Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698 |
Resumo: | Durante o Eoceno-Oligoceno, formaram-se na Amazônia extensas coberturas lateríticas. Nesse contexto, sequências sedimentares das Bacias do Parnaíba e do Amazonas foram lateritizadas e geraram quatro depósitos de bauxita de classe mundial: Juruti, Trombetas, Paragominas e Rondon do Pará. Este último é a nova fronteira de exploração de bauxita da Amazônia e nela foi desenvolvida a lavra-piloto Décio, que expõe um perfil laterito-bauxítico de 3 m de espessura, o qual se estende lateralmente por vastos platôs com cerca de 350 m de altitude. Este trabalho buscou aprofundar o estudo das bauxitas e suas relações com a paisagem laterítica na região amazônica. Em campo, foram descritos cinco perfis litológicos expostos na lavra-piloto Décio. Em seguida, 42 amostras foram coletadas para análises laboratoriais que envolveram caracterização mineralógica (Difratometria de Raios X); textural (Microscopia Óptica e Eletrônica de Varredura); e química (Espectrometria de Massa e de Emissão Óptica, com Plasma Indutivamente Acoplado). As rochas precursoras mais prováveis são as fácies argilosas da Formação Itapecuru. Estas teriam evoluído para um horizonte argiloso bauxítico e em seguida para bauxita maciça microcristalina e microporosa, de cor vermelha. A bauxita, por sua vez, converge para crosta ferroaluminosa esferolítica, rica em óxi-hidróxido de ferro e parcialmente desmantelada. Este conjunto é recoberto por um horizonte de esferólitos ferroaluminosos e outro bauxítico nodular. Todo o conjunto é capeado por argila inconsolidada amarela a vermelha, equivalente à Argila de Belterra. Os minerais que resistiram ao intemperismo laterítico foram zircão, turmalina, rutilo, cianita e quartzo. Os neoformados foram hematita, goethita, gibbsita, parte da caulinita, além do anatásio. Os constituintes químicos principais são Al2O3, Fe2O3, SiO2 e TiO2, que juntos compõem mais de 99,5 % do perfil. Sua distribuição sugere que a evolução laterítica desenvolvida in situ se deu até a formação do horizonte esferolítico. Os teores de TiO2 são muito mais elevados no horizonte argiloso bauxítico que nos horizontes sobrejacentes, o que não é comum em uma evolução laterítica a partir de um protólito rochoso único e homogêneo. Além disso, Zr e ETR diminuem em direção ao topo do perfil, o que também não seria esperado. Portanto, embora as rochas precursoras de todo o perfil tenham sido sedimentares, havia um contraste composicional entre aquelas que geraram o HAB e as que geraram os demais horizontes. Além disso, o padrão de distribuição dos elementos-traço demonstra que mesmo partindo de protólitos ligeiramente diferenciados quase todo o perfil seguiu um padrão similar de evolução, com exceção do horizonte bauxítico nodular que se comporta como uma unidade a parte. Estas características diferenciam o perfil laterítico da lavra piloto Décio de outro perfil localizado na já estudada lavra piloto Ciríaco, também localizada em Rondon do Pará, pois este último foi formado a partir de protólito mais homogêneo que o primeiro. |
id |
UFPA_155c5172f8690867d0a770a2fea5a29d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpa.br:2011/14698 |
network_acronym_str |
UFPA |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPA |
repository_id_str |
2123 |
spelling |
2022-09-09T11:48:23Z2022-09-09T11:48:23Z2017-03-24SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos. Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará). Orientador: Marcondes Lima da Costa. 2017. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698Durante o Eoceno-Oligoceno, formaram-se na Amazônia extensas coberturas lateríticas. Nesse contexto, sequências sedimentares das Bacias do Parnaíba e do Amazonas foram lateritizadas e geraram quatro depósitos de bauxita de classe mundial: Juruti, Trombetas, Paragominas e Rondon do Pará. Este último é a nova fronteira de exploração de bauxita da Amazônia e nela foi desenvolvida a lavra-piloto Décio, que expõe um perfil laterito-bauxítico de 3 m de espessura, o qual se estende lateralmente por vastos platôs com cerca de 350 m de altitude. Este trabalho buscou aprofundar o estudo das bauxitas e suas relações com a paisagem laterítica na região amazônica. Em campo, foram descritos cinco perfis litológicos expostos na lavra-piloto Décio. Em seguida, 42 amostras foram coletadas para análises laboratoriais que envolveram caracterização mineralógica (Difratometria de Raios X); textural (Microscopia Óptica e Eletrônica de Varredura); e química (Espectrometria de Massa e de Emissão Óptica, com Plasma Indutivamente Acoplado). As rochas precursoras mais prováveis são as fácies argilosas da Formação Itapecuru. Estas teriam evoluído para um horizonte argiloso bauxítico e em seguida para bauxita maciça microcristalina e microporosa, de cor vermelha. A bauxita, por sua vez, converge para crosta ferroaluminosa esferolítica, rica em óxi-hidróxido de ferro e parcialmente desmantelada. Este conjunto é recoberto por um horizonte de esferólitos ferroaluminosos e outro bauxítico nodular. Todo o conjunto é capeado por argila inconsolidada amarela a vermelha, equivalente à Argila de Belterra. Os minerais que resistiram ao intemperismo laterítico foram zircão, turmalina, rutilo, cianita e quartzo. Os neoformados foram hematita, goethita, gibbsita, parte da caulinita, além do anatásio. Os constituintes químicos principais são Al2O3, Fe2O3, SiO2 e TiO2, que juntos compõem mais de 99,5 % do perfil. Sua distribuição sugere que a evolução laterítica desenvolvida in situ se deu até a formação do horizonte esferolítico. Os teores de TiO2 são muito mais elevados no horizonte argiloso bauxítico que nos horizontes sobrejacentes, o que não é comum em uma evolução laterítica a partir de um protólito rochoso único e homogêneo. Além disso, Zr e ETR diminuem em direção ao topo do perfil, o que também não seria esperado. Portanto, embora as rochas precursoras de todo o perfil tenham sido sedimentares, havia um contraste composicional entre aquelas que geraram o HAB e as que geraram os demais horizontes. Além disso, o padrão de distribuição dos elementos-traço demonstra que mesmo partindo de protólitos ligeiramente diferenciados quase todo o perfil seguiu um padrão similar de evolução, com exceção do horizonte bauxítico nodular que se comporta como uma unidade a parte. Estas características diferenciam o perfil laterítico da lavra piloto Décio de outro perfil localizado na já estudada lavra piloto Ciríaco, também localizada em Rondon do Pará, pois este último foi formado a partir de protólito mais homogêneo que o primeiro.During the Eocene-Oligocene, extensive lateritic coverings were formed in the Amazon. In this context, the sedimentary sequences of the Parnaíba and the Amazon Basins were lateritized and generated four world-class bauxite deposits: Juruti, Trombetas, Paragominas and Rondon do Pará. The latter is the new bauxite exploration frontier of the Amazon and the Décio pilot mine was developed in it, which presents a 3 m thick laterite-bauxite profile, which extends laterally through vast plateaus with about 350 m of altitude. This work sought to deepen the study of bauxite and its relationships with lateritic landscape in the Amazon region. In the field, five lithological profiles were described in the Décio pilot mine. Then, 42 samples were collected for laboratory analysis involving mineralogical characterization (X-ray diffraction); textural (Optical Microscopy and Scanning Electronics); and chemical (Optical Emission Spectrometry and Mass Spectrometry with Inductively Coupled Plasma). The most probable precursor rocks are the clay facies of the Itapecuru Formation. These would have evolved to a bauxitic clay horizon and then to massive microcrystalline and microporous red bauxite. Bauxite, on the other hand, converges to spherolytic iron-rich crust, rich in iron oxide and partially dismantled. This set is covered by a horizon of ferroaluminous spherolites and a nodular bauxite horizon. The whole set is covered by unconsolidated yellow to red clay, equivalent to the Belterra Clay. The minerals that resisted laterite weathering were zircon, tourmaline, rutile, kyanite and quartz. The neoformed were hematite, goethite, gibbsite, part of the kaolinite, besides the anatase. The main chemical constituents are Al2O3, Fe2O3, SiO2 and TiO2, which together make up more than 99.5% of the profile. Its distribution suggests that the lateritic evolution developed in situ occurred until the formation of the spherolithic horizon. The TiO2 content is much higher in the bauxitic clay horizon than in the other overlying horizons, which is not common in a lateritic evolution from a single, homogeneous parent rock. In addition, Zr and ETR decrease towards the top of the profile, which would also not be expected. Therefore, although the precursor rocks of the entire profile were sedimentary, there was a compositional contrast between those that generated the bauxitic clay horizon and those that generated the other horizons. In addition, the pattern distribution of trace elements shows that even starting from slightly differentiated parent rocks, almost the entire profile followed a similar pattern of evolution, with the exception of the nodular bauxite horizon that behaves as separate unit. These characteristics differ the lateritic profile of the Décio and Ciríaco pilot mine, located in the same bauxite region, but formed from more homogeneous parent rocks.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAMINERALOGIA E GEOQUÍMICAGEOQUÍMICA E PETROLOGIABauxita - Rondon do Pará (PA)Intemperismo - Rondon do Pará (PA)Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCOSTA, Marcondes Lima dahttp://lattes.cnpq.br/1639498384851302https://orcid.org/0000-0002-0134-0432http://lattes.cnpq.br/5142966168726186SANTOS, Pabllo Henrique Costa dosORIGINALDissertacao_GeologiaMineralogiaGeoquimica.pdfDissertacao_GeologiaMineralogiaGeoquimica.pdfapplication/pdf7287634http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14698/1/Dissertacao_GeologiaMineralogiaGeoquimica.pdf1fd91b7ce28fa571097db04cad4f9c18MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14698/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14698/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/146982022-09-09 08:49:00.669oai:repositorio.ufpa.br:2011/14698TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232022-09-09T11:49Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
title |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
spellingShingle |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA Bauxita - Rondon do Pará (PA) Intemperismo - Rondon do Pará (PA) MINERALOGIA E GEOQUÍMICA GEOQUÍMICA E PETROLOGIA |
title_short |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
title_full |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
title_fullStr |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
title_full_unstemmed |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
title_sort |
Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará) |
author |
SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos |
author_facet |
SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1ORCID.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0002-0134-0432 |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
COSTA, Marcondes Lima da |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1639498384851302 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5142966168726186 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos |
contributor_str_mv |
COSTA, Marcondes Lima da |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA Bauxita - Rondon do Pará (PA) Intemperismo - Rondon do Pará (PA) MINERALOGIA E GEOQUÍMICA GEOQUÍMICA E PETROLOGIA |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bauxita - Rondon do Pará (PA) Intemperismo - Rondon do Pará (PA) |
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv |
MINERALOGIA E GEOQUÍMICA |
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv |
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA |
description |
Durante o Eoceno-Oligoceno, formaram-se na Amazônia extensas coberturas lateríticas. Nesse contexto, sequências sedimentares das Bacias do Parnaíba e do Amazonas foram lateritizadas e geraram quatro depósitos de bauxita de classe mundial: Juruti, Trombetas, Paragominas e Rondon do Pará. Este último é a nova fronteira de exploração de bauxita da Amazônia e nela foi desenvolvida a lavra-piloto Décio, que expõe um perfil laterito-bauxítico de 3 m de espessura, o qual se estende lateralmente por vastos platôs com cerca de 350 m de altitude. Este trabalho buscou aprofundar o estudo das bauxitas e suas relações com a paisagem laterítica na região amazônica. Em campo, foram descritos cinco perfis litológicos expostos na lavra-piloto Décio. Em seguida, 42 amostras foram coletadas para análises laboratoriais que envolveram caracterização mineralógica (Difratometria de Raios X); textural (Microscopia Óptica e Eletrônica de Varredura); e química (Espectrometria de Massa e de Emissão Óptica, com Plasma Indutivamente Acoplado). As rochas precursoras mais prováveis são as fácies argilosas da Formação Itapecuru. Estas teriam evoluído para um horizonte argiloso bauxítico e em seguida para bauxita maciça microcristalina e microporosa, de cor vermelha. A bauxita, por sua vez, converge para crosta ferroaluminosa esferolítica, rica em óxi-hidróxido de ferro e parcialmente desmantelada. Este conjunto é recoberto por um horizonte de esferólitos ferroaluminosos e outro bauxítico nodular. Todo o conjunto é capeado por argila inconsolidada amarela a vermelha, equivalente à Argila de Belterra. Os minerais que resistiram ao intemperismo laterítico foram zircão, turmalina, rutilo, cianita e quartzo. Os neoformados foram hematita, goethita, gibbsita, parte da caulinita, além do anatásio. Os constituintes químicos principais são Al2O3, Fe2O3, SiO2 e TiO2, que juntos compõem mais de 99,5 % do perfil. Sua distribuição sugere que a evolução laterítica desenvolvida in situ se deu até a formação do horizonte esferolítico. Os teores de TiO2 são muito mais elevados no horizonte argiloso bauxítico que nos horizontes sobrejacentes, o que não é comum em uma evolução laterítica a partir de um protólito rochoso único e homogêneo. Além disso, Zr e ETR diminuem em direção ao topo do perfil, o que também não seria esperado. Portanto, embora as rochas precursoras de todo o perfil tenham sido sedimentares, havia um contraste composicional entre aquelas que geraram o HAB e as que geraram os demais horizontes. Além disso, o padrão de distribuição dos elementos-traço demonstra que mesmo partindo de protólitos ligeiramente diferenciados quase todo o perfil seguiu um padrão similar de evolução, com exceção do horizonte bauxítico nodular que se comporta como uma unidade a parte. Estas características diferenciam o perfil laterítico da lavra piloto Décio de outro perfil localizado na já estudada lavra piloto Ciríaco, também localizada em Rondon do Pará, pois este último foi formado a partir de protólito mais homogêneo que o primeiro. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-03-24 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-09-09T11:48:23Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-09-09T11:48:23Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos. Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará). Orientador: Marcondes Lima da Costa. 2017. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698. Acesso em:. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698 |
identifier_str_mv |
SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos. Geologia, mineralogia e geoquímica do perfil lateritobauxítico da lavra piloto Décio (Rondon do Pará). Orientador: Marcondes Lima da Costa. 2017. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698. Acesso em:. |
url |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14698 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Pará |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Geociências |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Pará |
dc.source.pt_BR.fl_str_mv |
1 CD-ROM |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPA instname:Universidade Federal do Pará (UFPA) instacron:UFPA |
instname_str |
Universidade Federal do Pará (UFPA) |
instacron_str |
UFPA |
institution |
UFPA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPA |
collection |
Repositório Institucional da UFPA |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14698/1/Dissertacao_GeologiaMineralogiaGeoquimica.pdf http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14698/2/license_rdf http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14698/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1fd91b7ce28fa571097db04cad4f9c18 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 2b55adef5313c442051bad36d3312b2b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
riufpabc@ufpa.br |
_version_ |
1801771924077936640 |