Avaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste paraense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDRADE, Paulo Douglas de Oliveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9130
Resumo: Na presente pesquisa foi realizada uma descrição da evolução temporal da exposição ao mercúrio (Hg) em duas comunidades ribeirinhas localizadas na bacia do rio Tapajós, Amazônia brasileira. Tais comunidades são expostas a este metal através do consumo do peixe contaminado pelo metilmercúrio presente no rio, processo que ocorre em virtude principalmente do intemperismo do solo da região (que é naturalmente rico em Hg) e da atividade garimpeira que utiliza o mercúrio para isolar o ouro. A análise utilizou um banco de dados que continha os valores dosimétricos de mercúrio a partir de amostras de cabelo de ribeirinhos do Tapajós. A coleta foi realizada por um período de 17 anos (1998 a 2014) e totalizou 1.502 (uma mil, quinhentas e duas) amostras, que foram separadas em quatro grupos: masculino adulto, feminino adulto, masculino criança e feminino criança. Nossos resultados apontam para um grupo com maior risco de exposição: os adultos do sexo masculino. Ao longo de todos os anos do estudo, este foi o grupo que apresentou maior média dos níveis de Hg (14,41 μg/g ± 10 μg/g). Por outro lado, todos os grupos apresentam uma tendência a queda destes níveis, sendo que os homens demoraram mais tempo para iniciar esse processo de redução das taxas. Seus níveis baixaram de 16,61 μg/g em 2007 para 11,23 μg/g em 2013. Já o grupo das mulheres reduziu de 13,92 μg/g em 2004 para 7,04 μg/g em 2013. As crianças apresentaram redução mais significativa, sendo que as meninas foram de 15,42 μg/g em 2001 para 3,83 μg/g em 2014, e os meninos de 12,96 μg/g para 5,95 μg/g nos mesmos anos. A situação problemática envolvendo o grupo masculino adulto pode indicar uma rotina de vida mais tradicional (regrada em uma elevada ingestão desse pescado), um menor contato com os profissionais e pesquisadores que instruem a população quanto aos riscos de intoxicação, e um menor acesso aos alimentos diversos, tais como carne vermelha, frutas, etc. Neste sentido, torna-se evidente a necessidade de uma maior conscientização desse grupo em específico, devendo-se potencializar as políticas públicas de ação em saúde voltadas pontualmente aos homens da região.
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spelling 2017-10-02T17:44:18Z2017-10-02T17:44:18Z2015-11-27ANDRADE, Paulo Douglas de Oliveira. Avaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste Paraense. 2015. 99 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9130Na presente pesquisa foi realizada uma descrição da evolução temporal da exposição ao mercúrio (Hg) em duas comunidades ribeirinhas localizadas na bacia do rio Tapajós, Amazônia brasileira. Tais comunidades são expostas a este metal através do consumo do peixe contaminado pelo metilmercúrio presente no rio, processo que ocorre em virtude principalmente do intemperismo do solo da região (que é naturalmente rico em Hg) e da atividade garimpeira que utiliza o mercúrio para isolar o ouro. A análise utilizou um banco de dados que continha os valores dosimétricos de mercúrio a partir de amostras de cabelo de ribeirinhos do Tapajós. A coleta foi realizada por um período de 17 anos (1998 a 2014) e totalizou 1.502 (uma mil, quinhentas e duas) amostras, que foram separadas em quatro grupos: masculino adulto, feminino adulto, masculino criança e feminino criança. Nossos resultados apontam para um grupo com maior risco de exposição: os adultos do sexo masculino. Ao longo de todos os anos do estudo, este foi o grupo que apresentou maior média dos níveis de Hg (14,41 μg/g ± 10 μg/g). Por outro lado, todos os grupos apresentam uma tendência a queda destes níveis, sendo que os homens demoraram mais tempo para iniciar esse processo de redução das taxas. Seus níveis baixaram de 16,61 μg/g em 2007 para 11,23 μg/g em 2013. Já o grupo das mulheres reduziu de 13,92 μg/g em 2004 para 7,04 μg/g em 2013. As crianças apresentaram redução mais significativa, sendo que as meninas foram de 15,42 μg/g em 2001 para 3,83 μg/g em 2014, e os meninos de 12,96 μg/g para 5,95 μg/g nos mesmos anos. A situação problemática envolvendo o grupo masculino adulto pode indicar uma rotina de vida mais tradicional (regrada em uma elevada ingestão desse pescado), um menor contato com os profissionais e pesquisadores que instruem a população quanto aos riscos de intoxicação, e um menor acesso aos alimentos diversos, tais como carne vermelha, frutas, etc. Neste sentido, torna-se evidente a necessidade de uma maior conscientização desse grupo em específico, devendo-se potencializar as políticas públicas de ação em saúde voltadas pontualmente aos homens da região.In the present study we described mercury (Hg) exposure evolution in two riverside communities of Tapajos River Basin, Brazilian Amazon. These communities are exposed to this metal by the consumption of fishes that they fishing from the contaminated river. The contamination is due to a process that occurs mainly due to the weathering of soil in the area (which is naturally rich in Hg) and gold mining, that uses mercury to isolate the gold. The analysis used a dosimetric database containing values of mercury, wich was generated from hair samples of the riversides from Tapajos. The data collection was conducted for 17 years (1998-2014) and totaled 1.502 (one thousand, five hundred two) samples, which were divided into four groups: adult male, adult female, male child and female child. The results reveled the group with the highest risk of exposure: the adults males. After all the years of study, the adult male group was the group with the highest average Hg levels (14,41 μg/g ± 10 μg/g). On the other hand, all groups showed a trendy to decrease these levels, with the men took more time to start this process of reduction rates. Their levels dropped from 16,61 μg/g in 2007 to 11,23 μg/g in 2013. Women's group reduced from 13,92 μg/g in 2004 to 7,04 μg/g in 2013. Children had more significant reduction, wherein the girls dropped from 15.42 μg/g in 2001 to 3.83 μg/g in 2014, and the boys from 12.96 μg/g to 5.95 μg/g in the same years. The problematic situation involving the adult male group may indicate a more traditional lifestyle (based on a high fish consumption), less contact with professionals and researchers who instruct the population about the risks of poisoning, and more restrict nutrition, without red meat, tropical fruits, etc. In this sense, it is evident the need for greater awareness of this group in particular (adults males), and must the public health policies aimed specifically, must be enhanced in the region.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Doenças TropicaisUFPABrasilNúcleo de Medicina TropicalCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA::TOXICOLOGIACNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAToxicologiaSaúde públicaMercúrioEvolução temporalGrupo de riscoItaituba - PAPará - EstadoAvaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste paraenseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSOUZA, Givago da Silvahttp://lattes.cnpq.br/5705421011644718http://lattes.cnpq.br/9125703576537604ANDRADE, Paulo Douglas de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALDissertacao_AvaliacaoTemporalExposicao.pdfDissertacao_AvaliacaoTemporalExposicao.pdfapplication/pdf2854844http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9130/1/Dissertacao_AvaliacaoTemporalExposicao.pdf17cddb391a1c3f2472a19fe373dfbf9bMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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