Evolução tectono-estrutural da região de Dianópolis-Almas, SE do estado de Tocantins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BORGES, Maurício da Silva
Data de Publicação: 1993
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7663
Resumo: No interior do Bloco Brasília, na Região de Dianópolis-Almas (SE do Estado de Tocantins), encontram-se registros de terrenos granito-"greenstone" do Arqueano-Proterozóico Inferior, metassedimentos proterozóicos do Grupo Bambuí, depósitos continentais cretácicos e colúvios e alúvios lateritizados, além de depósitos flúvio-lacustres holocênicos ligados à evolução cenozóica. O Arqueano-Proterozóico Inferior compreende vários feixes de rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro e corpos de granitóides da Suíte Serra do Boqueirão, ambos embasados por gnaisses do Complexo Alto Paranã. O Complexo Alto Paranã é representado por gnaisses de composição tonalítica, bandados, milonitizados, parcialmente migmatizados, e com enclaves granulíticos e anfibolíticos. O Grupo Riachão do Ouro é composto de filitos bandados, xistos, metadacitos, metariolitos, formação ferrífera, quartzitos, metaconglomerados e brechas; os filitos, os xistos e as metavulcânicas são os tipos litológicos dominantes. A Suíte Serra do Boqueirão engloba granítóides de composição tonalítica, trondhjemítica, granodiorítica e granítica, deformados nas bordas e cortados por fases tardias de auto-injeção ligadas a aplitos e pegmatitos. Estas unidades litológicas estão afetadas por zonas de cisalhamento orientadas nas direções N10-20E, N45E, N25W e N55W, as quais definem um padrão anastomosado. Ao longo dos feixes de zonas de cisalhamento reconhecem-se duplexes transpressivos simétricos ou assimétricos, alternados com faixas de movimentação dominantemente direcional. Tais estruturas estão pronunciadamente desenvolvidas na interface rochas supracrustais-granitóides. Mesoscopicamente as zonas de cisalhamento são caracterizadas pela foliação milonítica, paralela ou em ligeira obliqüidade ao bandamento composicional. Outras estruturas são representadas por duplexes internos, bandas de cisalhamento, lentes de rochas menos deformadas e clivagem extensional do tipo "C'" (clivagem de crenulação), além de zonas de cisalhamento rúptil-dúctil marcadas por estruturas de dilatação. Uma forte trama linear é definida por bastões e barras de quartzo, eixos de agregados elípticos de minerais e minerais placóides alongados e alinhados. A rotação dextral associada é facilmente deduzida a partir de vários critérios cinemáticos. Os estudos de microtrama sugerem que a deformação foi acomodada principalmente por plasticidade cristalina e as tramas de forma e cristalográficas corroboram o sentido de movimentação dextral. Apenas os feixes de zonas de cisalhamento de direção N55W têm movimentação sinistral. Esse conjunto de estruturas é atribuído à atuação de um binário dextral orientado preferencialmente na direção N20E, de modo que as zonas de cisalhamento N10-20E, N45E, N25W e N55W são interpretadas como feições do tipo Y, R, P e R', respectivamente. A evolução da área no Arqueano-Proterozóico Inferior envolveu provavelmente colisão oblíqua entre massas continentais, resultando no soerguimento de rochas granulíticas, seguida de transtensão que originou várias bacias onde se instalaram as rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro, sendo acompanhada de ascensão dos granitóides da Suíte Serra do Boqueirão. A progressão da deformação é expressa através de transpressão materializada pelas zonas de cisalhamento dúctil e transformações minerais e hidrotermais. O Proterozóico Médio a Superior é representado pelo Grupo Bambuí, o qual compreende ardósias, metassiltitos e filitos, com intercalações de calcários. Como estruturas tectógenas, ligadas à inversão da- Bacia do São Francisco no Proterozóico Superior, destacam-se os cavalgamentos oblíquos submeridianos e as rampas laterais NE-SW. Durante o Mesozóico, depositou-se o pacote de sedimentos da Formação Urucuia (Cretáceo Superior), caracterizado por três litofácies, a saber: (i) fácies conglomerática, que representa pavimentos residuais de deflação eólica e, em parte, acumulações interdunares e "wadi fans" ligados a drenagem intermitente; (ii) fácies arenosa com estratificação cruzada de grande porte, constituída de ortoquartzito e arcóseos/subarcóseos que representam acumulações arenosas eólicas; e (iii) fácies silex estratificado, com estratificação ondulada e irregular, que representa depósitos químicos lacustrinos. A bacia Alto Sanfranciscana, que acolheu esses sedimentos na região estudada, é um hemigráben, cuja arquitetura compreende uma carapaça, falhas normais sintéticas e antitéticas orientadas na direção geral NNW-SSE e falhas de transferência com direção NE-SW e de movimentação principalmente dextral. As falhas normais sintéticas formam um leque imbricado lístrico, mergulhando para E, desenvolvido a partir do colapso da lapa e ligado a um eixo extensional N50E. Durante o Cenozóico, no Terciário, houve a deposição de colúvios e alúvios que foram posteriormente lateritizados sob a forma de um perfil imaturo. No Quaternário instalou-se um sistema flúvio-lacustre. O sistema de drenagem ligado a bacia coletora dos rios Manoel Alves e Araguaia encontra-se fortemente adaptado a lineamentos NE-SW, cuja interação promoveu a edificação de cunhas e romboédros extensionais tipo "pull-apart", provavelmente relacionados à atuação de um binário dextral.
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spelling 2017-02-14T12:23:34Z2017-02-14T12:23:34Z1993-12-17BORGES, Maurício da Silva. Evolução tectono-estrutural da região de Dianópolis-Almas, SE do estado de Tocantins. Orientador: João Batista Sena Costa. 1993. 365 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) -Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1993. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/7663. Acesso em: .http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7663No interior do Bloco Brasília, na Região de Dianópolis-Almas (SE do Estado de Tocantins), encontram-se registros de terrenos granito-"greenstone" do Arqueano-Proterozóico Inferior, metassedimentos proterozóicos do Grupo Bambuí, depósitos continentais cretácicos e colúvios e alúvios lateritizados, além de depósitos flúvio-lacustres holocênicos ligados à evolução cenozóica. O Arqueano-Proterozóico Inferior compreende vários feixes de rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro e corpos de granitóides da Suíte Serra do Boqueirão, ambos embasados por gnaisses do Complexo Alto Paranã. O Complexo Alto Paranã é representado por gnaisses de composição tonalítica, bandados, milonitizados, parcialmente migmatizados, e com enclaves granulíticos e anfibolíticos. O Grupo Riachão do Ouro é composto de filitos bandados, xistos, metadacitos, metariolitos, formação ferrífera, quartzitos, metaconglomerados e brechas; os filitos, os xistos e as metavulcânicas são os tipos litológicos dominantes. A Suíte Serra do Boqueirão engloba granítóides de composição tonalítica, trondhjemítica, granodiorítica e granítica, deformados nas bordas e cortados por fases tardias de auto-injeção ligadas a aplitos e pegmatitos. Estas unidades litológicas estão afetadas por zonas de cisalhamento orientadas nas direções N10-20E, N45E, N25W e N55W, as quais definem um padrão anastomosado. Ao longo dos feixes de zonas de cisalhamento reconhecem-se duplexes transpressivos simétricos ou assimétricos, alternados com faixas de movimentação dominantemente direcional. Tais estruturas estão pronunciadamente desenvolvidas na interface rochas supracrustais-granitóides. Mesoscopicamente as zonas de cisalhamento são caracterizadas pela foliação milonítica, paralela ou em ligeira obliqüidade ao bandamento composicional. Outras estruturas são representadas por duplexes internos, bandas de cisalhamento, lentes de rochas menos deformadas e clivagem extensional do tipo "C'" (clivagem de crenulação), além de zonas de cisalhamento rúptil-dúctil marcadas por estruturas de dilatação. Uma forte trama linear é definida por bastões e barras de quartzo, eixos de agregados elípticos de minerais e minerais placóides alongados e alinhados. A rotação dextral associada é facilmente deduzida a partir de vários critérios cinemáticos. Os estudos de microtrama sugerem que a deformação foi acomodada principalmente por plasticidade cristalina e as tramas de forma e cristalográficas corroboram o sentido de movimentação dextral. Apenas os feixes de zonas de cisalhamento de direção N55W têm movimentação sinistral. Esse conjunto de estruturas é atribuído à atuação de um binário dextral orientado preferencialmente na direção N20E, de modo que as zonas de cisalhamento N10-20E, N45E, N25W e N55W são interpretadas como feições do tipo Y, R, P e R', respectivamente. A evolução da área no Arqueano-Proterozóico Inferior envolveu provavelmente colisão oblíqua entre massas continentais, resultando no soerguimento de rochas granulíticas, seguida de transtensão que originou várias bacias onde se instalaram as rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro, sendo acompanhada de ascensão dos granitóides da Suíte Serra do Boqueirão. A progressão da deformação é expressa através de transpressão materializada pelas zonas de cisalhamento dúctil e transformações minerais e hidrotermais. O Proterozóico Médio a Superior é representado pelo Grupo Bambuí, o qual compreende ardósias, metassiltitos e filitos, com intercalações de calcários. Como estruturas tectógenas, ligadas à inversão da- Bacia do São Francisco no Proterozóico Superior, destacam-se os cavalgamentos oblíquos submeridianos e as rampas laterais NE-SW. Durante o Mesozóico, depositou-se o pacote de sedimentos da Formação Urucuia (Cretáceo Superior), caracterizado por três litofácies, a saber: (i) fácies conglomerática, que representa pavimentos residuais de deflação eólica e, em parte, acumulações interdunares e "wadi fans" ligados a drenagem intermitente; (ii) fácies arenosa com estratificação cruzada de grande porte, constituída de ortoquartzito e arcóseos/subarcóseos que representam acumulações arenosas eólicas; e (iii) fácies silex estratificado, com estratificação ondulada e irregular, que representa depósitos químicos lacustrinos. A bacia Alto Sanfranciscana, que acolheu esses sedimentos na região estudada, é um hemigráben, cuja arquitetura compreende uma carapaça, falhas normais sintéticas e antitéticas orientadas na direção geral NNW-SSE e falhas de transferência com direção NE-SW e de movimentação principalmente dextral. As falhas normais sintéticas formam um leque imbricado lístrico, mergulhando para E, desenvolvido a partir do colapso da lapa e ligado a um eixo extensional N50E. Durante o Cenozóico, no Terciário, houve a deposição de colúvios e alúvios que foram posteriormente lateritizados sob a forma de um perfil imaturo. No Quaternário instalou-se um sistema flúvio-lacustre. O sistema de drenagem ligado a bacia coletora dos rios Manoel Alves e Araguaia encontra-se fortemente adaptado a lineamentos NE-SW, cuja interação promoveu a edificação de cunhas e romboédros extensionais tipo "pull-apart", provavelmente relacionados à atuação de um binário dextral.Several geological sequences of rocks with distinct ages of evolution were mapped in the Dianopólis-Almas region (southwestern part of the State of Tocantins) in the Brasília block: an extensive segment of an Archean-Lower Proterozoic granite-greenstone terrain, Proterozoic metasediments of the Bambuí Group, Cretaceous continental deposits of the Urucuia Formation, colluvial and alluvial (partially lateritized) and Holocenic fluvial-lacustrine deposits. The granite-greenstone terrains include several strands of supracrustal rocks (Riachão do Ouro Group) and granitoid bodies (Serra do Boqueirão Suite), both developed over migmatized tonalitic gneisses, granulites and amphibolites of the Alto Paranã Complex. The Riachão do Ouro Group is composed of phyllite, schist, meta-rhyolite, meta-dacite, iron formation, quartzite, metaconglomerate and breccia; phyllite, schist and metavolcanic rocks are the dominant lithologies. The Serra do Boqueirão Suite includes granitoids of tonalitic, trondhjemitic, granodioritic and granitic compositions, which were strongly deformed in the border zones and cut by pegmatite and aplite veins. All there lithological units underwent ductile deformation which formed an anastomosed pattern of N10-20E, N45E, and N55W transcurrent shear zones. Along the shear zones there are asymmetric or symmetric transpressive duplexes alternating with straigth segments. These structures can be seen extensively developed at supracrustal rock-granitoid boundaries and are characterized by mylonitic foliation parallel to the tectonic layering; other structures are represented by internal duplexes, shear bands, pods of less deformed rocks, extensional cleavage of C' type (crenulation cleavage) and brittle-ductile shear zones expressed by dilatation structures (tension gashes). The stretching lineation is defined by rods of quartz, axes of agregates of elliptical minerais and elongated micas. Dextral sense of shearing is determined from kinematic criteria. Microfabric investigation suggest that the deformation was accommodated mainly by crystal plasticity and the crystallographic shape fabrics confirm the dextral sense of shearing. Only the N55W shear zones underwent sinistral movement. The observed sets of structures is interpreted as linked to a N20E dextral strike-slip system and, in this case, the N10-20E, N45E, N25W and N55W zones correspond respectively to Y, R, P and R' zones. The Archean-Lower Proterozoic evolution is understood in terms of an oblique collision of continental segments which uplifted the granulitic rocks and was followed by transtension regime which originated several basins in where the supracrustal rocks of the Riachão do Ouro Group were deposited, and the granitoids of the Serra do Boqueirão Suite were emplaced. The progressive deformation involved transpression characterized by ductile shear zones. The Middle to Upper Proterozoic is represented by the Bambuí Group which includes slates, metasiltites, phyllites and carbonate rocks. The tectonic structures linked to the São Francisco Basin inversion in the Upper Proterozoic, are represented by N-S oblique thrusts and NE-SW lateral ramps. During the Mesozoic (Upper Cretaceous) the Alto Sanfranciscana Basin was filled by continental sediments of the Urucuia Formation. The lithostratigraphic sequence is composed of the following lithofacies: 1) conglomeratic facies which represents residual paviments of.deflation and in part interdune deposits and wadifans related to an intermittent drainage system; 2) sandstone facies formed by ortoquartzite, arkose and subarkose which constitute wind deposits; 3) and stratified chert facies which represent chemical lacustrine deposits. The basin architecture includes also NNW-SSE listric normal faults and NE-SW transfer faults related to a N5OE extensional axis. During the Tertiary coluvial and aluvial deposits, which underwent lateritization as an immature profile, were formed. The Quaternary is represented by a lacustrine-fluvial sedimentary system. The drainage system is related to the basin of the Manoel Alves and Araguaia rivers, strongly controlled by NE-SW lineaments and associated to pull-apart structures linked to a dextral system.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::ESTRATIGRAFIACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOTECTONICACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOLOGIA REGIONALGeologia regionalGeologia estruturalGeologia estratigráficaGranito-GreenstoneRegião de Dianópolis-AlmasTocantins, SudoesteEvolução tectono-estrutural da região de Dianópolis-Almas, SE do estado de Tocantinsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCOSTA, João Batista Senahttp://lattes.cnpq.br/0141806217745286http://lattes.cnpq.br/1580207189205228BORGES, Maurício da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7663/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7663/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7663/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7663/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55ORIGINALTese_EvolucaoTectonoEstrutural.pdfTese_EvolucaoTectonoEstrutural.pdfapplication/pdf29091472http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7663/6/Tese_EvolucaoTectonoEstrutural.pdf14f5b85e3b45ae24d3e71d04420584bfMD56TEXTTese_EvolucaoTectonoEstrutural.pdf.txtTese_EvolucaoTectonoEstrutural.pdf.txtExtracted texttext/plain381http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7663/7/Tese_EvolucaoTectonoEstrutural.pdf.txt652c68e18796c8328f29411d9a111413MD572011/76632019-04-02 12:48:59.311oai:repositorio.ufpa.br:2011/7663TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-04-02T15:48:59Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
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O Grupo Riachão do Ouro é composto de filitos bandados, xistos, metadacitos, metariolitos, formação ferrífera, quartzitos, metaconglomerados e brechas; os filitos, os xistos e as metavulcânicas são os tipos litológicos dominantes. A Suíte Serra do Boqueirão engloba granítóides de composição tonalítica, trondhjemítica, granodiorítica e granítica, deformados nas bordas e cortados por fases tardias de auto-injeção ligadas a aplitos e pegmatitos. Estas unidades litológicas estão afetadas por zonas de cisalhamento orientadas nas direções N10-20E, N45E, N25W e N55W, as quais definem um padrão anastomosado. Ao longo dos feixes de zonas de cisalhamento reconhecem-se duplexes transpressivos simétricos ou assimétricos, alternados com faixas de movimentação dominantemente direcional. Tais estruturas estão pronunciadamente desenvolvidas na interface rochas supracrustais-granitóides. Mesoscopicamente as zonas de cisalhamento são caracterizadas pela foliação milonítica, paralela ou em ligeira obliqüidade ao bandamento composicional. Outras estruturas são representadas por duplexes internos, bandas de cisalhamento, lentes de rochas menos deformadas e clivagem extensional do tipo "C'" (clivagem de crenulação), além de zonas de cisalhamento rúptil-dúctil marcadas por estruturas de dilatação. Uma forte trama linear é definida por bastões e barras de quartzo, eixos de agregados elípticos de minerais e minerais placóides alongados e alinhados. A rotação dextral associada é facilmente deduzida a partir de vários critérios cinemáticos. Os estudos de microtrama sugerem que a deformação foi acomodada principalmente por plasticidade cristalina e as tramas de forma e cristalográficas corroboram o sentido de movimentação dextral. Apenas os feixes de zonas de cisalhamento de direção N55W têm movimentação sinistral. Esse conjunto de estruturas é atribuído à atuação de um binário dextral orientado preferencialmente na direção N20E, de modo que as zonas de cisalhamento N10-20E, N45E, N25W e N55W são interpretadas como feições do tipo Y, R, P e R', respectivamente. A evolução da área no Arqueano-Proterozóico Inferior envolveu provavelmente colisão oblíqua entre massas continentais, resultando no soerguimento de rochas granulíticas, seguida de transtensão que originou várias bacias onde se instalaram as rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro, sendo acompanhada de ascensão dos granitóides da Suíte Serra do Boqueirão. A progressão da deformação é expressa através de transpressão materializada pelas zonas de cisalhamento dúctil e transformações minerais e hidrotermais. O Proterozóico Médio a Superior é representado pelo Grupo Bambuí, o qual compreende ardósias, metassiltitos e filitos, com intercalações de calcários. Como estruturas tectógenas, ligadas à inversão da- Bacia do São Francisco no Proterozóico Superior, destacam-se os cavalgamentos oblíquos submeridianos e as rampas laterais NE-SW. Durante o Mesozóico, depositou-se o pacote de sedimentos da Formação Urucuia (Cretáceo Superior), caracterizado por três litofácies, a saber: (i) fácies conglomerática, que representa pavimentos residuais de deflação eólica e, em parte, acumulações interdunares e "wadi fans" ligados a drenagem intermitente; (ii) fácies arenosa com estratificação cruzada de grande porte, constituída de ortoquartzito e arcóseos/subarcóseos que representam acumulações arenosas eólicas; e (iii) fácies silex estratificado, com estratificação ondulada e irregular, que representa depósitos químicos lacustrinos. A bacia Alto Sanfranciscana, que acolheu esses sedimentos na região estudada, é um hemigráben, cuja arquitetura compreende uma carapaça, falhas normais sintéticas e antitéticas orientadas na direção geral NNW-SSE e falhas de transferência com direção NE-SW e de movimentação principalmente dextral. As falhas normais sintéticas formam um leque imbricado lístrico, mergulhando para E, desenvolvido a partir do colapso da lapa e ligado a um eixo extensional N50E. Durante o Cenozóico, no Terciário, houve a deposição de colúvios e alúvios que foram posteriormente lateritizados sob a forma de um perfil imaturo. No Quaternário instalou-se um sistema flúvio-lacustre. O sistema de drenagem ligado a bacia coletora dos rios Manoel Alves e Araguaia encontra-se fortemente adaptado a lineamentos NE-SW, cuja interação promoveu a edificação de cunhas e romboédros extensionais tipo "pull-apart", provavelmente relacionados à atuação de um binário dextral.
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