As questões socioambientais da/na Amazônia: materialidades no vídeo “a mensagem do xamã” – uma leitura decolonial
| Autor(a) principal: | |
|---|---|
| Data de Publicação: | 2022 |
| Outros Autores: | , , |
| Tipo de documento: | Artigo |
| Idioma: | por |
| Título da fonte: | Amazônia (Universidade Federal do Pará. Online) |
| Texto Completo: | https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/13011 |
Resumo: | Estamos vivenciando uma crise socioambiental, com toda a sorte de eventos, decorrentes de intervenções humanas, cujos impactos e desdobramentos, progressivos e acentuados, incidem sobre o campo ambiental e social. As ponderações sobre as questões socioambientais constituem-se processos de formação ambiental. Diversas são as oportunidades de fazê-lo, e enfatizamos aqui o uso de recursos midiáticos. Assim, propomo-nos, a partir da materialidade do vídeo “A mensagem do Xamã”, mediante análise de conteúdo, sob a lente decolonial, fazer emergir a multiplicidade de conteúdos relacionados às questões socioambientais, notadamente da/na Amazônia, importantes ao ensino, trazendo uma voz indígena e suas cosmovisões. A análise do vídeo resultou em três categorias: (1) apropriação, violência e colonização do ser, (2) a “natureza amazônica” colonizada e (3) a mensagem do Xamã como manifesto à decolonialidade do saber. O vídeo movimenta-se entre tecnologia, riquezas e impactos na floresta e no ambiente natural e social, precisamente em virtude do impulso capitalista. Nesse contexto, evidencia-se a apropriação degenerativa da natureza, com desdobramentos para o campo social. Em contextos de ensino e de aprendizagem, o vídeo “A mensagem do Xamã” pode permitir aos alunos realizar ponderações sobre os problemas socioambientais, notadamente na/da Amazônia. O vídeo coloca em evidência aspectos contundentes ao cenário amazônico, em interlocução com manifestações do capitalismo, representando, ao final, crítica à relação do ser humano com a natureza; ao mesmo tempo, constitui-se um convite para pensar um futuro plausível para a humanidade, tendo como fundamento a outridade da natureza. |
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As questões socioambientais da/na Amazônia: materialidades no vídeo “a mensagem do xamã” – uma leitura decolonialThe socio-environmental issues of/in the amazon: materialities in the video "the shaman's message" - a decolonial readingquestões socioambientais; Amazônia; (de)colonialidade; voz indígenasocioenvironmental issues; amazona; (de)coloniality; indigenous voiceEstamos vivenciando uma crise socioambiental, com toda a sorte de eventos, decorrentes de intervenções humanas, cujos impactos e desdobramentos, progressivos e acentuados, incidem sobre o campo ambiental e social. As ponderações sobre as questões socioambientais constituem-se processos de formação ambiental. Diversas são as oportunidades de fazê-lo, e enfatizamos aqui o uso de recursos midiáticos. Assim, propomo-nos, a partir da materialidade do vídeo “A mensagem do Xamã”, mediante análise de conteúdo, sob a lente decolonial, fazer emergir a multiplicidade de conteúdos relacionados às questões socioambientais, notadamente da/na Amazônia, importantes ao ensino, trazendo uma voz indígena e suas cosmovisões. A análise do vídeo resultou em três categorias: (1) apropriação, violência e colonização do ser, (2) a “natureza amazônica” colonizada e (3) a mensagem do Xamã como manifesto à decolonialidade do saber. O vídeo movimenta-se entre tecnologia, riquezas e impactos na floresta e no ambiente natural e social, precisamente em virtude do impulso capitalista. Nesse contexto, evidencia-se a apropriação degenerativa da natureza, com desdobramentos para o campo social. Em contextos de ensino e de aprendizagem, o vídeo “A mensagem do Xamã” pode permitir aos alunos realizar ponderações sobre os problemas socioambientais, notadamente na/da Amazônia. O vídeo coloca em evidência aspectos contundentes ao cenário amazônico, em interlocução com manifestações do capitalismo, representando, ao final, crítica à relação do ser humano com a natureza; ao mesmo tempo, constitui-se um convite para pensar um futuro plausível para a humanidade, tendo como fundamento a outridade da natureza.We are experiencing a socio-environmental crisis, with all sorts of events, resulting from human interventions, whose progressive and accentuated impacts affect the environmental and social fields. The considerations on socio-environmental issues constitute an environmental education process. There are several opportunities to do it, and we emphasize here the use of media resources. Thus, we propose, from the materiality of the video "The Shaman's message", through content analysis, under the decolonial lens, to bring out the diversity of contents related to socio-environmental issues, notably from/in the Amazon, necessary for education, bringing an indigenous voice and their cosmovisions. The video analysis resulted in three categories: (1) appropriation, violence, and colonization, (2) colonized "Amazonian nature" and (3) the Shaman's message as a manifesto to decoloniality of knowledge. The video moved between technology, riches, and impacts on the forest and the natural and social environment, precisely due to the capitalist impulse. In this context, the degenerative appropriation of nature is evident, with consequences for the social field. In teaching and learning contexts, the video "The Shaman's message" can allow students to reflect on socio-environmental problems, notably from/in the Amazon. The video highlights relevant aspects of the Amazon scenario in dialogue with manifestations of capitalism, representing, in the end, criticism of the relationship between human beings and nature; at the same time, it constitutes an invitation to think about a plausible future for humanity, based on the otherness of nature.Universidade Federal do ParáSarmanho, Yasmim Nazaré MouraFreitas, Nadia Magalhães da SilvaSiqueira, Ivone dos SantosFreitas, Nívia Magalhães da Silva2022-12-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/1301110.18542/amazrecm.v18i41.13011Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas; v. 18, n. 41 (2022): Ahead of print; 77-96Amazônia - Journal of Science and Mathematics Education; v. 18, n. 41 (2022): Ahead of print; 77-962317-51251980-5128reponame:Amazônia (Universidade Federal do Pará. 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Sarmanho, Yasmim Nazaré Moura Freitas, Nadia Magalhães da Silva Siqueira, Ivone dos Santos Freitas, Nívia Magalhães da Silva |
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questões socioambientais; Amazônia; (de)colonialidade; voz indígena socioenvironmental issues; amazona; (de)coloniality; indigenous voice |
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Estamos vivenciando uma crise socioambiental, com toda a sorte de eventos, decorrentes de intervenções humanas, cujos impactos e desdobramentos, progressivos e acentuados, incidem sobre o campo ambiental e social. As ponderações sobre as questões socioambientais constituem-se processos de formação ambiental. Diversas são as oportunidades de fazê-lo, e enfatizamos aqui o uso de recursos midiáticos. Assim, propomo-nos, a partir da materialidade do vídeo “A mensagem do Xamã”, mediante análise de conteúdo, sob a lente decolonial, fazer emergir a multiplicidade de conteúdos relacionados às questões socioambientais, notadamente da/na Amazônia, importantes ao ensino, trazendo uma voz indígena e suas cosmovisões. A análise do vídeo resultou em três categorias: (1) apropriação, violência e colonização do ser, (2) a “natureza amazônica” colonizada e (3) a mensagem do Xamã como manifesto à decolonialidade do saber. O vídeo movimenta-se entre tecnologia, riquezas e impactos na floresta e no ambiente natural e social, precisamente em virtude do impulso capitalista. Nesse contexto, evidencia-se a apropriação degenerativa da natureza, com desdobramentos para o campo social. Em contextos de ensino e de aprendizagem, o vídeo “A mensagem do Xamã” pode permitir aos alunos realizar ponderações sobre os problemas socioambientais, notadamente na/da Amazônia. O vídeo coloca em evidência aspectos contundentes ao cenário amazônico, em interlocução com manifestações do capitalismo, representando, ao final, crítica à relação do ser humano com a natureza; ao mesmo tempo, constitui-se um convite para pensar um futuro plausível para a humanidade, tendo como fundamento a outridade da natureza. |
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