Dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos em área hiperendêmica na Região Norte do Brasil
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Data de Publicação: | 2014 |
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Resumo: | Hanseníase, doença infecciosa, potencialmente incapacitante e, embora curável, seu diagnóstico causa grande impacto psicossocial. No Pará, se mantém de forma endêmica e a ocorrência em menores de 15 anos é preocupante por ser seu melhor indicador de transmissibilidade. O objetivo foi descrever a dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos, em área hiperendêmica da região Norte do Brasil, considerando fatores de risco, territorialidade e a distribuição espacial e temporal da doença no período de 2003 a 2013. Estudo ecológico longitudinal e de série de casos, na Vila de Santo Antônio do Prata, no município de Igarapé Açu, Estado do Pará, com analise do padrão temporal dos casos de hanseníase, a partir da detecção de casos novos disponíveis no SINAN e arquivos dos serviços de saúde local, em menores de 15 anos notificados na série histórica de 2003 a 2013, com ênfase aos aspectos clínicos, epidemiológicos e geoestatísticos. Notificados 226 casos de hanseníase de todas as faixas etárias, sendo 15,92% (36 casos) em menores de 15 anos com queda no coeficiente de detecção na década estudada. No Pará houve redução discreta das notificações. No município de Igarapé Açu ocorreu aumento expressivo de casos novos nos anos de 2005, 2009 e 2011, em virtude campanhas nas escolas para diagnóstico. A faixa etária predominante foi de adolescentes, independente do sexo, confirmando o longo período de incubação da doença. As famílias possuem níveis de escolaridade e socioeconômico muito baixos. A alteração dermatológica que predominou no grupo foi a lesão única localizada em membros inferiores, de forma paucibacilar, com identificação de dois casos de MHV. As taxas de abandono de tratamento e recidivas são relevantes, assim como o índice de incapacidades apresenta-se entre os casos, demonstrando o diagnóstico tardio da doença. Quanto aos fatores de risco para a doença, consanguinidade e contato intradomiciliar, mostraram-se significativamente relevantes, sem diferenças entre si e também sem diferença na relação de parentesco. O tempo de contato foi importante, com média de 8.6 anos, e entre os casos de menores que tiveram contato intradomiciliar de um caso índice, observou-se alta taxa de ausência da segunda dose da vacina BCG. Os casos de hanseníase em menores de 15 anos quando geocodificados, anualmente, por área de ACS e relacionados com as formas PB e MB totais, apresentaram correlação direta com os casos multibacilares, confirmado pelo Índice de Moran positivo (0,71) e p valor com significância expressiva (0,019). A geoestatística confirmou que, com indicadores da epidemiologia clássica, os casos de hanseníase em menores de 15 anos estão intimamente relacionados com os casos multibacilares. Conclui-se que por ser a hanseníase uma doença que desafia a vigilância em saúde na região Norte e no Pará, recursos de geoestatística somam-se aos recursos da epidemiologia clássica, possibilitando conhecer melhor a dinâmica de transmissão e manutenção da doença em áreas hiperendêmicas. Para prevenção da doença em menores de 15 anos, nessas áreas, é necessário atuar firmemente na vigilância de contatos, nos consanguíneos e nos que moram próximos aos casos MB. |
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2017-09-21T12:22:00Z2017-09-21T12:22:00Z2014-11-20FRANCO, Mariane Cordeiro Alves. Dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos em área hiperendêmica na Região Norte do Brasil. 2014. 72 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9096Hanseníase, doença infecciosa, potencialmente incapacitante e, embora curável, seu diagnóstico causa grande impacto psicossocial. No Pará, se mantém de forma endêmica e a ocorrência em menores de 15 anos é preocupante por ser seu melhor indicador de transmissibilidade. O objetivo foi descrever a dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos, em área hiperendêmica da região Norte do Brasil, considerando fatores de risco, territorialidade e a distribuição espacial e temporal da doença no período de 2003 a 2013. Estudo ecológico longitudinal e de série de casos, na Vila de Santo Antônio do Prata, no município de Igarapé Açu, Estado do Pará, com analise do padrão temporal dos casos de hanseníase, a partir da detecção de casos novos disponíveis no SINAN e arquivos dos serviços de saúde local, em menores de 15 anos notificados na série histórica de 2003 a 2013, com ênfase aos aspectos clínicos, epidemiológicos e geoestatísticos. Notificados 226 casos de hanseníase de todas as faixas etárias, sendo 15,92% (36 casos) em menores de 15 anos com queda no coeficiente de detecção na década estudada. No Pará houve redução discreta das notificações. No município de Igarapé Açu ocorreu aumento expressivo de casos novos nos anos de 2005, 2009 e 2011, em virtude campanhas nas escolas para diagnóstico. A faixa etária predominante foi de adolescentes, independente do sexo, confirmando o longo período de incubação da doença. As famílias possuem níveis de escolaridade e socioeconômico muito baixos. A alteração dermatológica que predominou no grupo foi a lesão única localizada em membros inferiores, de forma paucibacilar, com identificação de dois casos de MHV. As taxas de abandono de tratamento e recidivas são relevantes, assim como o índice de incapacidades apresenta-se entre os casos, demonstrando o diagnóstico tardio da doença. Quanto aos fatores de risco para a doença, consanguinidade e contato intradomiciliar, mostraram-se significativamente relevantes, sem diferenças entre si e também sem diferença na relação de parentesco. O tempo de contato foi importante, com média de 8.6 anos, e entre os casos de menores que tiveram contato intradomiciliar de um caso índice, observou-se alta taxa de ausência da segunda dose da vacina BCG. Os casos de hanseníase em menores de 15 anos quando geocodificados, anualmente, por área de ACS e relacionados com as formas PB e MB totais, apresentaram correlação direta com os casos multibacilares, confirmado pelo Índice de Moran positivo (0,71) e p valor com significância expressiva (0,019). A geoestatística confirmou que, com indicadores da epidemiologia clássica, os casos de hanseníase em menores de 15 anos estão intimamente relacionados com os casos multibacilares. Conclui-se que por ser a hanseníase uma doença que desafia a vigilância em saúde na região Norte e no Pará, recursos de geoestatística somam-se aos recursos da epidemiologia clássica, possibilitando conhecer melhor a dinâmica de transmissão e manutenção da doença em áreas hiperendêmicas. Para prevenção da doença em menores de 15 anos, nessas áreas, é necessário atuar firmemente na vigilância de contatos, nos consanguíneos e nos que moram próximos aos casos MB.Leprosy, infectious and potentially crippling disease which, although curable, their diagnosis causes great psychosocial impact In Pará, Leprosy is maintained in an endemic form and the incidence in children under 15 years is worrying because it is the best indicator to assess their transferability. The objective was to describe the dynamics of transmission of leprosy in children under 15 years in hyperendemic area of North Region of Brazil, considering risk factors, territoriality and the spatial and temporal distribution of the disease from 2003 to 2013. Ecological and longitudinal series of cases study in the Village of Santo Antônio do Prata, municipal district of Igarapé Açu, state of Pará where it was analyzed the temporal pattern of leprosy cases, based on the detection of new cases and available in SINAN files of local health services in younger than 15 years old notified in the historical series from 2003 to 2013, emphasizing clinical, epidemiologic and geostatistical aspects. Were reported 226 leprosy cases in all age groups, 15.92% (36 cases) in younger than 15 years with a significant decline in detection rates in the studied decade. In the State of Pará there was a slight reduction of notifications. In the municipal district of Igarapé Açu occurred significant increase in the detection of new cases in the years 2005, 2009 and 2011, due campaigns in schools to identify skin lesions. The predominant age group was teenagers, independently of sex, confirming the long incubation period of the disease. Families have marked low educational and socioeconomic levels. Dermatologic changes that predominated was the unique lesion located in the lower limbs of paucibacillary, with identification of two MHV cases. Rates of treatment dropout and relapse are relevant, as well as the rate of disability presented among the cases, demonstrating the late diagnosis. Regarding factors of risk consanguinity and household contact factors were significantly relevant, with no differences among them and no difference in parental relationship The contact time was important, with an average of 8.6 years, and among the cases of children who had household contact with an index case, there was a high rate of absence of the second dose of BCG. Cases of leprosy in children under 15 when geocodified annually by area of community health agent and related with PB and MB total forms, were directly correlated with the multibacillary cases confirmed by positive Moran index (0.71) with a significant value and significance (0.019). Geostatistical analysis confirmed that, with indicators of classical epidemiology, cases of leprosy in children under 15 years are closely related to the multibacillary. We conclude that because leprosy is a disease that defies health vigilance in the Northern Region and at the State of Pará, Geostatistical resources added to the classical epidemiology resources allows better to understand the transmission dynamics and maintenance of the desease in hyperendemic areas. To Prevent the disease in children under 15 years in these areas is necessary to firmly act in vigilance of contacts in blood related and those who live close to MB cases.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Doenças TropicaisUFPABrasilNúcleo de Medicina TropicalCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIACNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICACNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE DOENCAS CONTAGIOSASDoença infectocontagiosaGeoestatísticaEpidemiologiaHanseníaseIgarapé Açu - PAPará - EstadoDinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos em área hiperendêmica na Região Norte do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisXAVIER, Marília Brasilhttp://lattes.cnpq.br/0548879430701901http://lattes.cnpq.br/6022804097411305FRANCO, Mariane Cordeiro Alvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALTese_DinamicaTransmissaoHanseniase.pdfTese_DinamicaTransmissaoHanseniase.pdfapplication/pdf2530376http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9096/1/Tese_DinamicaTransmissaoHanseniase.pdf93a056f596e66f1331390d549d7548bdMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9096/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9096/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9096/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9096/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55TEXTTese_DinamicaTransmissaoHanseniase.pdf.txtTese_DinamicaTransmissaoHanseniase.pdf.txtExtracted texttext/plain185685http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9096/6/Tese_DinamicaTransmissaoHanseniase.pdf.txtfc0f505ff6e9f0f429e952bd1b27be13MD562011/90962017-10-16 08:38:33.578oai:repositorio.ufpa.br:2011/9096TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232017-10-16T11:38:33Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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