As singularidades do processo de urbanização da Amazônia: uma leitura a partir das cidades de Porto Velho (RO) e Marabá (PA)

• Autor(a) principal: NASCIMENTO, Cláudia Pinheiro
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
• Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7770
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANA::GEOGRAFIA URBANA; Urbanização; Política econômica; Política pública; Espaço urbano; Porto Velho - RO; Marabá - PA; Amazônia brasileira

Esta tese apresenta como resultado a pesquisa sobre o processo de urbanização na Amazônia, com foco nas cidades de Porto Velho (RO) e Marabá (PA). Tendo como objetivo compreender como o processo de incorporação da fronteira, em seus diferentes contextos político-econômico e social-ideológico, adentram as realidades urbanas dando origem a singularidades em nível local. Sendo assim, buscou-se demonstrar a heterogeneidade do processo de ocupação da Amazônia, apesar da implantação de um modelo modernizador homogeneizante a partir da década de 1960, com o intuito de responder como os processos implantados na Amazônia se manifestam na organização da estrutura, da função e da forma destes espaços urbanos. A metodologia de análise utilizada se insere dentro da tradição histórico-estruturalista, embasada na teoria de Santos, que contextualiza historicamente como os processos políticos, econômicos e sociais em cada período analisado interferem na organização de cada um dos espaços urbanos especificamente. O estudo em questão tem como objetivo a identificação dos fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos observáveis. As evidências empíricas estão sustentadas em revisão de bibliografia, análise documental, de dados secundários, e na construção de um Sistema de Informações Geográficas que permitiu acompanhar a expansão das cidades analisadas, associada a seus conteúdos. Os resultados revelam que existem singularidades no processo de construção dos espaços urbanos amazônicos, mesmo tendo sido submetidos a processos idênticos presentes em toda a fronteira amazônica, e que estas especificidades se manifestam na forma, na função e na estrutura que a cidade assume na sua dimensão intraurbana. Conclui-se que a condição de periferia do sistema capitalista brasileiro, mantenedora de recursos naturais e humanos, acarretou à região uma condição que é singular a todas as realidades urbanas, que são condições precárias de desenvolvimento urbano associado ao não reinvestimento na região do lucro obtido da retirada dos recursos e do desenvolvimento das atividades econômicas, porém, existem singularidades que se manifestam somente a nível local, relacionas a forma que as cidades assumem, a sua função na rede urbana e a sua estrutura urbana.