágio feminino e o direito das mulheres ao trabalho, mostrava-se alheio à realidade vivenciada pelas proletárias, principalmente em relação ao racismo enfrentado pelas mulheres negras. |
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A escrita engajada de Pagu contra a opressão de classe social, gênero e raça em Parque IndustrialO presente artigo apresenta um estudo analítico da obra Parque Industrial (1933), da escritora Patrícia Rehder Galvão (1910-1962), popularmente conhecida como Pagu, dialogando com as considerações teórico-críticas sobre engajamento propostas pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre, em Que é a literatura? Pagu faz uma crítica ao intenso processo de industrialização desumanizadora característico das primeiras décadas do século XX no Brasil, especialmente na cidade de São Paulo, evidenciando o abismo entre os privilégios usufruídos pela classe dominante e a miséria vivida pelos trabalhadores. A partir da análise realizada, pode-se dizer que a narrativa de Parque Industrial expõe os dramas vividos pelo proletariado no sistema capitalista, explorado à exaustão. A obra realiza também uma problematização a respeito do feminismo burguês no país, que tendo como principais pautas o sufrágio feminino e o direito das mulheres ao trabalho, mostrava-se alheio à realidade vivenciada pelas proletárias, principalmente em relação ao racismo enfrentado pelas mulheres negras.Universidade Federal do ParáMoretti, FrancielieMatias, Felipe dos Santos2021-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/moara/article/view/1175210.18542/moara.v0i59.11752MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944; n. 59 (2021): Descentrar o cânone da memória literária: repensando a obra de Bernardo Kucinski; 203 - 2270104-0944reponame:Moara (Online)instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAporhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/moara/article/view/11752/8142Direitos autorais 2021 MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944info:eu-repo/semantics/openAccess2022-01-04T09:38:58Zoai:ojs.periodicos.ufpa.br:article/11752Revistahttps://periodicos.ufpa.br/index.php/moaraPUBhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/moara/oaiivanian@uol.com.br||moarappgl@gmail.com2358-06580104-0944opendoar:2022-01-04T09:38:58Moara (Online) - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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