A resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holoceno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Nêdra Nunes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10736
Resumo: O presente trabalho integra dados palinológicos, sedimentológicos, geomorfológicos e datações por Carbono-14, bem como valores de δ13C, δ15N e C/N da matéria orgânica sedimentar obtidos a partir de um testemunho amostrado ~8 km da atual linha de costa, no vale do Rio Jucuruçu, próximo a cidade de Prado, litoral sul da Bahia. Com base nesses dados e outros preliminarmente publicados foi possível detalhar os efeitos das mudanças climáticas e Nível Relativo do Mar (NRM) nos manguezais desse rio durante o Holoceno. Duas fases foram identificadas ao longo do testemunho estudado e correlacionadas com outros dois testemunhos: A primeira fase, compreendida no Holoceno médio (7200 - <6950 anos cal AP), se desenvolveu em uma planície de maré, colonizada por manguezais com uma transição de matéria orgânica de origem de plantas terrestre C3 na base para matéria orgânica marinha no topo desta fase. A segunda fase é marcada pelo desenvolvimento de uma planície fluvial, com expansão da vegetação herbácea e samambaias em detrimento dos manguezais. A matéria orgânica sedimentar nessa fase tende para uma origem fluvial. A integração dos dados paleoambientais revela uma significativa subida no NRM que causou uma incursão marinha no interior do vale desse rio e permitiu o estabelecimento de manguezais sob uma forte influência estuarina até aproximadamente 23 km a montante do Rio Jucuruçu durante o Holoceno médio. A descida do NRM no Holoceno médio e tardio causou uma gradual substituição dos manguezais por vegetação amplamente dominada por ervas e samambaias, assim como uma predominância de plâncton de água doce à montante do rio, enquanto os manguezais e as algas adaptadas às condições marinhas se refugiaram na foz do Rio Jucuruçu. Tal padrão de migração dos manguezais foi provavelmente favorecido por uma diminuição da descarga fluvial durante o Holoceno inicial e médio e pelo seu aumento no Holoceno tardio. Deve ser destacado que durante os últimos mil anos a distribuição dos manguezais no local de estudo foi controlada pela dinâmica natural dos canais de maré. Portanto, nesse estudo foi possível identificar e descrever os efeitos de processos alogênicos (causados por mudanças no clima e nível do mar) e autogênicos (regulados por exemplo pela dinâmica dos canais).
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spelling 2019-03-11T14:16:04Z2019-03-11T14:16:04Z2017-06-09OLIVEIRA, Nêdra Nunes. A resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holoceno. Orientador: Marcelo Cancela Lisboa Cohen. 2017. 69 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10736. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10736O presente trabalho integra dados palinológicos, sedimentológicos, geomorfológicos e datações por Carbono-14, bem como valores de δ13C, δ15N e C/N da matéria orgânica sedimentar obtidos a partir de um testemunho amostrado ~8 km da atual linha de costa, no vale do Rio Jucuruçu, próximo a cidade de Prado, litoral sul da Bahia. Com base nesses dados e outros preliminarmente publicados foi possível detalhar os efeitos das mudanças climáticas e Nível Relativo do Mar (NRM) nos manguezais desse rio durante o Holoceno. Duas fases foram identificadas ao longo do testemunho estudado e correlacionadas com outros dois testemunhos: A primeira fase, compreendida no Holoceno médio (7200 - <6950 anos cal AP), se desenvolveu em uma planície de maré, colonizada por manguezais com uma transição de matéria orgânica de origem de plantas terrestre C3 na base para matéria orgânica marinha no topo desta fase. A segunda fase é marcada pelo desenvolvimento de uma planície fluvial, com expansão da vegetação herbácea e samambaias em detrimento dos manguezais. A matéria orgânica sedimentar nessa fase tende para uma origem fluvial. A integração dos dados paleoambientais revela uma significativa subida no NRM que causou uma incursão marinha no interior do vale desse rio e permitiu o estabelecimento de manguezais sob uma forte influência estuarina até aproximadamente 23 km a montante do Rio Jucuruçu durante o Holoceno médio. A descida do NRM no Holoceno médio e tardio causou uma gradual substituição dos manguezais por vegetação amplamente dominada por ervas e samambaias, assim como uma predominância de plâncton de água doce à montante do rio, enquanto os manguezais e as algas adaptadas às condições marinhas se refugiaram na foz do Rio Jucuruçu. Tal padrão de migração dos manguezais foi provavelmente favorecido por uma diminuição da descarga fluvial durante o Holoceno inicial e médio e pelo seu aumento no Holoceno tardio. Deve ser destacado que durante os últimos mil anos a distribuição dos manguezais no local de estudo foi controlada pela dinâmica natural dos canais de maré. Portanto, nesse estudo foi possível identificar e descrever os efeitos de processos alogênicos (causados por mudanças no clima e nível do mar) e autogênicos (regulados por exemplo pela dinâmica dos canais).This work integrates palynology, sedimentology, geomorphology and radiocarbon dating, as well as δ13C, δ15N, and C/N from sedimentary organic matter obtained by the description of a core (5,20 m deep) sampled ~8 km from current coastline, 2m above sealevel at Jucuruçu River valley, near the city of Prado, south coast Bahia-Brazil. Based on this core and previously published works, the effects of climate and Relative Sea-level (RSL) changes on Jucuruçu’s mangroves during the Holocene were detailed. Along the studied core two phases were identified and correlated with others sediment cores. The first phase occurred in part of the middle Holocene (7200 - <6950 cal yr BP), developed on a tidal flat colonized by mangrove. It presents a transition from C3 terrestrial plants to marine organic matter upward this phase. On second phase, a fluvial plain developed followed by a mangrove shrinkage and, herbaceous and ferns expansion. At this phase, the biogeochemical data revealed an increased trend to organic matter sourced from freshwater. The integration of palaeoenvironmental data reveals an important RSL rise, which caused a marine incursion inside this river valley and allowed mangroves establishment under a strong estuarine influence, this incursion reached ~23 km upstream during the middle Holocene. The RSL fall at the middle and late Holocene caused a gradual mangrove replacement by mainly herbaceous vegetation associated to freshwater plankton predominance up river, while mangroves and marine algae migrated to the Jucuruçu river mouth. A decrease fluvial discharge during early and middle Holocene most likely favored this mangrove migration pattern and estuarine/marine organic matter spreading upstream. In contrast, probably the mangrove establishment at river mouth up present days was favored by an increase fluvial discharge at late Holocene. Noteworthy is the fact that tidal channels dynamics have controlled mangrove distribution last thousand years. Therefore, this study allowed to identify and to describe the effects of allogenic (caused by climate and RSL change) and autogenic processes (conducted, for example, by channels dynamic).CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PALEONTOLOGIA ESTRATIGRAFICACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOLOGIA AMBIENTALGEOLOGIA MARINHA E COSTEIRAGEOLOGIAGeologia estratigráfica - HolocênicoNível do marFlorestas de mangueBahia - EstadoA resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holocenoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCOHEN, Marcelo Cancela Lisboahttp://lattes.cnpq.br/8809787145146228http://lattes.cnpq.br/2387187084506656OLIVEIRA, Nêdra Nunesinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_RespostaManguezaisEstuario.pdfDissertacao_RespostaManguezaisEstuario.pdfapplication/pdf1604222http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10736/1/Dissertacao_RespostaManguezaisEstuario.pdfc3f047611455c083d038768b5e5f1df8MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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