PAISAGENS VIVIDAS EM "MENINA QUE VEM DE ITAIARA": TOPOGRAFIA FANTÁSTICA DA MEMÓRIA DE LINDANOR CELINA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marinho, Carla Figueiredo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Sentidos da Cultura
Texto Completo: https://periodicos.uepa.br/index.php/sentidos/article/view/1427
Resumo: Lindanor Celina (1917-2001), escritora paraense, em seu romance "Menina que vem de Itaiara" (1963), convida o leitor logo nas primeiras linhas, a percorrer as ruas da fictícia Itaiara/Bragança na companhia de Irene, que durante pequenas pausas apresenta seus moradores e sua vida cotidiana. Seu texto é carregado de reflexões acerca de alguns elementos da construção discursiva sobre a sociedade bragantina. A leitura sócio antropológica realizada me permitiu perceber uma multiplicidade de temáticas que emergiram ao longo da leitura do enredo, pude perceber a necessidade de ampliar o olhar, buscando compreender a proposta da escritora em sua trilogia, a qual está ligada não somente pela trajetória da protagonista Irene, mas, me atrevo a dizer, que o lugar - Itaiara - ganha destaque, uma vez que as lembranças atreladas à cidade estão sempre presentes. Pensar esta ‘comunidade amazônica’ - Itaiara/Bragança - ainda que tenha se mostrado um exercício aprazível, tem me feito refletir a riqueza presente na narrativa de Lindanor Celina. Narrativa carregada de peculiaridades de uma Bragança atemporal, cujos fragmentos de memória quando ancorados são enriquecidos por seu estilo de escrita, o qual permite ao leitor, e aqui me incluo, a percorrer as ruas de Itaiara, e neste percorrer conhecer seus personagens e as tramas da vida cotidiana.
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