Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MIRANDA, Camille Cardoso
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834
Resumo: Este trabalho objetiva descrever os padrões do fenômeno de nasalização em línguas indígenas da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí. Foram analisadas 27 línguas que compõem esta família: Mbyá, Kaiowá, Guaraní-Paraguaio, Guaraní-Antigo, Nhandewa, Tapieté (Ramo I); Sirionó (Ramo II); Nheengatú, Tupinambá (Ramo III), Tembé, Parakanã, Suruí-Tocantins, Avá-Canoeiro, Tapirapé (Ramo IV); Anambé, Araweté, Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká, Tenharím, Uru-Eu-Uau-Uau (Ramo VI), Kamayurá (Ramo VII), Guajá, Ka'apor, Zo'e, Emerillon e Wayampi, (Ramo VIII). Para averiguação do processo de nasalidade em línguas Tupí-Guaraní utilizamos como pressuposto teórico principal a abordagem tipológica de Walker (1998) para verificar e compreender, a partir de uma hierarquia tipológica de harmonia nasal, segmentos que podem se comportar tanto como gatilhos ou alvos do espalhamento nasal. O estudo também utiliza as considerações de Ohala (1981, 1993) e Cohn (1990, 1993) para examinar o processo de nasalização como efeito fonético e não fonológico. Em relação aos segmentos que são gatilhos, ou seja, aqueles iniciam o processo de nasalidade, foram vistos que consoante nasal (N) e vogal nasal (Ṽ) são fontes de nasalidade predominantes em quase todas as línguas. Contudo, em Suruí-Tocantins, Parakanã, Tembé e Apiaká (Ramo IV e VI), apenas foi verificada nasalidade sendo desencadeada por N, já em Sirionó (Ramo II) e Tapirapé (Ramo IV) a nasalidade é condicionada apenas por Ṽ. Para os segmentos alvos, as línguas foram classificadas em quatro tipos diferentes, conforme a escala implicacional de harmonia nasal de Walker. A língua Sirionó (Ramo II), e as línguas dos Ramos IV e VI tendem a ter vogais sendo predominantemente nasalizadas (tipo 1), enquanto Tupinambá, Nheengatú, Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu, Ka'apor and Zo'e (Ramos III, IV e VIII) têm vogais + glides sofrendo a nasalização (tipo 2). A língua Kamayurá pertencente ao Ramo VII exibe vogais + glides + líquidas sendo afetadas pelo processo de nasalidade; o mesmo ocorre com a língua Guajá (Ramo VIII). As línguas do Ramo I (com exceção de Tapieté), Wayampi e Emerillon (Ramo VIII) exibem o tipo (5), em que todos os segmentos são afetados pela harmonia nasal. O estudo também examinou segmentos que são bloqueadores do processo de nasalidade. As línguas que apresentam segmentos bloqueadores (especialmente as obstruintes surdas) são: Tapieté (Ramo I); Tupinambá, Nheengatú (Ramo III); Avá-Canoeiro (Ramo IV); Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká (Ramo VI); Kamayurá (Ramo VII); Guajá, Ka'apor e Zo'e (Ramo VIII). Já as outras línguas apresentam obstruintes surdas sendo transparentes ao processo de nasalidade. A direcionalidade do espalhamento é predominantemente regressiva, embora possa ter também o espalhamento progressivo ou bidirecional, esses dois últimos são bastante frequentes em processos morfofonológicos. O domínio da nasalidade é dois tipos: Local, quando é N e a palavra quando é Ṽ. Em suma, o trabalhou compreende-se em diversas etapas que auxiliaram na averiguação do fenômeno de nasalização nas línguas Tupí-Guaraní. A abordagem apresentada neste estudo é tipológica, uma vez que utiliza de métodos translinguísticos para verificar, entre as línguas investigadas, padrões semelhantes e diferentes relacionados ao tema em questão. Assim, a pesquisa realizada nessa dissertação buscou ampliar cada vez mais informações importantes sobre o processo de nasalização nessas línguas. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para análises futuras referentes à tipologia fonológica em línguas indígenas brasileiras.
id UFPA_23a82fe4520c1e9dc9881774639709ce
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/9834
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2018-05-11T16:59:41Z2018-04-262018-05-11T16:59:41Z2018-04-26MIRANDA, Camille Cardoso. Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupí-Guaraní (Tronco Tupi). 2018. 182 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2018. Programa de Pós-Graduação em Letras. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834>. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834Este trabalho objetiva descrever os padrões do fenômeno de nasalização em línguas indígenas da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí. Foram analisadas 27 línguas que compõem esta família: Mbyá, Kaiowá, Guaraní-Paraguaio, Guaraní-Antigo, Nhandewa, Tapieté (Ramo I); Sirionó (Ramo II); Nheengatú, Tupinambá (Ramo III), Tembé, Parakanã, Suruí-Tocantins, Avá-Canoeiro, Tapirapé (Ramo IV); Anambé, Araweté, Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká, Tenharím, Uru-Eu-Uau-Uau (Ramo VI), Kamayurá (Ramo VII), Guajá, Ka'apor, Zo'e, Emerillon e Wayampi, (Ramo VIII). Para averiguação do processo de nasalidade em línguas Tupí-Guaraní utilizamos como pressuposto teórico principal a abordagem tipológica de Walker (1998) para verificar e compreender, a partir de uma hierarquia tipológica de harmonia nasal, segmentos que podem se comportar tanto como gatilhos ou alvos do espalhamento nasal. O estudo também utiliza as considerações de Ohala (1981, 1993) e Cohn (1990, 1993) para examinar o processo de nasalização como efeito fonético e não fonológico. Em relação aos segmentos que são gatilhos, ou seja, aqueles iniciam o processo de nasalidade, foram vistos que consoante nasal (N) e vogal nasal (Ṽ) são fontes de nasalidade predominantes em quase todas as línguas. Contudo, em Suruí-Tocantins, Parakanã, Tembé e Apiaká (Ramo IV e VI), apenas foi verificada nasalidade sendo desencadeada por N, já em Sirionó (Ramo II) e Tapirapé (Ramo IV) a nasalidade é condicionada apenas por Ṽ. Para os segmentos alvos, as línguas foram classificadas em quatro tipos diferentes, conforme a escala implicacional de harmonia nasal de Walker. A língua Sirionó (Ramo II), e as línguas dos Ramos IV e VI tendem a ter vogais sendo predominantemente nasalizadas (tipo 1), enquanto Tupinambá, Nheengatú, Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu, Ka'apor and Zo'e (Ramos III, IV e VIII) têm vogais + glides sofrendo a nasalização (tipo 2). A língua Kamayurá pertencente ao Ramo VII exibe vogais + glides + líquidas sendo afetadas pelo processo de nasalidade; o mesmo ocorre com a língua Guajá (Ramo VIII). As línguas do Ramo I (com exceção de Tapieté), Wayampi e Emerillon (Ramo VIII) exibem o tipo (5), em que todos os segmentos são afetados pela harmonia nasal. O estudo também examinou segmentos que são bloqueadores do processo de nasalidade. As línguas que apresentam segmentos bloqueadores (especialmente as obstruintes surdas) são: Tapieté (Ramo I); Tupinambá, Nheengatú (Ramo III); Avá-Canoeiro (Ramo IV); Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká (Ramo VI); Kamayurá (Ramo VII); Guajá, Ka'apor e Zo'e (Ramo VIII). Já as outras línguas apresentam obstruintes surdas sendo transparentes ao processo de nasalidade. A direcionalidade do espalhamento é predominantemente regressiva, embora possa ter também o espalhamento progressivo ou bidirecional, esses dois últimos são bastante frequentes em processos morfofonológicos. O domínio da nasalidade é dois tipos: Local, quando é N e a palavra quando é Ṽ. Em suma, o trabalhou compreende-se em diversas etapas que auxiliaram na averiguação do fenômeno de nasalização nas línguas Tupí-Guaraní. A abordagem apresentada neste estudo é tipológica, uma vez que utiliza de métodos translinguísticos para verificar, entre as línguas investigadas, padrões semelhantes e diferentes relacionados ao tema em questão. Assim, a pesquisa realizada nessa dissertação buscou ampliar cada vez mais informações importantes sobre o processo de nasalização nessas línguas. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para análises futuras referentes à tipologia fonológica em línguas indígenas brasileiras.This work aims to describe the patterns of nasalization phenomena in indigenous languages of Tupí-Guaraní subgroup of the Tupian family: Mbyá, Kaiowá, Paraguayan Guaraní, Old-Guaraní, Nhandewa, Tapieté (Branch I); Sirionó (Branch II); Nheengatú, Tupinambá (Branch III), Tembé, Parakanã, Suruí-Tocantins, Avá-Canoeiro, Tapirapé (Branch IV); Anambé, Araweté, Asuriní of the Xingu (Branch V); Kayabi, Apiaká, Tenharím, Uru-Eu-Uau-Uau (Branch VI), Kamayurá (Branch VII) and Guajá, Ka'apor, Zo'e, Wayampi and Emerillon (Branch VIII). To investigate the nasalization processes in Tupí-Guaraní languages, we adopt the typological approach by Walker (1998) to verify and comprehend, from the typological hierarchy of nasal harmony, segments that can be triggers and targets of nasal spreading. The study also uses the considerations of Ohala (1981, 1993) and Cohn (1990, 1993) to examine nasalization processes as a phonetic effect and not as a phonological process. With regard to the segments that are the triggers, i.e, those that begin the nasalization process, we see that nasal consonants (N) and nasal vowels (Ṽ) are the sources of nasality predominant in almost all languages. However, in Suruí-Tocantins, Parakanã, Tembé, and Apiaká (Branch IV and VI), only nasalization triggered for N was found. In Sirionó (Branch II) and Tapirapé (Branch IV), the nasalization is triggered only by Ṽ. For the targets segments, the languages were classified into four different types according to the implicational scale of walker’s nasal harmony. The language Sirionó (Branch II), and the languages of the branches IV and VI tend to have vowels being predominantly nasalized (Type 1), while the languages Tupinambá, Nheengatú, Anambé, Araweté, Asuriní of the Xingu, Ka'apor and Zo'e (branches III, V and VIII) have vowels + glides undergo nasalization (Type 2). The Kamayurá language belonging to branch VII has vowels + glides + liquids being affected by the nasalization process, and the same occurs with the Guajá language (Branch VIII). The languages of Branch I (with exception of Tapieté), Wayampi and Emerillon (Branch VIII) exhibit the type 5, in which all the segments are affects by nasal harmony. The study also examined segments that are blockers of the nasalization process. The languages that present blocker segments (especially the voiceless obstruents) are: Tapieté (Branch I), Tupinambá, Nheengatú (Branch III), Avá-Canoeiro (Branch IV), Anambé, Araweté, Asuriní of the Xingu (Branch V), Kayabi, Apiaká (Branch VI), Kamayurá (Branch VII), Guajá, Ka'apor and Zo'e (Branch VIII). Already the other languages present voiceless obstruents being transparent to the nasalization process. The directionality of spreading is predominantly regressive, although it may have also progressive or bidirectional spreading; these two last are quite often in morphological process. The domain of nasalization is two types: local, when is N and the word when is Ṽ. In summary, the work follows several steps that help in the investigation of nasalization phenomena in the Tupí-Guaraní languages. The approach in this study is typological since it uses crosslinguistic methods to check, among the languages investigated, similarities and differences in patterns related to the subject in question. Thus, the research carried out in this dissertation seeks to provide important information about nasalization processes in these languages. We expect that this research may promote future analyses regarding the phonological typology of the indigenous languages of Brazil.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFPABrasilInstituto de Letras e Comunicação1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADAANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAISESTUDOS LINGUÍSTICOSLíngua tupí-guarani - FonéticaTipologia fonológicaNasalizaçãoEstudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPICANÇO, Gessiane Lobatohttp://lattes.cnpq.br/8504849027565119http://lattes.cnpq.br/2963843028051548MIRANDA, Camille Cardosoinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdfDissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdfapplication/pdf2892333http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/1/Dissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdfdce1d7aec393ad20d8fcb6fa4d4058dbMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/5/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD55TEXTDissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdf.txtDissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdf.txtExtracted texttext/plain396240http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/6/Dissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdf.txtc5128a3703fb7902d67546ed17f10be7MD562011/98342018-05-15 14:51:32.333oai:repositorio.ufpa.br:2011/9834TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232018-05-15T17:51:32Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
title Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
spellingShingle Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
MIRANDA, Camille Cardoso
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
Língua tupí-guarani - Fonética
Tipologia fonológica
Nasalização
ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
ESTUDOS LINGUÍSTICOS
title_short Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
title_full Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
title_fullStr Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
title_full_unstemmed Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
title_sort Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupi-Guaraní (Tronco Tupi)
author MIRANDA, Camille Cardoso
author_facet MIRANDA, Camille Cardoso
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv PICANÇO, Gessiane Lobato
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8504849027565119
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2963843028051548
dc.contributor.author.fl_str_mv MIRANDA, Camille Cardoso
contributor_str_mv PICANÇO, Gessiane Lobato
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
Língua tupí-guarani - Fonética
Tipologia fonológica
Nasalização
ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
ESTUDOS LINGUÍSTICOS
dc.subject.por.fl_str_mv Língua tupí-guarani - Fonética
Tipologia fonológica
Nasalização
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv ESTUDOS LINGUÍSTICOS
description Este trabalho objetiva descrever os padrões do fenômeno de nasalização em línguas indígenas da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí. Foram analisadas 27 línguas que compõem esta família: Mbyá, Kaiowá, Guaraní-Paraguaio, Guaraní-Antigo, Nhandewa, Tapieté (Ramo I); Sirionó (Ramo II); Nheengatú, Tupinambá (Ramo III), Tembé, Parakanã, Suruí-Tocantins, Avá-Canoeiro, Tapirapé (Ramo IV); Anambé, Araweté, Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká, Tenharím, Uru-Eu-Uau-Uau (Ramo VI), Kamayurá (Ramo VII), Guajá, Ka'apor, Zo'e, Emerillon e Wayampi, (Ramo VIII). Para averiguação do processo de nasalidade em línguas Tupí-Guaraní utilizamos como pressuposto teórico principal a abordagem tipológica de Walker (1998) para verificar e compreender, a partir de uma hierarquia tipológica de harmonia nasal, segmentos que podem se comportar tanto como gatilhos ou alvos do espalhamento nasal. O estudo também utiliza as considerações de Ohala (1981, 1993) e Cohn (1990, 1993) para examinar o processo de nasalização como efeito fonético e não fonológico. Em relação aos segmentos que são gatilhos, ou seja, aqueles iniciam o processo de nasalidade, foram vistos que consoante nasal (N) e vogal nasal (Ṽ) são fontes de nasalidade predominantes em quase todas as línguas. Contudo, em Suruí-Tocantins, Parakanã, Tembé e Apiaká (Ramo IV e VI), apenas foi verificada nasalidade sendo desencadeada por N, já em Sirionó (Ramo II) e Tapirapé (Ramo IV) a nasalidade é condicionada apenas por Ṽ. Para os segmentos alvos, as línguas foram classificadas em quatro tipos diferentes, conforme a escala implicacional de harmonia nasal de Walker. A língua Sirionó (Ramo II), e as línguas dos Ramos IV e VI tendem a ter vogais sendo predominantemente nasalizadas (tipo 1), enquanto Tupinambá, Nheengatú, Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu, Ka'apor and Zo'e (Ramos III, IV e VIII) têm vogais + glides sofrendo a nasalização (tipo 2). A língua Kamayurá pertencente ao Ramo VII exibe vogais + glides + líquidas sendo afetadas pelo processo de nasalidade; o mesmo ocorre com a língua Guajá (Ramo VIII). As línguas do Ramo I (com exceção de Tapieté), Wayampi e Emerillon (Ramo VIII) exibem o tipo (5), em que todos os segmentos são afetados pela harmonia nasal. O estudo também examinou segmentos que são bloqueadores do processo de nasalidade. As línguas que apresentam segmentos bloqueadores (especialmente as obstruintes surdas) são: Tapieté (Ramo I); Tupinambá, Nheengatú (Ramo III); Avá-Canoeiro (Ramo IV); Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká (Ramo VI); Kamayurá (Ramo VII); Guajá, Ka'apor e Zo'e (Ramo VIII). Já as outras línguas apresentam obstruintes surdas sendo transparentes ao processo de nasalidade. A direcionalidade do espalhamento é predominantemente regressiva, embora possa ter também o espalhamento progressivo ou bidirecional, esses dois últimos são bastante frequentes em processos morfofonológicos. O domínio da nasalidade é dois tipos: Local, quando é N e a palavra quando é Ṽ. Em suma, o trabalhou compreende-se em diversas etapas que auxiliaram na averiguação do fenômeno de nasalização nas línguas Tupí-Guaraní. A abordagem apresentada neste estudo é tipológica, uma vez que utiliza de métodos translinguísticos para verificar, entre as línguas investigadas, padrões semelhantes e diferentes relacionados ao tema em questão. Assim, a pesquisa realizada nessa dissertação buscou ampliar cada vez mais informações importantes sobre o processo de nasalização nessas línguas. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para análises futuras referentes à tipologia fonológica em línguas indígenas brasileiras.
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-05-11T16:59:41Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-04-26
2018-05-11T16:59:41Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-04-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MIRANDA, Camille Cardoso. Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupí-Guaraní (Tronco Tupi). 2018. 182 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2018. Programa de Pós-Graduação em Letras. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834>. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834
identifier_str_mv MIRANDA, Camille Cardoso. Estudo comparativo do fenômeno de nasalização em línguas da família Tupí-Guaraní (Tronco Tupi). 2018. 182 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2018. Programa de Pós-Graduação em Letras. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834>. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Letras e Comunicação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/1/Dissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9834/6/Dissertacao_EstudoComparativoFenomeno.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv dce1d7aec393ad20d8fcb6fa4d4058db
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
9d4d300cff78e8f375d89aab37134138
c5128a3703fb7902d67546ed17f10be7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771988536000512